quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CLÁSSICOS DA AMÉRICA VÍDEO: SALSA - O FILME QUENTE.

Filmes.
Clássicos da América Vídeo: Salsa - O Filme Quente.

Não somente de filmes de ação "B" vivia a saudosa produtora dos anos 80 Cannon. Sempre que podia, a produtora dava uma pausa nos ninjas e também nas porradas protagonizadas pelo seus "garotos" propagandas Chuck Norris e Charles Bronson, se aventurando em outros gêneros, entre eles o musical, com três produções (ao menos  que eu me lembre) na sua filmografia. Deste, um deles fez um sucesso relativo nos cinemas por aqui e, disparado, é o melhor musical made in Cannon. Trata-se de Salsa - O Filme Quente, produção de 1988 estrelada pelo ex-líder do extinto grupo musical e fenômeno oitentista Menudo, Robby Rosa (atual Draco, não me pergunte o porquê da mudança tosca de nome). Pegando carona no enorme sucesso de Dirty Dancing - Ritmo Quente, os produtores Menanhem Golan e Yolan Globus se uniram a Kenny Ortega, o mesmo coreógrafo deste clássico oitentista estrelado pelo saudoso Patrick Swayze, para colocar todo elenco e figurantes para dançar nos passos certos do ritmo caliente latino, num filme divertidíssimo e contagiante, mesmo com suas limitações no roteiro e também orçamentária, algo comum nos filmes produzidos pela dupla de primos israelenses. 

Dirigido pelo também israelense Boaz Davidson, que já tinha nos presenteado com a pérola comédia adolescente produzida no seu país, Paquera e Curtição (outro clássico oitentista exibido exaustivamente no SBT que hoje encontra-se sumidíssimo da emissora de Sílvio Santos), Salsa tem uma trama fraquinha, com elementos de outros filmes made in Cannon. Rico (Robby, como ator um excelente dançarino) é um jovem mecânico loucamente apaixonada pela dança, principalmente pelo ritmo da salsa, que brilha nas pistas de dança e sonha em ir a Porto Rico.  O rapaz ver a chance do seu sonho se realizar quando entra  com a namorada Vicki (a linda Angela Alvarado) num concurso de dança que irá premiar o rei e a rainha da salsa com uma viagem ao paradisíaco lugar. Enquanto o rapaz se empenha para ganhar o concurso, é cobiçado e assediado pela coroa fogosa Luna (Miranda Garrison, praticamente repetindo sua personagem em Dirty Dancing), dona do clube, abalando a sua relação, dentro e fora da pista, com sua namorada. Como se isso não bastasse, seu amigo de infância Ken (o saudoso Rodney Harvey, promissor ator que infelizmente foi mais uma vítima das drogas, vindo a falecer de overdose em 1996, aos 30 anos de idade) e sua irmã Rita (Magali Alvarado) se apaixonam o que deixa Rico ainda mais puto da vida. Evidente que ele supera todas estas adversidades e, como na maioria dos musicais, termina junto com todo mundo, dançando alegremente no mesmo passo.

O roteiro é fraquinho e serve como mera desculpa para colocar todo mundo para dançar. Ortega, que é um excelente coreógrafo, em Salsa capricha na dosagem de sensualidade. Ao mesmo tempo que nos presenteia com excelentes sequências de dança (como na sequência inicial na oficina mecânica e na inesquecível sequência protagonizada por Rodney e Magali, ao som dançante feito por um grupo de mendigos), nos causa tédio em algumas desnecessárias e um pouco longas sequências apelativas, como na protagonizada por Robby e Moon Orona, que interpreta Lola, amiga de Rita que o seduz. Mas, nem estas sequências, as fracas atuações do elenco (somente Rodney se destaca),  muito menos o roteiro fraquinho, que inclusive copia a trama da comédia israelense Amor de Menina (o lance do amigo mais velho e irmã caçula do protagonista que se apaixonam), tira o brilho desta produção musical bastante divertida.

Mas, o grande mérito do filme, que conta com a partipação especialíssima dos saudosos mestres do ritmo Célia Cruz e Tito Puente, é sua excepcional e contagiante trilha sonora, que está entre as melhores de um musical, sobretudo, oitentista, que faz um casamento perfeito com a coregrafia de Ortega. Um ótimo exemplo que a perfeita harmonia entre excelentes coreografia e trilha pode transformar um filminho"B", com roteiro e atuações que deixam a desejar, num divertido e empolgante musical.

Em sintese, Salsa - O Filme Quente é pura diversão descompromissada que mesmo com suas deficiências, consegue empolgar e contagiar. Outro clássico oitentista que além de ter sido exibido pouquíssimo na TV brasileira (apareceu algumas vezes na Sessão de Sábado, Sessão da Tarde e Corujão, todas da Globo), anda sumídissimo não somente da programação, como também do mercado de home vídeo nacional. Dançante e envolvente, um filme que precisa ser  descoberto.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.  



6 comentários:

  1. Respostas
    1. Somos dois, Keyla! Um filme simples, mas, muito divertido e inesquecível.

      Seja sempre bem-vinda a comentar no nosso blog! Volte sempre! :D

      Beijos! Fica com Deus!

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  2. Respostas
    1. Verdade! Fez história! Um clássico dos musicais oitentistas.

      Obrigado pelo comentário! Volte sempre ao nosso blog! É muito bem-vindo!

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  3. Boa tarde Meu amigo eu adoro ver filme da salsa quente muito bom o filme ex. Menudo Robby Rosa ❤ um abraco sua amiga Cristiane do Carmo 💕💞💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕

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    1. Boa tarde, Cristiane!

      De fato é um ótimo filme. Divertido e dançante!

      Muito obrigado pela visita e pelo comentário, minha amiga! Volte sempre!

      Bjs! Fica com Deus!

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