quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MUITOS ELOGIOS POR QUASE NADA.

Filmes.
Muitos elogios por quase nada.

Quem nunca ouviu vários elogios sobre algo e quando se deparou, se decepcionou e teve a certeza  que foi feito muitos elogios por quase nada? E quando se tratar de uma produção cinematográfica que consegue a rara proeza de agradar  ao mesmo tempo crítica e público? Como cinéfilo, hora ou outra me deparo com esta situação, que me deixa como um peixe fora d'água, como se meu bom senso e preferências não fossem normais. Cito como exemplo, duas produções totalmente inversas: a primeira, francesa, um tentativa de um ídolo de outrora, hoje decadente, tentar se reinventar, tirando onda de sua própria decadência, e outra, uma super-produção norte-americana, baseada em excelente série em quadrinhos, que estourou nas bilheterias. Ambas, agradaram a todos, crítica e público, a ponto de serem cultuadas, mas a este blogueiro decepcionaram, já que, antes mesmo dos tantos elogios, eram produções ansiosamente aguardadas, logo prometiam muito mais.

A primeira é JCVD, um misto de comédia, drama, ação, sei lá o quê, estrelada por Jean Claude Van Damme, interpretando a si mesmo. No filme, o astro está vivendo uma maré de azar. E tudo só piora quando inventa de tentar tirar dinheiro num correio, na hora e momento que ocorre um assalto. O baixinho belga, astro de filmes de ação,  acaba sendo confundido com o assaltante. Refém, Van Damme tenta resolver o impasse entre os toscos assaltantes e a polícia e, sem ter muito o que fazer no cativeiro, além de satisfazer a curiosidade de um dos assaltantes seu fã, resolve fazer uma reflexão sobre sua vida e sua carreira, com direito a fazer um tosco monólogo para nós, onde desabafa um pouco sobre sua tragicômica carreira.
A  produção tem até seus momentos divertidos, como na divertida cena de abertura e nas hilárias citações a Steven Seagal e ao diretor John Woo. Mas, no geral, o filme é chato e enfadonho, que pouco empolga e se junta a longa lista dos filmes descartáveis estrelados pelo baixinho belga.Tudo bem que o filme não é uma merda total, e não figura no topo do pior dos piores de Van Damme. Mas, por ser um filme que empolgou tanto os fãs do baixinho e até mesmo a crítica, particularmente, esperava muito mais do que uma tosca produção francesa, sem graça e sem emoção.



Se alguns se incomodaram com minha opinião sobre o filme autoral do Van Damme, agora corro o risco de ser malhado em praça pública, até mesmo mais do que boneco de Judas em Sábado Santo. Mas como vivemos numa democracia e uma das minhas qualidades, que ao mesmo tempo é um dos meus defeitos, é minha sinceridade,  vou ser franco. Tenho que dizer que apesar de todos os seus inquestionáveis méritos, me decepcionei, e muito, com a super produção Watchmen - O Filme, dirigida pelo talentoso Zack Snyder, que nos presenteou com o ótimo 300 e mais recentemente com o genial Sucker Punch - Mundo Surreal, que para mim, até agora, é o melhor filme do ano, e também do diretor. 



Baseado numa excepcional série em quadrinhos adulto que eu li na adolescência, o filme se passa numa época imaginária onde, em 1985, o mundo vive o clima da Guerra Fria, o presidente dos Estados Unidos é Richard Nixon, e vigora uma lei onde os mascarados vigilantes (leia-se os super-heróis) são proibidos de atuar. Quando O Comediante, um desses mascarados, é brutamente assassinado, Rorschach (o mais interessante personagem do filme), um dos seus antigos companheiros,  levanta a hipótese que o mesmo ocorra com os demais membros do grupo.

Não nego que o filme tem todo climão dos quadrinhos, um visual excepcional, ótimos efeitos especiais, interpretações de primeira e direção genial. O problema, ao menos para mim, é que Watchmen - O Filme é muito paradão, com muito "blá, blá, blá" e pouca ação. O tão comentado. mas para mim chatíssimo, Dr. Manhattan, apesar de muito bem recriado, graças a atual tecnologia, é o personagem que consegue sintatizar muito bem todo tédio e chatice do filme. E se tiver o desprazer que eu tive de assisti-lo dublado, a fustração será ainda maior. Sinceramente, volto a dizer: esperava muito mais deste filme, que agradou tanto a crítica e aos fãs, do que um longo, chatíssimo e entediante filme.



Muitos gostaram de JCVD e dez  mil a mais amaram Watchmen - O Filme. Mas, mas para este cinéfilo, ambos foram grandes decepções. Não são duas merdas, muito pelo contrário, já que os dois são bons filmes, que divertem e empolgam em alguns momentos. Porém, ao menos para mim, deixaram muito a desejar. Podem achar que eu sou louco, que eu não tenho bom senso e até mesmo que sou uma bosta como cinéfilo. Mas, em minha defesa, recorro ao ditado popular: Gosto não se discute, né galera? Não me queiram mal, por ter me fustrado com estas duas produções, que apesar de serem totalmente opostas, são tão cultuadas.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

OS PRIMEIROS EPISÓDIOS SEM CHARLIE HARPER.

Seriados e programas de TV.
Os primeiros episódios sem Charlie Harper.

Nada como a comodidade de internet para matar uma ansiedade. No meu caso, minha ansiedade iria durar até o dia 09 de novembro, se não tivesse acabado de assistir pela rede mundial aos primeiros episódios da nova temporada da divertídissima série Dois Homens e Meio. Uma temporada diferente das oito anteriores, já que será a primeira sem Charlie Sheen, demitido após fazer um monte de merdas, que nem mesmo o seu xará Harper faria.

O primeiro episódio é o mais engraçado. Inicia com o funeral de Charlie Harper. Os quinze primeiros minutos são impagáveis, já que gira em torno dele, mesmo que não esteja em cena fisicamente. A entrada em cena do novo protagonista Ashton Kutcher é hilária, graças a Jon Cryer, o melhor ator da série, que interpreta Alan Harper. Mas, depois disso, o episódio perde um pouco a graça, com direito a apelação de colocar Kutcher peladão. Algo desnecessário, que por pouco não tirou o brilho da sua estreia.

O personagem de Kutcher é um bilionário que acabou de se separar da mulher, que tenta se matar de forma tosca e acaba conhecendo Alan, ao qual se tornará amigo e comprará a mansão que pertencia ao seu irmão. Ao contrário do safadão e cinico Charlie Harper, Walder Schmidt é abobolhado, melodramático, uma mistura de Alan e seu filho Jake (o também hilário Angus T. Jones). Alan tentará ser um espécie de conselheiro do bobalhão, ou seja, um cego guiando outro cego.

No segundo episódio, Alan se muda para casa da sua tosca e figuraça mãe, mas será procurado pelo novo amigo, que o leva numa louca  tentativa de volta com a sua amada Brigdet. Desta vez, Charlie é mencionado uma única vez, sendo a trama toda centrada na nova dupla do seriado. Não chega a ser tão engraçado como o episódio de estreia, mas também tem seus momentos hilários.

Nos dois episódios quem brilha é Jon Cryer, que simplesmente dar um show e promove as melhores piadas, algo que, aliás, ele já vinha fazendo há oito anos. Já Kutcher, até que se esforça, mas ainda vai ter que ralar muito e rezar bastante para que seu personagem pegue, algo que nestes dois episódios deu sinal que será muito difícil. Uma falha gravíssima destes episódios de estreia foi a pouquíssima aparição de outros personagens tradicionais da série, principalmente, o figuraça Jake, que mal deu as caras. 

No geral, a nova temporada começou bem, mas é inegável a grande lacuna que Charlie Sheen Harper deixou. Afinal, são oito anos de uma perfeita parceria e quimica entre o elenco, principalmente, o trio central formado por ele, Cryer e T. Jones. Espero está errado, mas a triste impressão que eu tirei destes dois episódios, é que dificilmente a série passe desta temporada. Mas, ainda bem que a  temporada só está começando, logo, com todas as chances de melhorar. Enfim, vamos ver no que vai dar. Muitas águas de Malibu Beach ainda vão rolar.

Rick Pinheiro.
Fã da sitcom Dois Homens e Meio.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ÚLTIMA PREMONIÇÃO (SERÁ?).

Filmes.
A última premonição (será?)

Quem disse que um raio não cai no mesmo lugar? No caso da franquia Premonição caiu cinco vezes, já que todos os filmes tem o mesmo enredo: Um jovem prever uma terrível tragédia, tem ataque de pânico, salva meia dúzias de pessoas, que depois terão o seu fim inevitável, de forma surreal, que de tão absurda e patética arranca risos da plateia. Muda-se apenas os personagens e os cenários das tragédias, mas o enredo é o mesmo (confira em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/09/franquia-requentada.html).  Em Premonição 5, último filme da franquia, que acabei de conferi na sala 1 do Complexo Kinoplex Maceió, o jovem vidente é Sam e a tragédia prevista é a ruína de uma ponte.

O roteiro é o mesmo dos outros filmes, com mortes mais patéticas  que de tão toscas e absurdas beiram ao besteirol, arrancando risadas, ao invés de assustar. A novidade no roteiro é a teoria que para vencer a morte a vítima tem que matar outra pessoa, o que tornou o climáx um pouco chato, parecendo uma imitação barata da franquia Pânico, no quesito "amigo do mocinho com cara de bonzinho que surta e tenta matar a galera". Em compensação, o filme tem um final supreendente que de tão bom empolga mais que todo filme exibido.

Além deste minutos finais, que deixa transparecer que a série encerra neste filme, outro ponto positivo é o 3-D, responsável pelos poucos sustos na plateia, no momento que "a morte mata", e no momento antes dos créditos finais onde são exibidos, também no formato, algumas das grotescas mortes dos filmes anteriores. Foram estes pontos positivos que conseguiram salvar o filme, literalmente nos últimos minutos, de receber o título de pior da franquia. 

Ao final de Premonição 5 fica a sensação que a série já deu o que tinha dar. E acredito que os produtores pensam o mesmo já que o supreendente final é bastante claro que com este filme encerra-se um círculo iniciado no primeiro filme. Se não é uma despedidia digna daquele ótimo filme, pelos menos encerra no tempo certo uma série que deixou de ser novidade e não assusta mais.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AÇÃO TEEN DEIXA A DESEJAR.

Filmes.
Ação teen deixa a desejar.

Ao contrário do elenco da franquia Harry Potter, a galera teen da Saga Crepúsculo está usando a cabeça e vem tentando firmar uma carreira antes mesmo do término da franquia. A mocinha Kristen Stewart vem buscando projetos mais audaciosos e alternativos, tentando mostrar sua versatilidade com atriz, ao contrário do seu parceiro e namorado na vida real, o canastrão Robert Pattinson, que ainda teima em fazer o mesmo tipo de personagem à la Edward, em produções adocicadas, feitas especialmente para o público feminino. Agora, chegou a vez do talentoso Taylor Lautner tentar alçar vôos mais  altos e estrelar uma produção, ao contrário do seu colega canastrão, num gênero diferente, mais voltado para o público masculino. Trata-se do thirlley de ação Sem Saída, que eu conferi no começo da tarde de hoje na sala 1 do Complexo Kinoplex Maceió.

Na trama, Lautner é Nathan Harper, um adolescente típico norte-americano que ao fazer um trabalho de escola junto com sua linda vizinha Karen (Lily Collins, do filmaço Padre), pela qual é arriado os quatro pneus e o esterpe, descobre sua foto num site de crianças desaparecidas. Antes que seus pais adotivos (Jason Isaacs e Maria Bello) pudessem contar toda verdade, sua casa é invadida por misteriosos assassinos, o que faz o rapaz fugir, junto com Karen, iniciando um jogo de gato e rato, que envolve a CIA e um perigoso assassino europeu e sua trupe.

Apesar da premissa interessante, faltou consistência e coerência no roteiro, o que prejudicou e muito o produto final. É verdade que o filme tem um bom ritmo de ação após os vinte minutos, mas faltou amarrá-la melhor ao roteiro, o que deixou um filme mais com cara de filmes "B", onde  a ação é super-valorizada e o roteiro ignorado, ao invés de ser uma versão teen de A Identidade Bourne como aparentava ser. Este fraco roteiro acabou prejudicando o elenco, em especial, o protagonista Lautner, sua parceira de cena Collins e os coadjuvantes de luxo, que além de Isaacs e Bello, conta também com os ótimos Sigourney Weaver e Alfred Molina. Todos totalmente desperdiçados, perdidos numa trama fraca e sem consistência.

Infelizmente, não foi desta vez que o único  talentoso da Saga Crepúsculo se firmou como astro fora da rentável franquia. Mas, apesar de toda a deficiência do roteiro, Sem Saída serve para mostrar que Lautner tem tudo para estourar no futuro, principalmente como astro de filmes de ação, um novo Tom Cruise como muitos estão apostando. Com muita correria e ritmo frenético, o filme não é totalmente ruim, e até chega a empolgar em alguns momentos. Mas, é inegável que ao final da projeção fica a sensação de fustração. Esperava-se mais de filme com uma premissa tão interessante, elenco carismático e um trailer empolgante. Mais sorte na próxima vez, Lautner.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

DUPLA DIVERTIDA DE VOLTA À AÇÃO.

Filmes.
Dupla divertida de volta à ação.

Antes mais nada, que fique claro: não estou ganhando um centavo de Sílvio Santos, muito menos de ninguém do SBT. Até porque nem conheço o veterano apresentador sorridente, nem ninguém que trabalhe para ele. Não tenho culpa se nos últimos dias, a emissora paulista resolveu exibir ótimos filmes de ação, meu gênero favorito, como é o caso do divertidíssimo A Hora do Rush 3, estrelado pelos impagáveis Jackie Chan e Chris Tucker.

Chan volta a sua melhor franquia nos Estados Unidos e sua parceria perfeita com o figuraça Tucker, neste que é, até agora, o último filme da divertida trilogia dirigida por Brett Ratner (há rumores de um quarto e até de um quinto filme da franquia, algo ainda não confirmado oficialmente). Depois da dupla se meter em encrencas e detornar a bandidagem nos Estados Unidos e na China, nos filmes anteriores, desta vez eles irão virar Paris de pernas por ar, junto com a filha do embaixador Han, que no primeiro filme era apenas uma criança, mais uma vez com a finalidade de evitar que os bandidos levem a melhor. 

Com um enredo ágil e envolvente, A Hora do Rush 3 mantêm o mesmo nível da divertida franquia com muita ação, ótimas piadas e boas interpretações. Chan e Tucker estão cada vez mais entrossados, com uma ótima química, resultando numa das melhores e mais divertidas parcerias da história do cinema. Sem sombra de dúvida, o grande mérito da trilogia é manter a dupla e o mesmo diretor, o acabou resultando numa franquia excepcional e bastante divertida.

Curiosamente, os astros de ação Steven Seagal e Jean Claude Van Damme foram sondados para viver os vilões deste divertido filme. Seagal foi tirado do projeto, devidas as várias mudanças que o roteiro passou, o que ocasionou a saída do seu personagem. Já Van Damme, no auge da sua arrogância e orgulho, mesmo estando com a carreira na merda, se deu ao luxo de cometer a estupidez de negar participar deste filme. Em compensação, somos brindados com ótimas interpretações dos veteranos Max Von Sydow e do diretor Roman Polanski. Quem sente falta do canastrão Seagal e do orgulhoso Van Damme, com duas feras deste porte no elenco?

Apesar de seguir ligeiramente a velha regra dos terceiros filmes de uma franquia serem os mais fracos, A Hora do Rush 3 é um filme divertídissimo, que faz jus aos seus antecessores. Com muita ação e humor, o filme é diversão garantida. Imperdível! 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



UM THIRLLEY ALUCINANTE.

Filmes.
Um thirlley alucinante.

Nada como um ótimo thirlley para começamos bem a semana e deixar a nossa telinha mais quente. Hoje à noite, a Globo exibe na sessão Tela Quente o empolgante Controle Absoluto, estrelado por Shia LaBeouf e Michelle Monanghan.

Na trama, LaBeouf é Jerry, um zero a esquerda que trabalha numa casa de fotocópias com o sugestivo nome de Copy Cabana (seria um homenagem dos roteiristas a famosa praia carioca?), enquanto que Monangh é Rachel, uma jovem mãe solteira. A vida dos dois mudam e se cruzam, quando ambos recebem uma misteriosa ligação de uma voz feminina (Julianne Monroe, que pediu para não ser creditada no filme), que o mergulham numa misteriosa intriga, repleta de reviravoltas e perseguições pela polícia, e especial, por um agente do FBI (Billy Bob Thorton) e uma agente da aeronática (Rosário Dawson).

Com um ritmo alucinante, mas sem qualquer lógica no roteiro, o filme tem muita ação e suspense do começo ao fim. As interpretações são excecpcionais, principalmente do casal de protagonistas, que segura bem a trama e tem uma quimíca perfeita. A voz de Julianne Monroe só acrescenta o clima de suspense e intriga que envolve os protagonistas.

Em síntese, Controle Absoluto é um filmaço de primeira linha, que mesmo sem nenhuma lógica no roteiro e um final fraquíssimo e muito brega, prende a atenção e empolga. A frase "é de tirar o fôlego!", na capa do DVD resume bem este thirlley alucinante que diverte e merece ser visto e revisto. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

FRANQUIA REQUENTADA.

Filmes.
Franquia  requentada.

Apesar do que alguns possa pensar, não há erro no título desta postagem (requentada e não requintada, como alguém possa pensar). O fato é que os filmes da franquia Premonição, cujo o quinto filme estreiou no último fim de semana nas telonas, são todos com o mesmo enredo, mudando apenas os personagens, sempre interpretados por rostos desconhecidos que depois de estrelarem um filme da franquia, tomaram chá de sumiço (exceção a esta regra apenas o impagável Sean William Scott, o eterno Stifler dos três primeiros American Pie, que atuou no primeiro Premonição) e a forma cada vez mais surreal de como se ferram. Sem perder tempo vamos aos comentários desta que, na minha opinião, é uma da melhores franquias do gênero terror.

Quando Premonição foi lançado em 2000, deu uma alavancada ao gênero do terror, bastante desgastado desde do final dos anos 80. Afinal, o filme trouxe a inovação de colocar a própria morte, causa provocada pelos vilões Freddy Krueger, Jason, Michael Myers, entre outros, alçada ao posto de vilã. Com esta premissa original e um ótimo roteiro, o filme traz um grupo de estudantes e professores que partem desta para melhor, logo que o vôo 180 para Paris decola. Mas antes da tragédia, o jovem Alex (Devon Sawa, o protagonista mais convicente de toda franquia) tem uma  premonição da mesma e graças ao seu ataque de pânico, ele e alguns passageiros são postos para fora do avião. Com seu plano adiado, a  morte parte atrás daqueles sobreviventes, ferrando um por um.

Premonição é disparado o melhor filme de toda franquia, com suspense na medida certa, interpretações convicentes. Um dos melhores filmes de terror e bastante acima da média dos demais, já que não é apenas podreira, mas tem conteúdo.O o primeiro filme da franquia envolve, prende atenção do começo ao fim e, evidente, causa alguns sustos. Um filmaço para ser visto e revisto várias vezes.

Evidente que com o enorme sucesso do filmaço original os produtores sacaram que tinham em mãos uma franquia bastante lucrativa. O problema é que manterem praticamente o mesmo roteiro do primeiro filme por mais três vezes (ainda não assistir o úlitimo filme, mas estou prevendo - com perdão do trocadilho - que aumentará para quarto vezes), e como já comentei no início desta postagem, mudando apenas os personagens e a forma cada vez mais surreal que partem desta para uma melhor.



Em 2003, Premonição 2 chegou aos cinema, trazendo Kiberly Corman (A.J. Cook), como a jovem que tem a premonição de um gravíssimo acidente (a sequência de morte inicial mais eletrizante e assustadora, até agora, de toda franquia) numa rodovia, salvando a si e algumas outras pessoas que trafegavam por lá, antes da tragédia. Lá vai a morte de novo correr atrás destes sobreviventes, para levá-los a terra do pé junto.

Com um enredo envolvente e empolgante, e intepretações razoáveis, Premonição 2 consegue ser tão bom quanto o primeiro, sendo até agora, o segundo melhor filme de toda franquia, apesar de não trazer nenhuma novidade em comparação aquele. Mesmo sendo tão previsível, o filme consegue arrancar alguns sustos e divertir. Em síntese, um raro caso de continuação que faz jus ao original.



Com o sucesso do segundo filme, a franquia só estava começando. Três anos depois, foi a vez de Premonição 3 chega as telonas, desta vez trazendo a jovem Wendy (Mary Elizabeth Winstead) que após ter uma premonição de um acidente fatal numa montanha russa, tem um ataque de pânico, é expulsa do brinquedo, levando consigo outros que nada tem a ver com sua histéria. E o resto, não preciso comentar.

Premonição 3 segue a regra dos terceiros filmes serem os mais fracos de uma  franquia, sendo o último a mencionar, mesmo timidamente, os fatos ocorridos nos filmes anteriores. Novidade mesmo é que a partir deste filme, a franquia tem filmes um pouco mais curtos, que vão direto ao ponto (no caso, mortes surreais),onde todos, sem exceção, não escapam de partir desta para uma melhor, deixando de lado o tal plano da morte, tão discutido nos dois primeiros.. Mesmo sendo o mais fraco da franquia, Premonição 3 é um filme razoável e empolga moderadamente.



Seguindo à risca do filmes anteriores, Premonição 4 chegou as telonas em 2009, estreando a franquia no formato 3-D. Os meus comentários sobre este filme você encontra em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/07/sustos-em-dose-dupla-numa-noite-de.html.




Apesar de cada filme ser praticamente uma refilmagem do original, é inegável que a franquia Premonição é uma das mais assustadoras da história do cinema, graças aos ótimos efeitos especiais e, principalmente, por ter a inevitável morte como vilã. Por mais que algumas cenas beirem ao besteirol de tão ridicularmente absurdas que são, não deixa de ser assustador a ideia que a morte pode ocorrer em lugares e situações tão comuns como numa decolagem de avião, numa rodovia, numa ida ao dentista, num parque de diversão, numa oficina mecânica, numa piscina, etc. Em síntese, para os fãs do gênero, que amam levar bons sustos, a franquia Premonição é uma das melhores. Mesmo com uma vilã tão real, a franquia diverte, pelos absurdos e exageros. A história é a mesma, e os sustos também. Diversão descompromissada imperdível.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FILMAÇO DE AÇÃO NA NOITE DE SÁBADO.

Filmes.
Filmaço de ação na noite de sábado.

Não existe outra época que tenha sido mais pop e traga hoje tanta nostalgia que os anos 80. A música e o cinema são os melhores retratos da época. Com perdão do palavrão, o fato é que são desta época os filmes mais fodásticos da história da sétima arte. Infelizmente, existe um descaso geral por parte das emissoras brasileiras, abertas e por assinatura, que simplesmente deixam no porão pegando poeira estes filmaços que, se não são os melhores da história do cinema, sem sombra de dúvida são os mais divertidos e empolgantes, que atrai até hoje uma legião de fãs. Ainda bem que existe o SBT que eventualmente vasculha o fundo do baú da felicidade e exibe um destes filmaços, como o clássico do cinemão de ação Stallone Cobra, que a emissora exibe amanhã a noite.

Relembrando a trama para quem conhece e também apresentando para a nova geração que ainda não assistiu, em Cobra (o título do filme original é este, mas no Brasil o nome do astro no cartaz foi confundido com título e acabou sendo incorporado a ele) Stallone é Marion Cobretti, um policial durão, com poucos amigos e menos ainda palavras, chamado apenas como último recurso para detornar a bandidagem. Após ferrar com faca e tiros um  loucão muito tosco que invade um supermercado, Cobra, como é conhecido, recebe a missão de proteger uma modelo (a péssima Brigitte Nielsen, na época esposa de Stallone) que testemunhou um dos ataques de um grupo de lunáticos que vem causando o terror na cidade, com sua tosca e inexplicável ideologia de implantar uma nova sociedade.

Pela sinopse acima é claramente percebível que o roteiro é fraco e tosco, servindo apenas de desculpa para Stallone descer a porrada nos toscos bandidos e soltar frases de efeitos tão memoráveis quanto o nosso Capitão Nascimento no primeiro Tropa de Elite, como a clássica "Você é a doença e eu sou a cura!", dita no supermercado ao psicopata do grupo lunático, seguida de sua detornação, na primeira cena empolgante do filme. As interpretações são fracas e até risíveis, principamente de Nielsen e de Brian Thompson, que faz o líder dos toscos lunáticos. Depois do filme, o canastrão cara de mau chegou a fazer uma curtíssima carreira como astro de filmes de ação classe Z e quinze anos depois de Cobra, voltou a apanhar de outro grande astro do gênero, o baixinho Jean Claude Van Damme, no tosco A Irmandade.

Mas engana-se que o fraco roteiro e as péssimas interpretações, que fizeram o filme ter seis indicações ao framboesa, resultaram um filme ruim. Muito pelo contrário, Cobra é um filmaço de ação à moda antiga,  com cenas empolgantes do começo ao fim com Stallone, um grande ícone do gênero de ação, no auge  da sua forma física, acrescentando ao seu currículo, que já contava com Rocky e Rambo, mais um inesquecível durão do cinema. Com um ritmo acelerado bem no estilo videoclipe  (e até mesmo inserção de alguns), o filme é tão empolgante que nos faz ignorar o tosco  roteiro repleto de furos e as péssimas interpretações que fariam o eterno cigano Igor Ricardo Macchi ser um ator Skaspeariano.

Apesar de ser o retrato fiel da sua época, principalmente graças a excelente trilha sonora,  Cobra é um empolgante filme de ação que não envelheceu com o tempo. Curiosamente, na época de seu lançamento em nossos cinemas, criou uma polêmica e tanto, pois mesmo após um ano do término da ditadura militar em nosso país, o filme teve cenas cortadas, devido a violência. Em relação aos filmes de hoje, como a franquia Jogos Mortais, Cobra é um filme infantil. Neste ponto, em comparação as violências mais explicítas das produções atuais, de fato o filme envelheceu. Mas nem isso tira o brilho, nem o status de fodástico (ops! Desculpe mais uma vez o palavrão, eu não me contive), deste empolgante filme.

Outra curiosidade é que Stallone Cobra conseguiu um feito raro até hoje, que nem mesmo a seleção brasileira de futebol conseguiu: ser exibido no lugar de um capítulo de uma novela da toda poderosa Rede Globo. O fato se deu devido a rivalidade por audiência com a extinta Rede Manchete, que no dia 12 de dezembro de 1990, estreava sua novela Ana Raio e Zé Trovão. Mas a  extinta emissora carioca acabou apanhando feio da emissora de Roberto Marinho que abriu mão de um capítulo da divertida novela Araponga, para exibir pela primeira vez este filmaço. Bons tempos onde um bom filme dava mais audiência que uma tosca novela e ainda conseguia o feito heroíco de tirar do ar um capítulo de uma novela global do horário nobre.

Em síntese, um filmaço imperdível, que de tão bom, vale a pena o sacrifício de esperar para assistir após o tosco  10.000 A.C. (filme dos homens e mulheres das cavernas com dentes branquinhos, que foi uma das poucas derrapadas do talentoso diretor Roland Emmerich) e sair para balada um pouquinho mais tarde. Diversão garantida!


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Estiloso na época e brega hoje em dia, Stallone fez moda em Cobra.
Até este blogueiro teve um Ray -Ban idêntico ao do personagem
Rene Santoni, como Gonzales, parceiro de Cobra e Andrew Robinson, como o mala Detetive Monte.
Muito antes de Cobra, os dois atuaram em um dos primeiros clássicos do cinemão de ação:
Perseguidor Implacável, em 1971, com Clint Eastwood fazendo pela primeira vez o inesquecível Dirty Harry.

Trailer Original de Stallone Cobra


Primeira e mais eletrizante sequência de Cobra.


Mesma sequência inicial eletrizante, na dublagem original do saudoso André Filho.

 

Um dos ótimos videoclipes inseridos no filme.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

REINVENÇÃO BÁRBARA.

Filmes.
Reinvenção bárbara.

Antes de mais nada quero esclarecer um coisa. Na minha opinião, o novo Conan, O Bárbaro, que acabei de assistir na sala 3, do Complexo Kinoplex Maceió, não é um remake do clássico oitentista estrelado por Arnold Schwarzenegger, como vem sendo divulgado. Da mesma forma que o novo Capitão América não é remake das outras produções toscas sobre o herói enbandeirado, muito menos o inedito O Espertacular Homem Aranha não é um remake do primeiro Homem Aranha, dirigido por Sam Raimi. Como todas as produções citadas os dois Conan, O Bárbaro também contam a origem do personagem central, neste caso o guerreiro cimério, mas em versões totalmente distintas uma da outra. Mas, naturalmente, as comparações entre as duas produções são inevitáveis, já que o filme estrelado por Arnoldão marcou a história do cinema e foi escola para outras produções sobre guerreiros bárbaros. Exposta a minha opinião sobre o novo filme não ser um remake, mas uma nova versão para o herói criado por Robert E. Howard, vamos aos comentários do filme.

Como já disse, o novo Conan, O Bárbaro é uma nova visão sobre a trágica origem do guerreiro cimério e sua saga, em busca de vingança, numa época onde a brutalidade reinava. Aqui, Conan nasceu no meio de uma batalha, "experimentando o sangue da mãe ao invés de leite materno" como diz um dos personagens do filme. Criado pelo pai, o corajoso Corin (o competente Ron Perlman, o eterno Hellboy) para ser um guerreiro, Conan ver sua vida mudar quando sua aldeia é invadida e dizimada pelo terrível Khalar Zym (Stephen Lang, ótimo), que, como 99% dos vilões, simplesmente deseja ser deus e dominar o mundo. Já adulto, o herói cimério (Jason Momoa, assim como Schwarzenegger em seu primeiro grande papel no cinema), vaga pelo mundo, libertando escravos, cortando cabeças e vísceras, e na eterna busca pelo assassino de seu pai.

O novo filme, com perdão do trocadilho, é uma bárbara supresa. Com um roteiro bem mais elaborado que o seu suposto original, a nova versão tem muito mais ação, suspense e efeitos especiais mais supreendentes. O Conan versão Momoa, apesar de falar muito mais que o do seu antecessor vivido pelo atual ex-governador da Califórnia, tem todo jeitão bruto de um bárbaro, principalmente, com o trato nada delicado com as mulheres. Apesar de sua caracterização deixá-lo igualzinho ao Conan dos quadrinhos (não conheço a versão original do Conan dos livros de E. Howard), perde feio para o ex-Mister Universo no quesito "bombadão", tornando o personagem mais raquitico. Em compensação, o novo Conan tem mais flexibilidade, habilidade e agilidade, graças a coreografia muito bem realizada e sua estrutura corporal, ser compatível com a de muitos dublês (não sei se Momoa utilizou dublês ou fez ele mesmo as próprias cenas de ação, como Schwarzenegger que, por falta de dublês bombadões como ele, foi obrigado a fazer todas as cenas de ação no Conan dos anos 80).

O filme tem uma ótima fotografia, com belíssimas locações feitas na Bulgária. Junto com o figurino e os ótimos efeitos especiais tornam o mundo da Era Hibória ainda mais real e convicente que a versão estrelada por Arnoldão, que para os padrões de hoje, é um tosco trashão. Já o 3-D é razoável, o que coloca o filme na longa lista dos filmes "Tanto faz com ou sem 3-D".

O elenco é outro ponto positivo do novo filme. Mesmo não tendo um James Earl Jones ou um Max Von Syndow como no original, somos brindados com boas interpretações. Jason Momoa supreende e até convence no papel do brucutu cimério. Mas, o grande destaque é a atriz Rose McGowan que simplesmente rouba a cena como a vilã Marique. Destaque também para Stephen Lang, como o vilão Khalar Zym, Ron Perlman como o pai do herói e para o jovem Leo Howard que supreende e dar um show como o garoto Conan.

Curiosamente, Valéria, companheira de luta e interesse romântico do Cimério na primeira versão, no novo filme é uma mera figurante, em uma única cena (foto ao lado) que sequer tem seu nome mencionado (descobrir  que a personagem estava no filme, somente a pouco minutos, ao ler a ficha técnica do filme). Em seu lugar, Tamara (a bela, mas fraca atriz Rachel Nichols), sacerdotisa que o herói salva e escolta, faz às honras de companheira de aventura (sem o mesmo papel de guerreira e o pique da Valéria vivida por Sandahl Bergman, no clássico oitentista) e par romântico do brucutu cimério.

Com um roteiro bem mais eleborado, ritmo mais acelerado, mais ação e muito mais cabeças cortadas e sangue jorrando para tudo que é lado, o novo Conan, O Bárbaro é um ótimo filme, que traz uma nova versão para a origem do herói cimério. Como as comparações são inevitáveis, o novo filme é superior ao antigo filme, perdendo apenas nos quesitos trilha sonora e "músculos" do protagonista. Mas, comparações a parte, ambas as produções são ótimos filmes, aventuras envolventes e empolgantes que merecem ser conferidas.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Nota: Confira meus comentários sobre o primeiro Conan, sua continuação e outros filmes de heróis da Era Hibória em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/09/barbaries-originais.html