domingo, 4 de dezembro de 2016

AULÃO ESPÍRITA E MONGE NUMA ROUBADA EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Deixe-me Viver de Luiz Sérgio.
Produção brasileira de 2015.

Direção: Clóvis Vieira.

Elenco: Benardo Dugin, Sabrina Petraglia, Rocco Pitanga, Indiara Silveira Jr., Fernando Peron, Thomaz Costa, Mário Cardoso, Edson Montenegro, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 04 de dezembro de 2016.

Cotação

Nota: 6,5.  

Sinopse: Baseado no livro homônimo psicografado por Irene Pacheco Machado. Desencarnado quando tinha apenas 23 anos, Luiz Sérgio (Dugin) está de boa com seus estudos no mundo espiritual, quando recebe a missão de escrever um livro sobre o aborto. Luiz Sérgio parte numa jornada espiritual, fazendo um minuciosa pesquisa sobre assunto, em especial, junto com espíritos rejeitados, que não tiveram a sorte de encarnar por causa do aborto.

Comentários: Há pouco tempo atrás nosso cinema nacional teve uma curtíssima modinha com filmes de temáticas espíritas. Curtíssima pois, apesar do tema render inúmeros em novelas e séries da Rede Globo. no cinema apenas duas produções (Chico Xavier e Nosso Lar) arrebentaram nas bilheterias, enquanto que os demais foram totalmente ignorados. Caso desta produção que chegou aqui em Maceió com quase dois meses de atrasos do seu lançamento. Temos um filminho simples, bem redondinho com o objetivo de propagar a doutrina espírita para o grande público. Com um roteiro que se preocupa apenas em ser didático, ignorando a coerência e o aprofundamento da história, temos mais um filme feito simplesmente para difundir a doutrina espírita, com boa parte do elenco estando dando aula ao invés de atuar, apesar de algumas pouquíssimas atuações satisfatórias.  Em compensação como cinema a história até é convincente pois é bastante fantasiosa (com todo respeito aos adeptos da doutrina espírita). Os efeitos visuais na maioria das cenas são toscos na telona, o que faz o filme, nesse quesito, funcionar melhor na telinha. O resultado final não chega a ser tão ruim, já que o filme  acaba sendo uma surpresinha satisfatória. Se você não for espírita ou uma pessoa contra o aborto, pode até se divertir com o filme, desde que desligue seu cérebro e encare numa boa esse filminho C legalzinho.



As confissões (Le Confessioni).
Produção italiana e francesa de 2015.

Direção: Roberto Andò.

Elenco: Toni Servillo, Connie Nielsen, Pierfrancesco Favino, Marie Josée Croze, Moritz Bleibtreu, Lambert Wilson, Daniel Auteuil, Jonah Heldenberg, Richard Sammel, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 04 de dezembro de 2016.

Cotação

Nota: 4,5.  

Sinopse: Com um mundo mergulhado num caos econômico, Daniel  Roché (Auteuil),presidente do Fundo Monetário Internacional, convoca uma reunião com os ministros da economia do G-8, num luxuoso hotel isolado na Costa Báltica alemã, e inventa de também convidar para a reunião o monge italiano Roberto Salus (Servillo), a escritora Claire Seth (Nielsen) e o astro da música Michael Wintzl (Heldenberg), a fim de humanizar um pouco mais a polêmica reunião num momento tão delicado. Na primeira noite no local, Daniel procura o religioso e faz uma confissão. Só que horas depois, ele é encontrado morto no seu quarto, provavelmente, cometeu suicídio. A partir daí todas as atenções acabam sendo voltadas para o coitado do monge, já que todos querem saber o que Daniel falou para ele em confissão.

Comentários: Quem acompanha esse blog sabe que não sou crítico, sou apenas um cinéfilo com gosto bem popular, mas, abrindo o leque para conhecer produções fora do mercado dos blockbusters hollywoodianos ou dos filmes de ação C. Para ser sincero, não conheço os trabalhos anteriores do diretor, nem sabia quem era ele, muito menos quem era o ator italiano Toni Servillo, até então um ilustre desconhecido apenas para mim, já que andei lendo que fez sucesso de público, A Grande Beleza., filme que o ator ficou conhecido por aqui, o que abriu as portas para mais produções estreladas por ele chegar aos nossos cinemas, como este filme que tem uma premissa interessante que me chamou atenção. Pena que o resultado final acaba frustrando, pois, temos um filme morgadinho, morno, desnecessariamente arrastado, com um roteiro regular, e não se definir nem para o que veio, muito menos qual gênero. As ótimas atuações de um inegável elenco talentoso, com destaque para o protagonista Servillo, é que salvam o filme e seguram a nossa atenção, mas, não conseguem tirar de nós a sensação de uma boa ideia desperdiçada numa história jogada fora por ter sido mal desenvolvida. Assistível.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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