quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA 2014: O PIOR DO CINEMA EM 2014.

Como disse na postagem abaixo, 2014 não foi um dos melhores anos para a sétima arte. Apesar que pintaram muitos filmes com nota entre 8,0 e 8,5, nenhum dos melhores chegaram a nota máxima. Mas, obviamente, gosto não se discute, e você tem toda liberdade de discordar comigo e elaborar sua própria lista. Nesta última postagem do ano vamos listar o que teve de pior na sétima arte. Volto a dizer: a lista aqui é de um cinéfilo com preferências bem populares, nada de refinada, de um blogueiro que prefere, por exemplo, a porradaria de Stallone e outros brucutus aos bajuladíssimos filmes do Godard. Se quiser opinião da crítica especializada ou de um cinéfilo mais intelectualizado do que este que vos escreve, sugiro educadamente que procure outro blog, apesar que sua visita sempre é bem-vinda. Enfim, vamos ao que interessa, afinal, tenho o intuito de aproveitar as últimas horas de um ano que, particularmente, já vai tarde, vamos logo a nossa lista dos filmes que, na minha humilde opinião, foram os piores de 2014.

PIOR TRAILER.


Começamos com a categoria que estamos inaugurando este ano. Na minha humilde opinião, uma das desgraças que os distribuidores nacionais fizeram aos trailers foi justamente dublá-los. Puta que pariu! Já não basta essa tendência ridícula de dublar os filmes, agora, inventam de dublar também os trailers. E o pior é que a maioria das salas exibem esses lixos infinitas vezes, o que acaba tornando um tiro pela culatra para aqueles que, como este blogueiro, odeiam de corpo, alma e coração filmes dublados que acabam perdendo o interesse em assistir o filme. Particularmente, os trailers de X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, que por si só é chatinho pra caralho, Interestrellar e Debi & Lóide 2 foram os piores na versão dublada. Mas, como estamos avaliando aqui o trailer em si, e não as merdas que são feitas com ele, então, o título de pior trailer, indiscutivelmente, vai para Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel. Chatíssimo, irritante, reunindo os momentos mais sem graça do filme, é um clássico exemplo de um trailer péssimo, que só espanta ao invés de atrair interesse. Tudo bem que o filme não é lá grande coisa, mas, esse trailer tosco e ridículo consegue o feito inimaginável de ser infinitamente pior que o filme. Ninguém merece uma merda dessa! Nem mesmo Hassum e Melhem.

ASTROS QUE MAIS DECEPCIONARAM.


Como no ano passado, que um ator que eu curto (no caso, o saudoso José Wilker) acabou vindo parar neste título nada honroso, desta vez a decepção é em dose dupla. Wagner Moura é um excelente ator. Mas, esse ano, fez duas escolhas péssimas. Afinal, quem gostaria de ver o ícone Capitão/Coronel Nascimento sendo enrabado e soltando a franga com um gringo ou dando uma banana para o Cristo Redentor? Praia do Futuro e Rio, Eu Te Amo, respectivamente, trazem essas sequências grotescas e colocaram Moura como um dos astros que mais decepcionou. Mais cuidado com suas escolhas, cara! Você já é um dos ícones do nosso cinema. Não precisa fazer essas merdas.


Outro que decepcionou foi Sylvester Stallone. Não pelas suas escolhas como ator, já que esteve a frente dos divertidos O Ajuste de Contas e Os Mercenários 3. O problema foi a merda que o eterno Rambo fez com este último como roteirista, afastando tudo que a franquia tinha de bom, convocando um monte de ilustres desconhecidos de rostinhos bonitinhos para agradar a pirralhada e ainda por cima centralizou boa parte do filme em si. O filme não chega a ser uma merda total, muito pelo contrário, é muito divertido. Mas, depois de dois filmes tão fodásticos esperávamos que, pelo menos, o mesmo alto nível fosse mantido. 


Ao contrário de Moura e Stallone, não gosto de Russell Crowe. Criei uma implicância com ele desde daquela época que ele deu uns pegas na sumidona Meg Ryan, gaiando o coitado do Dennis Quaid. Por outro lado, não tenho prazer em mencioná-lo com o astro que mais decepcionou esse ano. Mas, não tenho culpa se ele fez duas escolhas horríveis: atuar na merda melosa Um Conto do Destino e na arca furada Noé. Assim como seus colegas de empate, merecidamente veio parar na nossa lista.

MAIS FODIDOS.


Nicolas Cage em um filme de ação já virou rotina. E suas escolhas por péssimos projetos já virou até piada nos sites sobre cinema. Mas, esse ano ele se superou ao estrelar Fúria. Com uma considerável divulgação pelos distribuidores nacionais, e o poster com Cage todo posudo, o filme até que prometia, mas, o resultado final é pior do que imaginado: Fúria é uma merda tão fedida que até um fã de filmes de ação classe C, como este blogueiro, não suportou um filme tão bosta.

 

Outro que não vem tendo sorte com as escolhas que faz é Jet Li. Além de ser um quase mero figurante 1000% avulso em Os Mercenários 3, o cara foi colocado de escanteio também em um filme na sua terra natal. Dupla em Fúria, que chegou por aqui diretamente em home vídeo, é tão ruim que já foi exibido na Globo. Golpe mortal na filmografia do ícone marcial, que sinaliza para uma aposentadoria precoce. 

MENÇÃO HORROROSA.


O falecido estilista Yves Saint-Laurent ganhou esse ano duas cinebiografias. Não assistir a primeira, mas, o fato é que a segunda, Saint-Laurent agradou a crítica. A crítica e alguns cinéfilos de gosto mais cult. Pois particularmente, detestei o filme que tem um roteiro fraquinho, que mais queima o cinebiografado do que enaltece e ainda apela para putaria quase explícita. Nem a corajosa atuação de Gaspard Ulliel salva o filme de ser uma merda total. Tanto que ele volta daqui a pouquinho na nossa lista, assim como seu colega de empate, o brasileiro Praia do Futuro outra merda que agradou a crítica, e que traz uma também corajosa e ousada atuação do nosso Wagner Moura. 

PIOR EM 3-D.


Se no ano passado não tivemos nenhum filme nesta categoria, esse ano tem um representante de peso. Polêmicas religiosas à parte, o fato é que Noé é um filminho péssimo de proporções bíblicas que desperdiça milhões de doletas. Nem um elenco estrelar e um diretor responsa, livraram o filme de um dilúvio de merecidas críticas. Na tentativa de inovar não somente no horrível roteiro, como também no 3D o resultado é frustrante, uma verdadeira barca furada que merecidamente veio parar aqui.

CAGADA DO ANO


Pelo segundo ano consecutivo temos um empate no quesito de quem prestou o maior desfavor a sétima arte. Como no ano passado, a Rede Globo, por exibir filmes recentes que ainda estão em cartaz em alguma sala pelo país, e as distribuidoras de filmes, pelo número absurdamente exagerados de filmes ofertados na versão dublada. Poxa, até filme de terror os caras estão dublando. Vergonhoso! 


A nível local quem prestou um desfavor a sétima arte foi a rede Kinoplex. Diz a lei do capitalismo se surge um concorrente ofertando um serviço superior, a tendência é melhora para concorrer de igual para igual. Não é o que está acontecendo com o Kinoplex Maceíó que, com a chegada do Cinesystem, só piorou ainda mais o serviço prestado a nós alagoanos e a quem nos visita. Demora no atendimento na bomboniere, filas quilométricas em feriadões e privilégio exagerado aos filmes apenas na versão dublada, rebaixaram a até pouco tempo melhor rede de cinemas de Maceió quase ao baixo nível do Centerplex e Lumière, que, aliás, esse ano nem passei perto, por só exibirem filmes dublados. Já passou da hora da gerência do Kinoplex Maceió acordar que a concorrência está dando uma pisa. 

OS PIORES FILMES DO ANO.



E começamos nossa lista com um empate (prepare-se que outros virão) entre dois filmes feitos para agradar principalmente a um dos gêneros. Mas, o resultado não poderia ser mais desastroso. Nem a comédia masculina totalmente sem graça Namoro ou Liberdade agradou, muito menos mais um filminho meloso baseado num obra de Nicholas Sparks, que viu outros escritores se darem bem melhor que ele nas bilheterias.


 

Duas super-produções hollywoodianas caprichadas, com elenco fodástico, que tinha tudo para ser dois filmaços, mas, que não vingaram. Enquanto que Era Uma Vez em Nova York cai no dramalhão e no tédio, o thrilley O Homem Mais Procurado até que tenta engatar a marcha, mas, não sai do ponto morto. Resultado:mais um empate entre as merdas do ano.



Temos agora uma empate triplo à brasileira, que tem um lado positivo, mostrar que nosso cinema inovou de gêneros, não ficando apenas nas comédias sem graças. Adaptação para nova geração do seriado televisivo homônimo, Confissões de Adolescentes consegue ser tão ruim quanto qualquer episódio de Malhação. Já a nova modinha do nosso cinema, as cinebiografias, também derrapou feio com Não Pare na Pista, provavelmente pelo fato do cinebiografado ser um mala sem alça bajuladísismo pela mídia mundial. Já Apneia, foge as ambas modinhas, ensaia uma certa criatividade e inovação, mas, acaba caindo no tédio e na merda. Enfim, três merdas que só sujam o nosso cinema.



Colin Farrell precisa urgentemente rever suas escolhas, quem sabe até demitindo seu agente ou apelando para uma aposentadoria precoce. Afinal, ultimamente o cara não acerta uma, e Um Conto do Destino é o seu verdadeiro fundo do poço. Um filminho meloso que não se define em nenhum momento, chato pra caralho e além de tudo entediante até dizer basta. Pelo menos aqui não está na merda sozinho, já que arrasta com ele Russell Crowe e Will Smith.



Já diz a sabedoria popular que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Com certeza, os produtores brasileiros ignoraram isso, e investiram na fórmula adaptação de peça teatral de enorme sucesso como fizeram com Minha Mãe é uma Peça. Só esqueceram de um pequeno detalhe. A gostosinha, mas, sem graça Mônica Martelli tem muito que aprender com o porra louca do Paulo Gustavo,seu colega de elenco nessa merda. O público até que caiu e lotou o cinema (por isso que a modinha das comédias brasileiras bobocas e sem graça, nem tão cedo vai acabar). Mas, o fato é que o filme é uma merda sem graça, que só envergonha o nosso cinema. 



John Turturro é um cara talentosíssimo e merece todo respeito. Sem falar que o cara tem moral e ainda conseguiu o feito que muito diretor veterano gostaria e não consegue de trazer para o seu filme o mala, mas, queridinho e bajuladíssimo Woody Allen. O problema: esqueceu de caprichar no roteiro. O resultado é esse filminho medíocre, totalmente inferior ao seu talento, que comete o maior pecado mortal de uma comédia: ser totalmente sem graça. Mais sorte na próxima investida. Você merece, cara! 



Elenco fodástico, belíssimas locações, diretores responsas num filme que seria uma declaração de amor ao Rio de Janeiro. Mas, quem precisa de inimigo quando se tem péssimos roteiristas para estragar tudo. Foi o que aconteceu com Rio, Eu Te Amo, que dos dez episódios retratados, apenas um e meio, justamente o primeiro e o último, respectivamente, são interessantes. Um desperdiço total de todos os envolvidos.

3. Fúria


O que dizer de um filme de ação ruim para caralho, com um péssimo roteiro, que não consegue agradar nem mesmo um cara que não é muito exigente a ponto de ser fã de filmes de ação classe C? Merecido bronze que só não é ouro, porque deu viado na cabeça nos piores filmes de 2014.



Antes que venham me xingar de homofóbico, sugiro que assistam os filmes aqui listados e também Tatuagem, o pior filme do ano passado e de todos os tempos que para o meu espanto, a crítica amou. Todos os quatro, sem exceção, são péssimos e chegam até ser ofensivos aos homossexuais. Além de Tatuagem, o único que tratou o tema mais sério, talvez Saint Laurent seja o que ofenda um pouquinho menos a comunidade gay, afinal, queima mais a imagem do finado cinebiografado do que dos homossexuais de uma forma geral, apesar destes serem mostrados no filme com promíscuos e drogados. Se fosse só por isso, talvez até não estivesse aqui. Mas, não para por aqui. O filme tem um péssimo roteiro, é bastante entediante e apelativo desnecessariamente. Enfim, uma merda total que, merecidamente, fica com a prata dos piores filmes de 2014.



O que seria uma simples tarde de sessões de cinema, acabou sendo uma tortura. Afinal, assistir no mesmo dia os filmes que empatam como os piores filmes do ano tem ser muito macho (ops! desculpa o comentário que fará você acreditar que eu sou homofóbico, mas não me contive). Dois filmes, ambos nacionais, um drama e uma comédia, que deveriam tratar a temática homossexual. O problema é que ambos erram feio e escorregam no quiabo (Ops! Foi mal de novo! Não me contive. Não me processe por isso). Praia do Futuro chega até prometer, um drama que trata da temática, só que o roteiro não ajuda e ainda por cima apela ao colocar o grande Wagner Moura nas cenas mais constrangedoras de sua vida.


Do Lado de Fora, além do péssimo roteiro, ainda apela para os clichês e para as caricaturas ridículas e patéticas do mundo gay, com um dos personagens mais irritantes que apareceu em toda história do cinema nacional. Sem falar que é uma comédia tão sem graça e um dramalhão patético que chega a ser irritante. Uma pena que mais duas merdas, garantam pelo segundo ano, o nosso cinema no pódio dos piores filmes do ano.

ÔNUS TRACK.


Da mesma forma que nenhum dos melhores do ano obtiveram nota máxima, nenhum dos piores do ano obtiveram nota zero, sendo salvos por grandes e ousadas atuações de seu elenco. O único zero redondinho foi para Senhor do Crime filme estrelado por Steven Seagal e outros rostos conhecidos do 15º escalão hollywoodiano. Como essa merda (mais uma para a filmografia do chupeta de baleia canastrão) foi lançada diretamente em home vídeo, ficou de fora da lista dos piores do ano. Mas, um filme tão ruim que conseguiu ser o único lançamento deste ano a ganhar um zero bem redondinho não poderia ficar de fora. Portanto, tem a desonra de inaugurar o nosso ônus track.

Pois é galera, já dizia o grande Capitão Nascimento, "missão dada, missão cumprida". E encerramos mais um ano do nosso blog. Esperamos conta com sua visita, participação e divulgação no próximo ano. Desejo a você e toda sua família meus sinceros votos de um feliz e abençoado ano novo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


2 comentários:

  1. Rick, primeiramente desejo um ótimo 2015 a você e sua família. Falando sobre o Post, concordo em tudo, fúria é um filme interessante que se tornou um lixo pelo final ridículo e mais uma vez o Stallone ficou com ciúmes do Jet Li, porque deixar para o Jet Li uma pontinha no fim do filme e ainda não desferir nenhum golpe em ninguém foi foda. O Antônio Bandeiras foi legal e valeu o filme.

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  2. Muito obrigado! O mesmo para você e toda sua família!

    Concordo com você em gênero, número e grau, só acrescentando que Wesley Snipes, Mel Gibson e Harrison Ford também não fizeram feio. O problema toda foi o egocentrismo de Stallone que centralizou o filme todo nele, encheu com um monte de moleques inexpressivos (salva-se a Rhonda Rousey, que além de linda e gostosa, luta pra caramba) e o pior, afastou os veteranos, justamente a essência que tornava a franquia divertida.

    Muito obrigado por sua participação! Que venha os filmes da safra 2015 e com eles mais participação sua no nosso humilde blog!

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