terça-feira, 6 de setembro de 2011

DE VOLTA PARA O FUTURO À BRASILEIRA.

Filmes.
De volta para o futuro à brasileira.

Quem não gostaria de voltar no tempo, corrigir as merdas que fez, evitar tragédias e sofrimentos, e mudar totalmente de vida, sabendo, por exemplo, o resultado da loteria? Dez entre cada dez pessoas com certeza gostariam de fazer esta viagem. Sabendo deste desejo que povoa o imaginário do ser humano, desde dos primórdios, o cinema trabalha exaustivamente este tema. E dependendo da imaginação dos roteiristas, este tema jamais será esgotado. Chegou a vez do nosso cinema nacional ter o seu representante, na descompretida comédia romântica O Homem do Futuro, dirigida por Cláudio Torres e estrelada por Wagner Moura e Alinne Moraes, que eu pude conferi ontem, na sala 2, do Complexo Kinoplex.

A trama gira em torno de Zero (Wagner Moura, dando um show de interpretação como sempre), um cientista de uma Universidade que, como o apelido já denuncia, é um zero à esquerda. Numa experiência que visa a descoberta de uma nova fonte de energia, o figuraça volta no tempo, justamente no dia em que levou um toco de sua amada Helena (Alinne Moraes, também com ótima atuação) e sofreu uma humilhação homérica, que mudou sua vida para sempre. Evidente que, como qualquer um de nós, ele aproveita para consertar as coisas, se dando bem tanto no amor, como na vida financeira. Mas, ao volta para o futuro, ver que as coisas não saíram como ele desejaria, e que o único jeito é voltar de novo no tempo e impedir que ele mesmo, modifique o seu passado. 

Parece confuso? Não é. O roteiro é leve, não se leva a sério e não tem uma complexidade de um De Volta para o Futuro ou Efeito Borboleta. Acha que já viu esta história? Com certeza, já que o filme sofre uma forte influência daquela espertacular trilogia de Robert Zemeckis, principalmente o segundo filme. Apesar das semelhanças descaradas, O Homem do Futuro é  empolgante e faz  o público torcer pelo atrapalhado Zero, mesmo sendo óbvio o resultado. O filme perde-se apenas nos minutos finais, onde é desnecessariamente alongado, e no pedido repetido exaustivamente por Zero, tentando acalmar ele mesmo e outros personagens que entra em contato. São pequenos detalhes, que torna o filme um pouco chato e enfadonho.

Fora isto, O Homem do Futuro é um filme divertido e envolvente, graças à excelente interpretação de Wagner Moura, que simplesmente, mostra todo seu talento e versatilidade, nas três versões do personagem Zero. Quem também não fica atrás é Alinne Moraes, que também está ótima, nas duas fases da vida de Helena, o grande amor da vida de Zero. O mesmo não podemos dizer de Fernando Ceylão, Gabriel Braga Nunes e Maria Luísa Mendonça, que não têm boas atuações, mas também não comprometem o resultado final.

Com um enredo simples, ótimas atuações e química perfeita do casal de protagonistas, O Homem do Futuro é uma comédia divertida e empolgante. Ideal para quem procura um filme leve e diversão descomprometida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



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