segunda-feira, 14 de maio de 2012

MAIS UM SHOW PIROTÉCNICO.

Filme baseado em clássico jogo segue direitinho a cartilha de um blockbuster.

De jogo jurássico criado na década de 30, Batalha Naval tornou-se um típico explosivo blockbuster do século XXI em Battleship - A Batalha dos Mares, que chegou aos nossos cinemas na última sexta e que acabei de conferir online (pela segunda semana consecutiva, a curiosidade falou mais alto que a vontade de conferi no escurinho do cinema). Sem perder tempo para nos dar qualquer explicação, o filme inicia com cientistas norte-americanos anunciando que descobriram um planeta idêntico a Terra, numa galáxia no feofó do universo, e enviam um sinal para tentar se comunicarem com possíveis habitantes de lá. A resposta vem de imediato, algum tempo depois (algo que o filme não diz, mas, o espectador deduz que houve uma curta passagem de tempo) com a costumeira invasão ao nosso planeta, justamente quando estão sendo realizados jogos navais. Os marinheiros deixam de lado a disputa acirrada entre eles e  partem para defender o nosso planeta e detornar com os vilões alienígenas.

Seguindo direitinho a cartilha de um blockbuster (tema recorrente do gênero, no caso a invasão do nossa planeta, a presença de um grande ator - Liam Neeson - para dar credibilidade ao projeto, efeitos especiais e sonoros caprichados, roteiro repleto de erros grosseiros e cenas mirabolantes, etc.), o filme é muito bem realizado, com o único objetivo: divertir sem exigir do espectador nenhum racíocinio. Com um ritmo frenético e a dosagem exata de ação e humor, Battleship é mais um autêntico blockbuster que não traz nenhuma novidade ao gênero. A não ser que você queira contar como novidade a estreia nas telonas da cantora pop star Rihanna , num papel de coadjuvante que lembra vagamente o personagem de Will Smith no também blockbuster descerebrado Independence Day, responsável pelo seu estouro. Evidentemente, neste caso, ressalvado as devidas proporções, já que o personagem de Rihanna não tem o mesmo brilho e carisma do Capitão Steven Hiller daquele blockbuster fodástico de Roland Emmerich.

Apesar do enredo bastante batido e a cartilha de um blockbuster ser seguida à risca, mas, com um nível técnico muito bem realizado que não precisou recorrer a modinha do formato 3D, o fato é que Battleship - A Batalha dos Mares é um filme razoável que cumpre a sua única missão de divertir, sem compromisso, sem exigir um racíocinio aprofundado do espectador e com costumeira segunda intenção de tentar abrir alas para o surgimento de uma futura franquia. Se você, assim como este blogueiro, curte o típico cinemão pipoca, 100% entretenimento, pode embarcar neste filme, sem medo nenhum de ser uma canoa furada. Nota 7,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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