sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

TOP 10: SE NÃO FOSSE O ORIGINAL...

Que na maioria das vezes continuações, remake e reboot são inferiores aos filmes e franquias originais isso não é novidade para ninguém. Praticamente é uma regra, onde pouquíssimos conseguem ser exceção. Mas, há casos, no mínimo curiosos, onde continuações, remake e reboot surpreendem, são ótimos, mas, como não escapam das inevitáveis comparações com seus respectivos originais, acabam levando uma surra espetaculares, inclusive, alguns vão parar na lista dos piores filmes de todos os tempos. Aproveitando o lançamento do último filme da trilogia O Hobbit e a exibição, algumas semanas atrás na TV aberta de Velocidade Máxima 2, que inclusive, me deu ideia desta postagem, listo aqui filmes e franquias que, na minha opinião, são fodas, mas, que deram azar de serem derivados de originais ainda mais fodásticos, o que acabaram sendo humilhados. O critério utilizado aqui é o da intensidade da surra que levam dos originais. Antes que seja lançado uma nova continuação, remake ou reboot de um filme ou franquia fodásticos, vamos a nossa lista.


10. Rocky II - A Revanche, Rocky III - O Desafio Supremo, Rocky IV e Rocky Balboa / Rambo II - A Missão. 

Iniciamos a lista com um empate entre as duas franquias fodásticas e inesquecíveis estreladas por Sylvester Stallone. É bem verdade que ambas estão nas melhores da história da sétima arte, com filmaços que mantêm a altíssima qualidade. O problema é que tanto Rocky, Um Lutador como Rambo: Programado para Matar são filmaços tão fodásticos, verdadeiros clássicos da sétima arte, que acabam sendo insuperáveis. Não chega a ser uma surra, no máximo um arranhãozinho de leve em comparação aos seus filmaços originais.


9. Loucademia de Polícia 3 - De Volta ao Treinamento e Loucademia de Polícia 4 - O Cidadão se Defende.

Aqui evoluí um pouquinho para um tapinha que não dói. Quando Loucademia de Polícia foi lançado em 1984, iniciava-se uma divertida franquia que, obrigatoriamente, todos os anos, marcava presença nas telonas. Entre altos e baixos, destaque para os inesquecíveis terceiro e quarto filme. Ambos engraçadíssimos, hilários, divertidos ao extremo, que só deram o azar de serem continuações de um filmaço superior que tinha um humor consideravelmente bem mais adulto que as demais continuações com um humor mais leve, beirando a infantilidade.


8. O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final

O tapinha que não dói aqui evoluiu para no máximo um cascudinho de leve. Provavelmente, um das minhas escolhas mais polêmica desta lista, afinal de contas, a primeira continuação do clássico da sétima arte é um filmaço cultuado, com um legião de fãs, um puta clássico da sétima arte, onde praticamente o mestre James Cameron incia a revolução tecnológica dos efeitos especiais fodásticos, cujo o ápice, até agora, foi em Avatar. Mas, com toda sinceridade, sem querer polemizar, mas, já polemizando, o fato é que o filme original, mesmo com o orçamento merreca e efeitos consideravelmente mais artesanais, é um filmaço fodástico com "F" maiúsculo, um clássico da sétima arte Tá bom! Eu sei que O Exterminador do Futuro 2 também é tudo isso. Mas, o primeiro continua sendo insuperável. Um cascudinho de leve não faz mal a ninguém. Relaxe!


7.  Trilogia O Hobbit

No começo do nosso século, o mestre Peter Jackson pegou uma batata quente nas mãos. Transformar o cultuado best seller O Senhor dos Anéis numa trilogia fodástica, tendo que queimar muitos, mas, muitos mesmo, neurônios para resumir a obra clássica em três filmes, totalizando mais de nove horas de duração. Vai ver que se a modinha iniciada por Harry Potter dos últimos filmes serem divididos em duas partes, e Jackson fizesse isso com cada um dos filmes da inesquecível trilogia, teríamos toda saga do livro adaptada e uma duração infinitamente maior. Ao contrário da nova trilogia, onde Jackson esticou exageradamente um material que renderia no máximo um filme de duas horas de duração. Mesmo assim, é inegável que a trilogia O Hobbit é ótima, mas, também que a trilogia O Senhor dos Anéis é consideravelmente superior. O cascudo aqui evolui um pouco mais, para um chute no saco, mas, acredito que sem polêmica, pois, até agora, não vi ninguém falando, seja da crítica ou do público, que a nova trilogia do universo da Terra Média é superior.


6.  Um Tira da Pesada 2 e Um Tira da Pesada 3

Com o perdão do tosco trocadilho, mas, o fato é que na nossa lista a surra começa a ficar da pesada a partir daqui. Eddie Murphy é um talentosíssimo astro com uma filmografia bem acima da média, mas, alternando filmes bons com outros péssimos. As duas continuações de Um Tira da Pesada não se encaixam de forma alguma nestes últimos. São filmes divertidos, empolgantes, inegáveis bons filmes de Murphy. O problema é que o original simplesmente é insuperável, um filmaço fodástico, a ponto das continuações serem consideradas duas merdas, levando uma surra pesadíssima que os colocam em estado vegetativo e na nossa lista.


5. Soldado Universal: O Retorno

Alguém pode se perguntar: "que porra esse filme está fazendo aqui?". Afinal, a lista não é dos filmes bons que, em comparação aos seus respectivos originais, levam uma surra. Mas, sejamos sensatos: pegue toda filmografia de Jean-Claude Van Damme, e você constatará que Soldado Universal: O Retorno, uma das últimas super-produções estreladas por ele, não é ruim. Muito pelo contrário. Mesmo sendo feito na fase negra do baixinho belga mergulhado nas malditas das drogas, responsáveis por sua decadência e sua aparência precoce e absurdamente envelhecida, o filme é divertido, empolgante, com muita ação. Chega até figurar entre os quinze melhores trabalhos do eterno dragão branco. O grande problema é que deu um azar do caralho de ser continuação justamente de um filmaço original, simplesmente não somente um dos melhores dele e do também brucutu mas grandalhão Dolph Lundgren, mas, também do gênero de ação. A surra homérica foi inevitável, mas, pelo menos aqui, não só apanhou, mas, bateu, já que dar uma pisa, humilha. trucida e faz picadinho nas demais continuações, duas delas, inclusive, contando com o baixinho belga e o grandalhão sueco. ambas estando entre piores filmes da filmografia dos dois brucutus.


4. A Joia do Nilo O Predador 2: A Caçada Continua e Predadores.

E as surras homéricas em relação ao original continuam e ainda mais pesadas, desta vez com mais um empate, até porque, apanhar juntos é menos humilhante. Encontro muitas críticas negativas sobre A Joia do Nilo a ponto de acharmos que se trata de um dos piores filmes produzidos na história da sétima arte. O pior que não, já que é uma divertida aventura a la Indiana Jones, empolgante, superior a milhares que foram e são produzidas. Só que para o azar do filme, o mesmo é uma continuação de Tudo por uma Esmeralda, que realizou um feito histórico na época de ser o único da centena de milhares de filmes de aventura que pegavam carona desesperadamente no sucesso de Os Caçadores da Arca Perdida, a ser tão bom quanto este. Fazendo as inevitáveis comparações, chegamos a conclusão que A Joia do Nilo é uma merda, um dos piores filmes da história do cinema. Mas, se o isolarmos, tentando esquecer que se trata de uma continuação, veremos que trata de um raríssimo caso de filme bom que deu azar de ser uma continuação de um filmaço tão excepcional.

Danny Glover e Adrien Brody são excelentes atores que convencem em qualquer papel que interpretam, até mesmo como heróis durões de ação que substituem à altura ninguém menos que Arnold Schwarzenegger. O problema é que os dois deram a grande zica, que nem seus respectivos personagens tiveram encarando um alien caçador em atuarem em continuações de um clássico oitentista fodástico com F maiúsculo, insuperável até hoje, que simplesmente é um dos melhores e mais criativos filmes de ação de todos os tempos. Não podia dar outro resultado: pisa em dose dupla e parada obrigatória no nosso Top 10.


3.  Velocidade Máxima 2

Filme que me inspirou a fazer esta lista. Algumas semanas atrás, enquanto estava na esteira na academia e vendo o filme sendo exibido retalhado na Sessão da Tarde, confirmei a minha opinião que Velocidade Máxima 2 não é um filme ruim. Tem ação na medida certa, enredo interessante, sequências empolgantes, efeitos bacaninhas, Willem Dafoe fazendo mais um vilão caricato e porra-louca, e Sandra Bullock no auge de sua beleza. É bem verdade que tem o insosso Jason Patrick e o exibido metido a bosta, made in Brasil, Carlinhos Brown fazendo suas costumeiras papagaiadas. Mas, até isso é perdoável e superado, se não fosse o fato de ser continuação do fodástico Velocidade Máxima, um filmaço que mesmo com apenas vinte aninhos completados este ano já é um clássico dos filmes de ação, com direito e méritos de está na lista dos melhores filmes do gênero de todos os tempos. O resultado não poderia ser outro. Com as inevitáveis comparações, a continuação é malhadíssima tanto pela crítica e pelo público, figura na lista das piores continuações de todos os tempos, naufragou nas bilheterias, é humilhada, trucidada, espancada até a morte e feita em picadinho pelo original, garantindo o bronze na nossa lista.


2. Star Wars: Episódios I, II e III.

Em 1977, o mestre George Lucas não apenas revolucionou a sétima arte com efeitos especiais fodásticos e avançadíssimos para a época, criando a tendência dos blockbusters, mas, principalmente, criou uma mitologia cultuadíssima por milhares de pessoas no mundo todo. Quando no final do século passado, o mestre anunciou uma nova trilogia, a empolgação foi geral. Mas, a expectativa deu lugar a frustração e até a revolta quando o primeiro episódio chegou aos cinemas. De cara, Lucas pisa feio na bola, com o mala sem alça do Jar Jar Binks, um dos personagens mais malhados e odiados da história do cinema e, de quebra, ainda mata de primeira Dath Maul e Qui-Gon Jinn, simplesmente, os personagens mais interessantes da nova franquia. No segundo filme, mais pisada de bola, com o destaque exagerado ao meloso romance de Anakin e Padmé, que faz Edward e Bella saga Crepúsculo apanharem feio neste quesito tosco. Já no terceiro, a desgraça já estava feita, com o filme mais obscuro da série, com direito a matar um monte de criancinhas Jedis. Mas, mesmo com todos essas merdas do mestre, a quase ex-nova trilogia é ótima, com três bons filmes, eletrizantes, envolventes, efeitos de encher os olhos. Só que, em comparação a trilogia original, é decepcionante, sendo humilhada, trucidada, espancada até ficar em coma, onde é submetida repetidas vezes aos meus atos violentos. Agora, sem Lucas na parada, uma nova trilogia ressurge, com uma grande questão: será que irá fazer o mesmo que a original fez a trilogia do começo do século a ponto dela subir no nosso pódio, ou pelo menos a vítima depois de tanta porrada, vai reagir e ser tornará agressor? Veremos a partir do próximo ano. Por hora, a prata já está garantida.


1. Comando Delta 2 - Conexão Colômbia

Que Chuck Norris é o maior fenômeno pop da grande rede isso não é novidade para ninguém. Até quem nunca viu um filme do brucutu fodão sabe muito bem disso. A imagem quase mitológica de durão do ícone se deu por causa dos seus papéis em filmes de ação B, onde deu vida aos clássicos personagens exército de um homem como em Comando Delta 2, que junto com Invasão U.S.A., tem as imagens de Norris mais compartilhadas na grande rede e usadas nas hilárias brincadeiras das verdades sobre Chuck Norris. No conteúdo. o cara também está fodão solitário. Tanto que o comando de elite que dar título ao filme quase não existe, limitando-se apenas a servir de saco de pancada no treinamento do fodão. Além de consolidar a imagem de imortal durão fodão indestrutível de Norris, o filme figura entre os melhores estrelados por Norris que de tão bom, a gente até perdoa a horrível sequência de abertura feita que se passa em qualquer lugar, na casa do caralho, menos no nosso Rio de Janeiro. Porém, em comparação ao original, leva uma surra pesadíssima e inigualável, de infinitas proporções, a ponto de não passar  perto de nenhuma que algum vilão da filmografia de Norris tenha levado. Uma impressionante e grandiosa super-mega-ultra zica de ser continuação de simplesmente do melhor filme de Norris, e que também está entre os melhores do gênero de ação de todos os tempos. Indiscutivelmente, leva merecidamente o ouro na nossa lista tão peculiar.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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