sábado, 8 de julho de 2023

DO MENOR PARA O MELHOR: INDIANA JONES.

Indiscutivelmente, a franquia Indiana Jones é simplesmente uma das melhores da história da sétima arte. Um verdadeiro divisor de águas no gênero de aventura, que já no comecinho dos anos 1980 deixou sua marca na história. Sem dúvida,  o segredo do sucesso é a fórmula perfeita da soma dos talentos dos mestres George Lucas e Steven Spielberg, respectivamente, roteirista e diretor de quatro dos cinco filmes da franquia, o também mestre da composição John Williams e, claro, o astro Harrison Ford, que com seu carisma inigualável presenteou a cultura pop com um dos personagens mais icônicos de todos os tempos. Aproveitando a chegada aos cinemas do quinto e provavelmente último filme da franquia, vamos ranquear, de acordo com a nossa preferência pessoal todos os filmes. Como fazem décadas que não assisto a série O Jovem Indiana Jones, e o Disney Plus tupiniquim presta o desfavor de não disponibiliza-la, ficará de fora. Enfim, mais rápido que meter chicote nos adversários, encarar cobras e nazistas, e passear em alta velocidade por um mina como se fosse uma montanha russa, vamos ao nosso ranking.

5. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.

Se o primeiríssimo e segundo lugares da nossa lista dividem opinião, o mesmo não podemos dizer do quarto filme da franquia, que quase unanimamente é considerado o pior filme da franquia. Sinceramente, não acho Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal um filme tão ruim como um monte de gente. Tem até um bom ritmo e diverte em vários momentos. Mas, é indiscutivelmente problemático, principalmente no roteiro, nas decisões criativas que geraram sequências babacamente toscas e a escalação equivocada do antipático Shia LaBeouf, que mesmo entregando uma atuação no piloto automático, saiu cuspindo no prato que comeu, metendo o pau no filme. Mais equivocada que a escalação do mala que atualmente anda sumido, só mesmo a decisão de fazerem um novo filme após quase vinte anos do encerramento tão excepcional de uma trilogia.
Atualmente em cartaz nos cinemas, amargando uma bilheteria inferior a almejada, o novo desfecho (e aparentemente pra valer) do personagem tinha tudo para segurar a lanterninha da nossa lista. Ausência pela primeira vez dos mestres Spielberg e Lucas na direção e roteiro, respectivamente, uma Disney na sua fase lacradora adoidada, a presença da também lacradora e chatinha Phoebe Waller-Bridge, apontada pela mídia e divulgação do filme que iria assumir o chapéu e o chicote do Indy, e claro, uma Kathleen Kennedy a frente da Lucasfilm com histórico de ferrar com outras franquias da produtora. Tudo levava a crer que teríamos o primeiro e único filme realmente ruim, que inclusive muitos afirma que é. Particularmente, acredito que as repercussões negativas das exibições testes fizeram o competente diretor James Mangold, os chefões engravatados e o caralho a quatro metessem o pé no freio e realizassem algumas mudanças, entregando um filme divertido, ligeiramente acima do seu sucessor, mas como ele, repleto de problemas que o colocam infinitamente inferior aos três filmes oitentistas do personagem. Porém, ver o octogenário Harrison Ford como o seu mais icônico personagem nas telonas vale a pena, mesmo que a despedida espetacular à altura ocorreu em 1989.

Chegamos a um momento mais difícil para mim, já que os três primeiros filmes da franquia são verdadeiras obras-primas dos blockbusters, praticamente havendo um empate técnico entre eles. Como precisamos colocar em ordem de preferência, sobrou para o segundo filme abrir o nosso pódio. Após três anos do debute espetacular do icônico arqueólogo, a parceria do quarteto fodástico retorna com tudo num filmão divertidíssimo com um ritmo de ação frenético praticamente ininterrupto. Até hoje o mais sombrio da franquia, o filme foi responsável direto nos States pela criação da classificação indicativa PG-13. Curiosamente, o mestre Spielberg acha Indiana Jones e o Templo da Perdição o menos favorito que dirigiu. Caso isso seja verdade, o mestre precisa urgentemente revê-lo, junto com o Reino da Caverna de Cristal para mudar rapidinho de opinião.

Provavelmente, você pode discordar do posicionamento do terceiro filme do Indy no nosso ranking, defendendo que deveria ser o nosso primeiríssimo lugar. Afinal de contas temos uma perfeita obra-prima do entretenimento, totalmente impecável. Spielberg, Lucas e companhia eleva a franquia ao seu ápice nesse divertidíssimo filme. A cereja do bolo fica com o saudoso River Phoenix, roubando a cena como o jovem Indiana Jones e claro, o também saudoso Sean Connery e sua química perfeitíssima com Harrison Ford, que nos presenteia com o personagem tão icônico e figuraça como o protagonista. Spielberg sonhava em dirigir um filme do 007. Isso não rolou, mas pelo menos nesta obra-prima do entretenimento, ele dirigiu aquele que é considerados pela maior como o melhor interprete do agente. Seria o desfecho espetacular de uma excepcional trilogia se não tivessem inventado de produzir os dois filmes do século XXI.

Se existe um empate técnico entre os três primeiros filmes da franquia, no caso dos dois primeiros lugares da nossa lista, o empate é real, sendo minúscula a vantagem entre eles. O debute do icônico aventureiro sem sombra de dúvida é algo infinitamente acima do comum e disparado uma das melhores introduções de um icônico personagem. Rebatizado décadas depois do seu lançamento nos cinemas como Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, o primeiro filme da franquia é um verdadeiro marco divisório do gênero de aventura, com um roteiro excelentes, sequências inesquecíveis e um Harrison Ford com carisma para dar, vender e alugar, com uma química perfeita com todo elenco (em especial, com a também carismática Karen Allen), provando logo na sua primeira cena que de fato ele é o icônico Indiana Jones. Ritmo frenético do começo ao fim embalado pela excepcional trilha do mestre John Williams, Os Caçadores da Arca Perdida é uma obra-prima, um dos melhores filmes de todos os tempos, insuperável até hoje.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, eternamente agradecido pela existência da franquia Indiana Jones.

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