quarta-feira, 9 de maio de 2012

CLÁSSICOS DA AMÉRICA VÍDEO: A HORA DO LOBISOMEM.

Um clássico da espantomania explodindo como dinamite.

Não somente de Charles Bronson, Chuck Norris e ninjas acrobráticos das produções made in Cannon vivia a saudosa distribuidora do Grupo Paris Filmes, da capinha com a bandeira estadunidense. Até o mestre do suspense Stephen King teve um dos filmes baseados em sua obra lançado em home vídeo pela América Vídeo. O filme em questão é A Hora do Lobisomem, que recebeu por aqui este título pegando carona no estouro de A Hora do Pesadelo e A Hora do Espanto, lançados pouco antes (Curiosamente, o SBT exibiu o filme com a tradução literal do título original Bala de Prata.).

Roteirizado pelo próprio King e produzido pelo saudoso Dino De Laurentis (08/08/19 - 11/11/10), o filme é estrelado pelo saudoso Corey Haim (23/12/71 - 10/03/10), ídolo teen dos anos 80 e por Gary Busey, numa raríssimo mocinho em sua carreira. Narrada pela irmã do personagem protagonista, a trama se passa em 1976 numa pequenina e pacata cidade norte-americana, que ver sua rotina pacífica mudar drasticamente com uma série de brutais assassinatos, que a população acredita ser cometido por um psicopata, ao contrário do garoto Marty (Haim), que acha que os crimes são cometidos por um lobisomem. E ele confirma na pele, uma bela noite de lua cheia, quando ele é atacado pela fera. Ele conta o ocorrido a sua irmã mais velha Jane (a lindinha Megan Follows) e ao tio que o idolatra (Busey) que, obviamente, não acredita nele. Mas, sua irmã acredita e começa a investigar na cidade a identidade secreta da criatura.

Anunciado na época por aqui como um clássico da espantomania, A Hora do Lobisomem deve frustrar muita gente que busca um terror sanguinolento, bem ao estilo dos seus colegas que ganharam por aqui a alcunha "A Hora" no título, que achará o filme um pouco  tedioso pelo seu ritmo lento e a falta de podreira explícita. Com um roteiro bem desenvolvido, o filme tem suspense na dosagem certa e consegue prender atenção sem recorrer a efeitos especiais de primeira linha, muito menos a violência explicita, tão comum no gênero. Para temos ideia, no filme, mal conseguirmos ver o ataque da tosca criatura, que só dar as caras praticamente no clímax, causando risos ao invés de assustar. Um roteiro interessante que daria um filmaço se não fosse o nível tosco, que acabou tornando o filme um trashão. Tá aí um raríssimo exemplo de um filme que realmente merece uma refilmagem nos dias de hoje, desde que seja mantido o roteiro e capriche nos efeitos especiais de última geração. Em síntese, o filme oitentista não chega a ser tão ruim como possa aparentar, apesar de ser prejudicado pelo baixo nível de sua produção. Um clássico trash que prende a atenção e diverte. Nota 6,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Na falta de trailer, vai o filme inteiro mesmo.
Abaixo, capa do DVD original.


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