Mesmo depois de dez anos do último filme, franquia MIB - Homens de Preto mostra que ainda está forte, tirando a primeira colocação de Os Vingadores nas bilheterias norte-americanas.
Mesmo sendo um exemplo raro de um astro hollywoodiano gente fina, simples, carismático e sem frescura nenhuma, passou-se quatro longos anos pra vemos Will Smith à frente das telas. MIB3 - Homens de Preto 3, filme que eu conferir na última segunda-feira na sala 3 do Complexo Kinoplex, é sua volta e, diga-se de passagem, em grande estilo. Na trama, o tosco e antipático vilão Bóris - o animal (Jemaine Clement) foge de uma prisão lunar, com um único objetivo: detornar com o agente K (Tommy Lee Jones, meio perdidão) responsável pela sua prisão, nos anos 60 e para isso, viaja ao passado. Para salvar o seu parceiro, o agente J (Smith, como sempre roubando cenas com tiradas hilárias) viaja ao passado, tentando impedir que o vilão tenha êxito, com ajuda da versão jovem de K (Josh Brolin, roubando cena com um show de interpretação).
Com um roteiro mais bem elaborado da trilogia, o novo filme eleva ainda a diversão descompromissada, graças as tiradas hilárias. O filme surpreende, principalmente por, apesar parceria Smith e Lee Jones ser consideravelmente reduzida, não sentimos este impacto graças a perfeita atuação de Brolin que consegue pegar todo jeito ranzinza que Jones deu ao personagem e, assim como ele tem um química perfeita com Smith, que mais uma vez é responsável pelas melhores piadas do filme. Os efeitos especiais como semper são de primeira, mas, o 3-D é quase impercebível, logo, desnecessário. Em síntese, com o enredo bem elaborado, que ganha força com um trio de protagonistas afiadíssimos, MIB3 - Homens de Preto 3 é um filme divertido que ligeiramente os seus antecessores. Nota 8,5.
A Saga Crepúsculo - Amanhecer - Parte 1 com certeza, na minha opinião, é o pior filme da franquia teen modinha. Mas, em compensação, a música acima é disparada a melhor e mais linda de toda franquia. Show de bola mesmo!
Mel Gibson lança toda suas fichas em filme de ação ousado.
Quando em 2004 a obra-prima A Paixão de Cristo chegou aos cinemas Mel Gibson foi crucificado por todos os lados, injustamente acusando-o e a obra de anti-semitismo e apelar para a violência extrema. Depois de um hiato de três anos, Gibson voltou à direção com Apocalypto, e mais chuva de críticas ferrenhas. O tiro de misericórdia na sua carreira, até então vitoriosa, veio na vida pessoal, quando ele teve uma recaída e mergulhou mais uma vez no alcoolismo, sendo pego dirigindo embriagado e metendo o pau na Comunidade Judaica, ato que fez pedi desculpas publicamente e anunciar que estava em tratamento contra a doença. Em 2010, voltou para frente das camêras estrelando o decepcionante e entediante O Fim da Escuridão e no ano seguinte, sendo dirigido pela amiga Jodie Foster no drama Um Novo Despertar. Plano de Fuga, filme que estreia amanhã nos cinemas brasileiros e que acabei de assistir online, é mais uma tentativa de Gibson de retormar o rumo de sua carreira. E diga-se de passagem, num projeto ousado, que se depender dos puritanos e anti-Gibson de plantão pode até afundar de vez sua carreira na merda, já que está repleto de cenas politicamente incorretas (o personagem de Gibson dar cigarro para um garoto, o mesmo que ele dar umas porradas e depois usa no seus planos), com um personagem tão picareta, que a frase "Chega de ser um bom moço!", no cartaz de O Troco, se encaixa perfeitamente nele.
Gibson, que também é um dos produtores e roteiristas do filme, interpreta um assaltante norte-americano, preso na fronteira dos Estados Unidos com o México, após uma perseguição. Trancafiado numa prisão que parece mais uma bairro comercial do que uma prisão propriamente dita, o carinha usa toda sua malandragem para sobreviver no lugar. Ele acaba fazendo amizade com o tal garoto (Kevin Hernandez) e descobre que o poderoso chefão local matou o pai do menino para tirar o seu fígado e está prestes a fazer o mesmo com ele. Neste meio tempo, os capangas do verdadeiro dono da grana que ele roubou chega ao México. Para se safar e de quebra o garoto e sua mãe, o picareta sem nome, ou melhor, de vários nomes, arma um plano mirabolante para ferrar com todos os seus perseguidores.
O filme pode até incomodar os metidos a puritanos, politicamente incorretos, mas é inegável que Plano de Fuga é um filme muito divertido, graças a boa atuação de Gibson que nos presenteia com um personagem que é uma adorável canalha. Dirigido pelo estreante Adrian Grunberg, que foi assistente de direção de vários filmes, entre eles, Apocalypto e O Fim da Escuridão, o filme não é o melhor trabalho de Gibson, mas também não é o pior. Se você não for desses chatos que se ofendem com qualquer coisa e não levar o filme a sério, pode se divertir tanto quanto um filme da quadrilogia Máquina Mortífera, ressalvado as devida proporções, obviamente. Confeso que não levava muita fé neste filme, mas fui surpreendido, pois de fato Plano de Fuga é muito divertido. Em síntese, um bom retorno de Gibson ao gênero que lhe consagrou. Como fã, espero que seja o recomeço e a volta por cima deste grande ator. Nota 8,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Nota: Vale conferi uma interessante matéria do site Adoro Cinema onde é listado os melhores personagens de Mel Gibson.
Trilogia australiana redifiniu o sub-gênero apocalíptico e lançou Mel Gibson ao estrelato.
Entrando em cartaz nos cinemas brasileiros neste fim de semana com Plano de Fuga, tentativa de reerguer sua carreira atualmente em crise, Mel Gibson foi lançado ao mundo, em grande estilo, em 1977 com Mad Max, terceiro filme de sua carreira e seu primeiro grande sucesso. Com orçamento bem reduzido, o diretor George Miller nos presenteou com uma obra-prima do gênero ficção científica, praticamente reinaugurando e redifinindo o sub-gênero apocalíptico, sendo até hoje bastante imitado (destas imitações destaque para Crepúsculo de Aço, estrelado pelo saudoso Patrick Swayze (18/08/52 - 14/09/09) e Cyborg: O Dragão do Futuro, produção "C" Made in Cannon, estrelada por Van Damme) e de quebra, revelou o talento de Gibson, que a partir deste filme conheceu o estrelato. A trama se passa num futuro não muito distante, o mundo vive uma crise por causa da falta da gasolina, e onde as pesssoas se matam para obter o tão precioso produto. Max (Gibson) é um jovem policial rodoviário que junto com os seus companheiros, combatem as violentas gangues que tomaram conta do mundo. O bom moço que só quer cumprir o seu serviço honestamente e voltar para casa para curtir sua linda esposa e bebê muda, quando num dia de folga, a família é atacada por uma gangue, que assassina mãe e filho. Max deixa a lei de lado, e parte com tudo para detornar com os assassinos.
O orçamento nítidamente reduzido é superado por um excelente e criativo roteiro e uma competente direção, que diblou a grana curta com muita criatividade, nos presenteando com uma obra-prima, um verdadeiro clássico da sétima arte. O resultado não poderia ser melhor já que o filme, merecidamente, arrebentou nas bilheterias, inaugurando uma trilogia bem acima da média. Gibson, literalmente deu a cara para bater (antes do filme, Gibson se meteu num briga de bar e feriu o rosto, o que acabou possibilitando o diretor escolheu-lo para o papel), se entregando por completo ao personagem e nos brinda com uma de suas melhores e mais memoráveis atuações. Presença frequente na extinta e saudosa Sessão das Dez do SBT, atualmente, infeliz e injustamente sumido da programação televisiva do nosso país, Mad Max é um filmaço empolgante, até hoje imitado e insuperável. Nota 10,0.
Estrondoso sucesso mundo a fora a continuação foi inevitável. E em 1981, Miller e Gibson voltam com tudo em Mad Max 2 - A Caçada Continua, que consegue a proeza de ser melhor do que o primeiro filme, um feito cada vez mais raro (curiosamente, anos depois, Gibson estrelou outro segundo filme melhor que o original, Máquina Mortífera 2). Com uma clima bem mais sombrio que o primeiro filme, na trama Max anda errante pelas estradas, sobrevivendo por conta própria. A solidão e o egoísmo do personagem são deixados de lado quando cruza em seu caminho uma comunidade que tem cultiva uma refinaria e está sendo atacada por uma gangue de motoqueiros, cujo o líder usa a mesma máquina de hóquei do Jason da franquia Sexta-Feira 13. Quando assistir pela primeira vez, ainda na adolescência, quando passava com frequência na programação global, não gostava muito deste filme e achava inferior ao primeiro. Mas, anos depois, após conferi-lo na idade adulta, percebi que Mad Max 2 é um filmaço empolgante, com sequências de ação eletrizantes, um roteiro ainda bem mais elaborado e criativo que o original e Gibson ainda melhor na atuação. Nota 10,0 é pouca para um clássico tão empolgante e inesquecível.
Após uma continuação que supera o original, a saga de Max tem um desfecho em 1985, com Mad Max - Além da Cúpula do Trovão. Miller também divide a direção, com seu xará George Ogilvie, com um orçamento bem mais elevado. Seguindo à risca a regra do terceiro filme de uma franquia ser o mais fraco, desta vez Max vai parar em Bartetown, uma cidade no meio do deserto governada por uma tosca rainha, interpretada pela diva pop Tina Turner, que divide com Gibson o estrelato e interpreta a famosa canção que sempre é tocada quando é exibida a chamada de algum filme da trilogia. O cara entra na tal Cúpula do Trovão, uma arena mortal, mas nega detornar o seu adversário. Max é banido para o deserto, mas, encontra um grupo de crianças, que o considera como um salvador da pátria. Apesar de ter um enredo mais esperançoso que os outros filmes, o último filme da saga não mantém o mesmo nível dos filmes anteriores e encerra de forma decepcionante a saga. Nota 3,5.
Depois de quase trinta anos do último filme, Miller retornará a saga de Max no próximo ano, com Tom Hardy (visto recentemente na comédia romântica Guerra é Guerra!) no papel que era de Gibson, que será um dos produtores do filme e a presença da belíssima Charlize Theron no elenco. Intitulado Mad Max: Fury Road, a trama se passará alguns anos depois de Mad Max: Além da Cúpula do Trovão. As filmagens estão atrasadíssimas e últimas notícias colhidas na internete diziam que seriam iniciadas no último mês de abril. Fica a dúvida se a franquia voltará com tudo. Por enquanto, só nos resta rever, principalmente os dois primeiros filmaços, que já foram lançados em DVD a bastante tempo.
Sem divulgação, Globo exibe no Corujão clássicos não tão antigos.
É incrível como a poderossíma Rede Globo, líder absoluta em todos os horários, tem um total desrespeito pelos seus telespectadores, principalmente, os que curtem um bom filme. Sem divulgação sequer no seu site, exibe ótimos filmes clássicos não tão antigos na sessão tapa-buraco da programação da madrugada. De terça para quarta pintou na telinha do plim-plim a divertida comédia Os Cabeça-de-Vento, de 1994, estrelada por Brendan Fraser e um elenco de feras, boa parte em começo de carreira. Fraser dar vida ao roqueiro sem juízo e noção Chazz, líder de uma bandinha tosca, que junto com seus companheiros de banda, Rex (Steve Buscemi) e Pip (Adam Sandler, quase irreconhecível de tão jovem e magérrimo), tão e até mais sem juízo e noção que ele, invadem uma rádio especializada no gênero, para obrigar o famoso locutor DJ Ian (Joe Mantegna) a tocar a sua música. A situação sai do controle e os cabeças-de-vento acabam fazendo alguns reféns (um deles, interpretado por David Arquette, ainda mais quase irreconhecível do que Sandler). Enquanto dura o atrapalhado sequestro e negociam com a polícia, na pessoa do Sargento O"Marlley (Ernie Hudson, o Winston dos dois Caça-Fantasmas), acabam ganhando a simpatia do público, principalmente, os roqueiros, ganhando a tão sonhada fama.
O filme é bobinho, com um roteiro mediano, mas, consegue divertir, sem forçar muito, com um elenco estrelar (além dos citados, também tem a participação do ídolo teen dos anos 80, Judd Nelson e do saudoso comediante Chris Farley (15/02/64 - 18/12/97), mais conhecido no Brasil por estrelar a engraçadíssima comédia Um Ninja da Pesada, morto precocemente de ataque cardiaco, após uma overdose de cocaína), com destaque para o trio central. Em síntese, Os Cabeça-de-Vento é um filme mediano, que vale a pena ser conferido por aqueles menos exigentes e, principalmente, os fãs de Fraser e Sandler em começo da carreira. Nota 7,5.
Poster original da comédia Os Cabeças-de-Vento.
Abaixo, trailer deste curioso filme.
De ontem para hoje foi a vez de emissora toda-poderosa surpreender e exibir Os Embalos de Sábado à Noite, clássico setentista estrelado por John Travolta, responsável pelo seu estouro com astro hollywoodiana. Com um roteiro fraquinho que não aprofunda os fatos apresentados e serve apenas para Travolta e os figurantes se esbaldarem nas pistas de dança, mas, com uma trilha inesquecível, principalmente as músicas cantadas pelos Bee Gees, o filme é um retrato fiel da febre das discotecas que tomou conta no mundo e tem neste filme, e aqui no Brasil a novela global Dancing Days, como seu maior representante. Travolta é Tony Manero, um jovem ítalo-americano de 19 anos, que a noite sai com os amigos e se solta na pista de dança, onde dar um show e deixa as minas loucas.
Na época, o filme foi um estouro de bilheterias, influenciando uma geração. A trilha empolgante e dançante, que até hoje contagia e não deixa ninguém parado, supera as deficiências de um fraco roteiro, que não aprofunda a trama apresentada e serve apenas para Travolta e os figurantes se soltarem na pista de dança. Um filme que merece ser conferido por ser um clássico do gênero musical e, principalmente, para conferir a primeira atuação de Travolta como protagonista. Impossível. Nota 7,0.
Curiosamente, este clássico teve uma desnecessária continuação em 1983, dirigida por Sylvester Stallone (que aparece como figurante, aos nove minutos de filme, esbarrando com Travolta na rua), no auge de sua fama como diretor de duas continuação da saga do boxeador Rocky Balboa. Em Os Embalos de Sábado Continuam, Tony Manero entra para uma companhia de teatro e está prestes a estrelar um show na Broadway. Entre um ensaio e outro, Manero se envolve com a estrela do espetáculo Laura (a lindíssima e provocante Finola Hughes, atualmente, sumidíssima) e não percebe que sua amiga Jackie (Cinthia Rhodes, presença frequente em filmes dos anos 80, principalmente musicais como Dirty Dancing) é apaixonada por ele.
Apesar da surpreendente e improvável direção de Stallone, que se esforça e nos apresenta bons números musicais, e ainda de quebra, colocou o tosco do seu irmão, Frank Stallone, na trilha, Os Embalos de Sábado Continuam, é um filme bem mais fraco que o original, sem o mesmo brilho e trilha marcante daquele clássico filme. Tanto que o filme é considerado por muitos a pior continuação de todos os tempos (Particularmente, apesar de achar o filme fraco, não chega também a tanto).Vale pela curiosidade de ver Stallone dirigindo um filme fora do seu gênero e só aparecer rapidamente como figurante. Nota 5,0.
John Travolta arrebenta na pista de dança no clássico
Os Embalos de Sábado à Noite.
Pula Viadinho!
Travolta solta a franga em desnecessária continuação.
Clássico do cinemão de ação arranca gargalhadas do começo ao fim.
Nos anos 80 e começo dos 90, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger tinham uma rivalidade sadia nas telonas, disputando o título de ícones dos filmes de ação da época. A disputava acirrava em alguns momentos em que os brucutus estrelavam filmes em formatos similares (Arnoldão primeiramente imitando Stallone e depois este se aventurando na comédia como o seu rival, mas sem o mesmo sucesso). Acredito que Comando para Matar, de 1985, foi o ponta-pé inicial para o ex-Mister Universo e ex-governador da Califórnia oficializar a "briga" com seu rival de tela, afinal, o filme é uma cópia cagada e cuspida do mesmo conceito de exército de um homem só detornando um exército inteiro de Rambo II: A Missão, estrelado por Stallone no mesmo ano. Como no também clássico, o roteiro é simplesmente mera desculpa para o brucutu, mostrar seus músculos e detornar número incontáveis de figurantes, o que enfurecia e ainda enfurece, os pacifistas da época, que ver em filmes de ação como causa de violência na vida real.
Em Comando para Matar, o brucutu austríaco não é John Rambo, mas é John Matrix, ex-membro de um grupo militar, tão fodástico quanto o seu colega homônimo, que forçadamente sai da aposentadoria com a missão de matar o presidente de um fictício país latino-americano com o tosco nome de Valverde. Para que ele cumpra esta missão forçada, os burros dos bandidos, liderados por Arius (Dan Hedaya, caricato), sequestram Jenny (a talentosa Alyssa Milano), filhinha de John. Nosso herói durão, bombadão e fodástico simplesmente sai de forma mirabolante do avião que o levaria até o tosco país, e em contagem regressiva do mesmo tempo que faria a viagem parte para cima dos bandidões para detornar com eles e salvar sua filhinha, contando com a ajuda de Cindy (a morença Rae Dawn Chong, atualmente sumidíssima), uma aeromoça que ele sequestra e acaba se sensibilizando com a luta de um pai que só quer detornar a bandidagem e salvar sua filhinha.
A frase "Eu só deixei corpos!", dita no final por John ao atrasadíssimo exército norte-americano resume perfeitamente o clima surreal do filme. São tantas situações patéticas e irreais no decorrer dos curtíssimo 90 minutos que o filme consegue a proeza de arrancar gargalhadas do começo ao fim, sendo mais engraçado que muitas comédias por aí. O roteiro é tosco, repleto de furos e típicas e toscas, mas inesquecíveis frases de efeitos (além da citada no começo deste parágrafo, tem a clássica: "Lembra que eu prometi que mataria você por último? Pois é, eu menti!", dita por John antes de soltar sua primeira vítima de um precipício), sequências "me engana que eu gosto!" e Arnoldão está no ápice de sua canastrice. Mas, por mais incrível que possa parecer, todos estes defeitos tornaram-se qualidades e que fazem de Comando para Matar um filmaço divertidíssimo, empolgante e envolvente, que até hoje, figura entre os melhores do gênero e exaustivamente imitado. Um clássico oitentista e do cinemão de ação obrigatório para os fãs do gênero. Para ser visto e revisto, sempre arrancando longas gargalhadas. Imperdível! Nota 10,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Pai exemplar:
John detorna um exército inteiro para salvar sua filhinha.
Foto da capa do DVD idêntica do cartaz original do filme.
Pose de durão do brucutu Arnoldão era poster obrigatório nas academias.
Apelando para cenas calientes de consumo de drogas e sexo, Paraísos Artificiais é mais um filme ruim da atual fase do nosso cinema.
Depois de duas semanas propositalmente adiando, incluindo duas idas ao cinema e desistência na hora de comprar o ingresso (o filme não me despertou nenhum interesse), finalmente assistir, na sala 4 do Complexo Kinoplex, o nacional Paraísos Artificiais, estreia na direção de Marcos Prado, um dos produtores dos dois fodásticos Tropa de Elite. Sem um enredo linear que mistura fatos passados e atuais, o filme traz os encontros e desencontros dos jovens DJ Erika (Nathalia Dill, linda e corajosa, encarando pesadíssimas e constrangedoras cenas de sexo) e Nando (Luca Bianchi, convicente), que se reencontram em Amsterdã, na Holanda, sem o cara se lembrar do primeiro encontro, anos atrás, numa rave numa praia paradísiaca do Nordeste (não é informada o nome dela, muito menos onde fica), onde juntos com a amiga e ficante dela Lara (Lívia de Bueno, tão linda quanto Dill), viveram um momento intenso regado a muita droga.
Depois de décadas de lutar para conquistar espaço e convencer o público que o nosso cinema não é sinônimo de filmes ruins repleto de putaria, vem Prado e resgata este preconceito com um filme ruim com cenas de nudez e sexo a cada cinco delas, algumas delas que fazem algumas pornochachadas parecerem filmes religiosos. O filme não é totalmente ruim porque tem um roteiro que apesar de fraco é bem desenvolvido, conseguindo a rara proeza de não confundir a cabeça do público, muito menos entediá-lo algo tão comum em filmes com um história não contada linearmente. Mas, no geral, Paraísos Artificiais é mais um filme fraquíssimo da atual fase ruim que o nosso cinema está passando (este ano, até agora, realmente bom apenas 2 Coelhos, apesar de Heleno e Xingú também terem alguns pontos positivos). O pior é que dinheiro nosso serve para financiar merdas como esta, já que, além dos patrocinadores privados, tem verba dos Governos Federal e do Rio de Janeiro. Em síntese, um filme regular, que só mancha a nossa filmografia e serve apenas para os marmanjos de plantão conferi os lindos seios de uma linda atriz global. Nota 2,5.
Filme baseado em clássico jogo segue direitinho a cartilha de um blockbuster.
De jogo jurássico criado na década de 30, Batalha Naval tornou-se um típico explosivo blockbuster do século XXI em Battleship - A Batalha dos Mares, que chegou aos nossos cinemas na última sexta e que acabei de conferir online (pela segunda semana consecutiva, a curiosidade falou mais alto que a vontade de conferi no escurinho do cinema). Sem perder tempo para nos dar qualquer explicação, o filme inicia com cientistas norte-americanos anunciando que descobriram um planeta idêntico a Terra, numa galáxia no feofó do universo, e enviam um sinal para tentar se comunicarem com possíveis habitantes de lá. A resposta vem de imediato, algum tempo depois (algo que o filme não diz, mas, o espectador deduz que houve uma curta passagem de tempo) com a costumeira invasão ao nosso planeta, justamente quando estão sendo realizados jogos navais. Os marinheiros deixam de lado a disputa acirrada entre eles e partem para defender o nosso planeta e detornar com os vilões alienígenas.
Seguindo direitinho a cartilha de um blockbuster (tema recorrente do gênero, no caso a invasão do nossa planeta, a presença de um grande ator - Liam Neeson - para dar credibilidade ao projeto, efeitos especiais e sonoros caprichados, roteiro repleto de erros grosseiros e cenas mirabolantes, etc.), o filme é muito bem realizado, com o único objetivo: divertir sem exigir do espectador nenhum racíocinio. Com um ritmo frenético e a dosagem exata de ação e humor, Battleship é mais um autêntico blockbuster que não traz nenhuma novidade ao gênero. A não ser que você queira contar como novidade a estreia nas telonas da cantora pop star Rihanna , num papel de coadjuvante que lembra vagamente o personagem de Will Smith no também blockbuster descerebrado Independence Day, responsável pelo seu estouro. Evidentemente, neste caso, ressalvado as devidas proporções, já que o personagem de Rihanna não tem o mesmo brilho e carisma do Capitão Steven Hiller daquele blockbuster fodástico de Roland Emmerich.
Apesar do enredo bastante batido e a cartilha de um blockbuster ser seguida à risca, mas, com um nível técnico muito bem realizado que não precisou recorrer a modinha do formato 3D, o fato é que Battleship - A Batalha dos Mares é um filme razoável que cumpre a sua única missão de divertir, sem compromisso, sem exigir um racíocinio aprofundado do espectador e com costumeira segunda intenção de tentar abrir alas para o surgimento de uma futura franquia. Se você, assim como este blogueiro, curte o típico cinemão pipoca, 100% entretenimento, pode embarcar neste filme, sem medo nenhum de ser uma canoa furada. Nota 7,5.
Depois do estrondoso sucessso de Os Caçadores da Arca Perdida e, posteriormente, dos demais filmes que formam, junto com este clássico, a quadrilogia do herói Indiana Jones, pipocaram e até hoje ainda surgem, milhares de filmes genéricos inspirados ou descaradamente imitando as aventuras docarismático herói imortalizado por Harrison Ford. Curiosamente, dois destes melhores genéricos foram produzidos pela saudosa Cannon: As Minas do Rei Salomão, estrelado por Richard Chamberlain e Sharon Stone (comentários em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/01/classicos-da-america-video-as-minas-do.html ) e Os Aventureiros do Fogo, com a dupla impagável Chuck Norris e Louis Gossett Jr. (comentários em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/01/classicos-da-america-video-firewalker.html) , ambos dirigidos pelo saudoso J. Lee Thompson (01/08/14 - 30/08/02). O primeiro fez um surpreendente, porém, merecido sucesso, e lamentavelmente ganhou uma horrível continuação em 1987, trazendo de volta o carismático casal Chamberlain e Stone, desta vez sob a batuta do ilustre desconhecido diretor Gary Nelson.
Em Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido, o casal Quatermain e Jesse Huston estão prestes a ir aos Estados Unidos para se casarem, quando recebem a visita de um velho amigo e companheiro de aventura dele, fugindo de dois misteriosos e toscos guerreiros tribais. Antes de partir para a terra do pé-junto, o cara revela que o irmão de Quatermain não somente está vivo, como também encontrou a mítica Cidade de Ouro. Sem pensar duas vezes, já que além de ter a chance de reencontrar o irmão, não está nem um pouco interessado em ir aos States, Quatermain parte em resgate do irmão, ao lado de Jesse, de um guerreiro tribal fodão de nome esquisito (o grande ator James Earl Jones, pagando um micaço que só é superado pela tosca peruca que ele usou no clássico Conan, O Bárbaro) e um picareta, metido a guru, numa jornada repleta de perigos clichês.
Com um roteiro fraquíssimo, e tosco, efeitos especiais medíocres e uma fraca direção, Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido é uma decepcionante e desnecessária continuação de um filme divertidíssimo que de tão ruim figura na lista das piores continuações de todos os tempos. Em síntese, um clássico da Sessão da Tarde que é mais um que anda sumidíssimo das telinhas brasileiras, só que neste caso, é melhor que permaneça assim. Nem pelo instinto ruim e masoquismo de querer ver Chamberlain, Stone e Earl Jones pagando um micaço merece ser conferido. Nota 0,0.
Obra-prima pop dos anos 80, Ruas de Fogo ultrapassa as barreiras do tempo.
Ah os anos 80! Aposto que não existe época mais pop que esta. Teve na música e no cinema seu fiel retrato. E quando as duas artes se fundem? Em 1984, o diretor Walter Hill nos presenteia com uma verdadeira obra-prima que faz a mais perfeita fusão entre as duas artes, com o inesquecível e fodástico Ruas de Fogo - Uma Fábula de Rock and Roll. Como o subtítulo mesmo diz, o filme é uma verdadeira fábula, passada em outra época, em outro lugar, como é anunciada logo de cara, com todo climão e cenário dos anos 50, mas, com a música pop e ritmo 100% anos 80. Na trama desta interessantíssima e criativa fábula musical, a cantora Ellen Aim (Diane Lane, no ápice de sua beleza) resolve fazer um show beneficente no bairro barra-pesada que se criou, mesmo a contra-gosto do seu empresário e namorado Billy Fish (Rick Moranis, em uma das suas melhores atuações). Só que, logo após a primeira música, a moça é sequestrada pela perigosa gangue de motoqueiros Bombers, liderada pelo malvadão de plantão o feioso Raven Shaddock (Willem Dafoe, assustador e perfeito num dos mais memoráveis vilão de sua carreira). Para salvá-la, Reva (a bonitinha Deborah Van Valkenburgh) uma fã e amiga da cantora, recorre ao seu irmão, o fodástico durão Tom Cody (Michael Paré, no papel mais memorável de sua tosca carreira), ex-namorado e grande amor da cantora. Na sua missão de resgate, Cody contará com a ajuda da "Maria-Homem" McCoy (Amy Madigan, roubando cena na melhor atuação de sua carreira), uma feiosa que ele conhece num bar, tão durona e algumas vezes até mais que o herói.
O roteiro do filme é interessante, porém, regular, com alguns furos grosseiros. Mas, Hill nos apresenta um filmaço tão bom, em ritmo acelerado e com um trilha excepcional que até perdoamos as falhas grosseiras que aparecem no roteiro. Afinal, o próprio sub-título anuncia que trata-se de uma fábula, logo, é perdoado qualquer incoerência, até mesmo o fato do mocinho se lascar para salvar com a mocinha e no final, optar em dar no pé e ficar ao lado da feiosa machão McCoy (lembro quando assistir pela primeira em Tela Quente, fiquei putíssimo da vida por este fato, já que no auge da minha adolescência, estava torcendo para que Cody salva-se a mocinha e ficasse com ela.). O filme é tão fodástico que até o seu trailer é um dos melhores e mais empolgantes já realizados.
Mas, sem dúvida, o grande destaque do filme é sua trilha sonora excepcional, insuperável até hoje. Hill não somente arranca boas interpretações do seu elenco competente, como também coloca a sua protagonista, Diane Lane, para realmente soltar a voz nas belíssimas e contagiantes canções Nowhere Fast (conhecida pelo público brasileiro como abertura do saudoso e tosco Programa Livre, do SBT, apresentado por Serginho Groismann) e Tonight is What it Means to be young, na abertura e desfecho do filme, respectivamente. Outra canção inesquecível é a baladinha I Can Dream About You, cantada pelo saudoso Dan Hartman (08/12/50 - 22/03/94) e no filme era dublada pelo fictício grupo musical The Sorels.
Idealizado para ser uma trilogia intitulada As Aventuras de Tom Cody que, infelizmente, não saiu do papel, curiosamente, Ruas de Fogo teve uma continuação não-oficial e bastante tardia, em 2008, lançada diretamente em home vídeo com o título de Estrada para o Inferno, dirigido pelo diretor de filmes de ação classe "C" Albert Pyun (seu maior destaque, sem dúvida, é Cyborg: O Dragão do Futuro, com Van Damme), com Paré e Van Valkenburgh de volta aos seus personagens. De "tão bom", além do fato de ter ser uma continuação não-oficial e de ter sido lançado quase em segredo em home vídeo, o filme ainda conta em seu desfavor o fato de não encontramos este filme, nem online, muito menos numa barraquinha de DVDs piratas (acredite, tentei achar essa merda anunciada).
Outra curiosidade é a participação de Bill Paxton (na foto ao lado, o torpetudo armado ao fundo, o segundo da sua esquerda para direita), futuro astro de filmes como Aliens: O Resgate, Twister, Titanic e Limite Vertical, que em Ruas de Fogo interpreta o figuraça Clyde, um barman, amigo dos irmãos Cordy, que passa boa parte do filme levando tromba (o cara apanha da gangue e também da mocinha Maria-Homem, McCoy). Também curiosamente, no mesmo ano, Paxton trabalhou pela primeira vez com o diretor James Cameron, como um dos punks figurantes que se ferram ao encontrar o mortal T-800 (Arnold Schwarzenegger), no clássico oitentista O Exterminador do Futuro.
Apesar de ser um produto perfeito de um época nostálgica, o fato é que Ruas de Fogo é um filmaço único, que supera as barreiras do tempo. Divertido, empolgante, envolvente, contagiante, realmente, uma pequena obra-prima, que merece ser descoberta, vista e revista, mas, que, mesmo com todos estes adjetivos a seu favor, ainda sofre com o descaso das emissoras nacionais, abertas e por assinatura, que fazem questão de deixar um filmaço deste porte fora da programação. Nota 10,0 é pouca para um filme tão criativo e até hoje insuperável. Figura entre os cinco melhores filmes vistos por este blogueiro.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Um dos trailers mais fodásticos da história do cinema.
Clipe da música Nowhere Fast.
Clipe da belíssima Tonight is What it Means to be young,
que encerra com chave de ouro este filmaço inesquecível.
Clipe da animadíssima baladinha I Can Dream About You,
"interpretada" no filme pelo fictício The Sorels...
Mais uma vez, Deep prova que uma boa atuação consegue nos fazer aturar um filme ruim.
Enquanto não aparece em mais uma bizarrice comanda por Tim Burton (Sombras da Noite estreia por aqui na segunda metade de junho), o carismático Johnny Deep está em cartaz nos cinemas brazuca na comédia Diário de um Jornalista Bêbado, que acabei de assistir online, já que o filme ainda não estreiou por aqui em Maceió. Baseado no romance escrito por Hunter S. Thompson (18/07/37 - 20/02/05), polêmico jornalista norte-americano, amigo pessoal do ator, Deep interpreta Paul Kemp, um jornalista recém-chegado a Porto Rico, nos anos 60, para trabalhar num jornal local, administrado pelo figuraça editor Lotterman (Richard Jenkings). Amante de encher a cara, Porto Rico é o paraíso perfeito para Kemp, que recebe uma proposta de um empresário local chamado Sanderson (Aaron Eckhart), para escrever uma série de artigos a seu favor, que pretende faturar alto construindo hotéis e condomínios na ilha. Kemp fica no dilema entre aceitar a proposta ou chutar o pau da barraca, denuncinado o cara, que namora justamente a lindíssima e provocante Chenault (Amber Heard, colírio para os olhos e um desperdíço por ser lésbica na vida real), mina que ele está os quatro pneus e esterpe arriado.
O problema do filme, é ficar em cima do muro, ou seja, não é a comédia divertida e engraçada como o trailer promete, muito menos um filme ágil e envolvente. Apesar de ser muito bem dirigido, o fato é que é o resultado final, ao menos para os gostos mais populares como este blogueiro, é um filme chatinho e enfadonho que só consegue passar tranquilarmente, graças a mais um show de atuação de Deep, que consegue prender a nossa atenção e até arrancar algumas tímidas risadas, tornando o personagem mais atraente e carismático que de fato é. Diário de um Jornalista Bêbado é um filme mediano, que fica apenas na promessa, e só não é uma merda total, porque Deep salva a pátria. Vale a pena conferi apenas para ver mais um show de atuação do carismático ator. Encare com moderação. Nota 3,5.
Canal fechado pouco divulgado leva vantagem por exibir, na maioria das vezes, filmes no idioma original.
Com os meus times, CSA e Flamengo, fora da final do Campeonato Alagoano e da Libertadores, respectivamente, as quartas de futebol viraram de filmes. E hoje, foi a vez de conferi dois thirlleys de suspense, estrelados cada um por ótimas atrizes e, até então, eram ineditos para este blogueiro. O primeiro foi Os Esquecidos, estrelado por Julianne Monroe, que interpreta de forma convicente, Kelly Paretta, uma mãe atormentada com a morte trágica do filho num acidente áereo. O problema é que, segundo o seu analista Dr. Munce (Gary Snise), seu esposo Jim (Anthony Edwards) e todo mundo que Kelly tentar manter, o menino, muito menos a tragédia jamais existiram e tudo não passa de fruto da sua imaginação. Poderia ser de fato um surto psicótico da moça, se ela não encontrasse Ash (Dominic West), pai de uma menina que era amiguinha do suposto filho dela, que também foi vítima na suposta tragédia. Os dois se unem e tentam descobrir a verdade, ao mesmo tempo que são perseguidos por tudo que é lado, sobretudo, por um misterioso e silencioso inimigo.
Os Esquecidos tem até uma premissa interessante e prende a atenção na primeira metade, com todo climão de mistério a la Sexto Sentido. Mas, no desenrolar dos acontecimentos, a trama vai se perdendo, e acaba caindo no ridículo de tão absurdo é o mistério desvendado. O resultado é um filme que prometia, acaba sendo decepcionante e patético, que desperdiça o talento de ótimos atores, principalmente Moore, que consegue se destacar com uma boa atuação, mesmo com o roteiro tosco. Em síntese, um filme que ficou na boa intenção, se perdendo no meio do caminho. Recebe deste blogueiro a nota 2,5 apenas pela interessante e empolgante primeira metade.
Depois do decepcionante filme esrelado por Julianne Monroe, foi a vez de ver Diane Lane, no interessante Sem Vestígios. Lane interpreta Jennifer Marsh, agente do FBI encarregada de investigar crimes virtuais, junto com seu parceiro Griffin (Colin Hanks). Acostumados a caçar hackers, os parceiros terão que encarar agora o maior desafio de suas carreiras: um misterioso psicopata que criou um site onde exibe mortes ao vivo, a medida em que é acessado. A dupla, junto com outros agentes, lutarão contra o tempo, para salvar cada vítima capturada pelo assassino. Com um enredo intrigante e envolvente, mas sem trazer nenhuma novidade ao gênero, Sem Vestígios é um thrilley muito bem realizado, que prende a atenção do começo ao fim. Lane prova mais uma vez que tem cacife para segurar o protagonismo, com uma atuação razoável. Com suspense na medida certa e ótimas atuações, Sem Vestígios é um bom filme de suspense, acima da média, que cumpre sua função, prendendo atenção do começo ao fim. Não é nenhum Silêncio dos Inocentes, como vem divulgado na capa do DVD, mas, também não fica atrás daquele filmaço inesquecível. Indicado para os fãs do gênero. Nota 7,5.
Um clássico da espantomania explodindo como dinamite.
Não somente de Charles Bronson, Chuck Norris e ninjas acrobráticos das produções made in Cannon vivia a saudosa distribuidora do Grupo Paris Filmes, da capinha com a bandeira estadunidense. Até o mestre do suspense Stephen King teve um dos filmes baseados em sua obra lançado em home vídeo pela América Vídeo. O filme em questão é A Hora do Lobisomem, que recebeu por aqui este título pegando carona no estouro de A Hora do Pesadelo e A Hora do Espanto, lançados pouco antes (Curiosamente, o SBT exibiu o filme com a tradução literal do título original Bala de Prata.).
Roteirizado pelo próprio King e produzido pelo saudoso Dino De Laurentis (08/08/19 - 11/11/10), o filme é estrelado pelo saudoso Corey Haim (23/12/71 - 10/03/10), ídolo teen dos anos 80 e por Gary Busey, numa raríssimo mocinho em sua carreira. Narrada pela irmã do personagem protagonista, a trama se passa em 1976 numa pequenina e pacata cidade norte-americana, que ver sua rotina pacífica mudar drasticamente com uma série de brutais assassinatos, que a população acredita ser cometido por um psicopata, ao contrário do garoto Marty (Haim), que acha que os crimes são cometidos por um lobisomem. E ele confirma na pele, uma bela noite de lua cheia, quando ele é atacado pela fera. Ele conta o ocorrido a sua irmã mais velha Jane (a lindinha Megan Follows) e ao tio que o idolatra (Busey) que, obviamente, não acredita nele. Mas, sua irmã acredita e começa a investigar na cidade a identidade secreta da criatura.
Anunciado na época por aqui como um clássico da espantomania, A Hora do Lobisomem deve frustrar muita gente que busca um terror sanguinolento, bem ao estilo dos seus colegas que ganharam por aqui a alcunha "A Hora" no título, que achará o filme um pouco tedioso pelo seu ritmo lento e a falta de podreira explícita. Com um roteiro bem desenvolvido, o filme tem suspense na dosagem certa e consegue prender atenção sem recorrer a efeitos especiais de primeira linha, muito menos a violência explicita, tão comum no gênero. Para temos ideia, no filme, mal conseguirmos ver o ataque da tosca criatura, que só dar as caras praticamente no clímax, causando risos ao invés de assustar. Um roteiro interessante que daria um filmaço se não fosse o nível tosco, que acabou tornando o filme um trashão. Tá aí um raríssimo exemplo de um filme que realmente merece uma refilmagem nos dias de hoje, desde que seja mantido o roteiro e capriche nos efeitos especiais de última geração. Em síntese, o filme oitentista não chega a ser tão ruim como possa aparentar, apesar de ser prejudicado pelo baixo nível de sua produção. Um clássico trash que prende a atenção e diverte. Nota6,0.