segunda-feira, 20 de novembro de 2017

RECORDAR É REVER: QUILOMBO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Quilombo.
Produção brasileira e francesa de 1984.

Direção: Carlos Diegues.

Elenco: Antônio Pompeo, Zezé Motta, Toni Tornado, Vera Fischer, Antônio Pitanga, Maurício do Valle, Daniel Filho, João Nogueira, Jorge Coutinho, Grande Otelo, Jofre Soares, Jonas Bloch, Milton Gonçalves, Carlos Kroeber, Thelma Reston, Chico Diaz, Camila Pitanga, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS) e online (YouTube).

Cotação

Nota: 7,5.

Sinopse: Baseado em fatos. No Brasil colonial, na Serra da Barriga foi formado o Quilombo dos Palmares, maior polo da resistência contra a escravidão, para onde iriam se refugiar escravos fugitivos e demais simpatizantes da causa, sob à liderança de Ganga Zumba (Tornado) e, posteriormente, do seu afilhado, Zumbi (Pompeo), que teve a duríssima missão de liderar o povo contra o maior exército da época formado para dizimar Palmares, liderado por Domingos Jorge Velho (Valle). 

Comentários: Hoje, dia da consciência negra, é vergonhoso que ainda em nosso país ainda haja o vergonhoso, desumano e irracional racismo. Uma boa oportunidade para revermos a nossa história, seja com a leitura de bons livros ou assistindo filmes que falem sobre as diversas batalhas que os negros encararam. Caso deste épico nacional, indicado à Palma de Ouro em Cannes dirigido pelo alagoano Cacá Diegues (que vinte anos antes tinha realizado Ganga Zumba), que tem um roteiro satisfatório que derrapa apenas com tom teatral que assume na maioria das cenas, principalmente, nos diálogos mais impactantes. Mas, é eficiente em contar a história, buscando o máximo ser fiel aos fatos.

O elenco estrelar formado por excelentes atores (numa época como a nossa em que Hollywood discute sobre falta de bons papéis e protagonismo do negro nos filmes, é gratificante ver uma produção oitentista do nosso cinema trazer atores negros como protagonistas), juntamente com a excelente parte técnica, que faz uma reconstituição de época perfeita (pena que, por questão de economia, optaram em não filmar no própria Serra da Barriga, que fica na cidade alagoana de União dos Palmares), são os grandes atrativos deste épico nacional eficiente que vale a pena ser descoberto, visto e revisto.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário