quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O GAROTO: O CLÁSSICO MAIS EMOCIONANTE DE TODOS OS TEMPOS.

Existem filmes que são verdadeiras obras primas, que conseguem agradar aos critícos e ao público, e ficam para sempre em nossa memória, nos tocando profundamente. Charles Chaplin é um grande mestre da sétima arte, especialista em filmes assim, hoje cada vez mais raros. Várias são essas obras deste gênio que escrevia, dirigia, compunha as trilhas e ainda as estrelava. Para mim a mais inesquecível e melhor de todas é um filme curto (1 hora e oito minutos, apenas), em preto e branco, mudo, mas que tanto fala ao nosso coração, intitulado O Garoto.  

Quem me acompanha aqui no blog já deve ter percebido que eu sou um cinéfilo apaixonado. Seria praticamente impossível dizer quantos filmes eu assistir em minha vida. E de gêneros e gostos variados. Já assistir grandes clássicos, Blockbusters, filminhos classe Z, 3D, trash... Mas esta obra prima de Chaplin, que eu assistir na infância, num Festival Charles Chaplin que a Rede Globo exibia aos domingos à noite, sem dúvida é um dos melhores filmes de todos os tempos e que me emociona até hoje.

O filme, lançado em 1921, conta a história de um bebê que é abandonado pela mãe que não tem condições de criá-lo e que é encontrado e criado pelo vagabundo. Conforme os anos se passam, o garoto e o vagabundo se tornam uma dupla perfeita, bolando diferentes e hilários esquemas para conseguir o dinheiro para seu sustento. Um roteiro simples, mas o suficiente para mexer com os nossos sentimentos mais profundos.

O filme é perfeito em todos os sentidos. Roteiro excepcional que mescla comédia pastelão de primeira, com momentos dramáticos emocionantes,  uma belíssima trilha sonora que desperta a nossa sensibilidade, causionando emoções variadas, e excelentes e inesquecíveis interpretações, em especial de Charles Chaplin e do garotinho Jackie Coogan, que para mim é o melhor ator mirim de todos os tempos. A quimica entre os dois protagonistas é perfeita, a mais perfeita de tantas duplas com química perfeita da história do cinema. E olhem, que não foram poucas: Jerry Lewis e Dean Martin, Terence Hill e Bud Spencer, e mais recentemente Mel Gibson e Danny Glover, Bruce Wills e Haley Joel Osment, entre outras. Mas nenhuma destas duplas é tão perfeita quanto s formada pelo gênio do cinema Charles Chaplin e o garotinho Jackie Coogan. Curiosamente, alguns atribuem esta química perfeita, em virtude de Chaplin ter perdido um filho recém-nascido, falecido no começo das gravações deste clássico. Seja qual for o motivo, o fato é que somos brindados com uma interpretação perfeita, sensível e sincronizada entre Chaplin e Coogan.

O filme é considerado percursor em misturar dois gêneros totalmente opostos: o drama e a comédia. Poucos conseguiram isso e mesmo assim, nenhum deles chegaram perto da perfeição realizada por Chaplin. Particularmente, eu choro feito menino toda vez que assisto e  até mesmo quando lembro, da cena em que a polícia tenta levar o garotinho para o orfanato e Carlitos faz de tudo para impedir. Não sai da minha mente esta tocante cena, em especial, o choro desesperado do menino e a perfeita música que conduz toda cena. Esta cena, junto com o encontro de Jesus e Nossa Senhora no filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson e o rostinho choroso da pequena Drew Barrymore ao ver o ET agonizando e  morrendo no filme homônimo de Steven Spielberg, são as únicas cenas que eu assisto mil vezes e mil vezes eu choro.

Enfim, O Garoto é um clássico perfeito, que o tempo não destrói. A frase de abertura desta obra prima resume-o perfeitamente: "Um filme com um sorriso, e talvez uma lágrima..."  . Enfim, um filme indispensável em toda videoteca e obrigatoriamente precisa ser visto e revisto, se possível, por todas as pessoas. Se dizem por aí que as lágrimas de Chuck Norris curam o câncer, basta apenas ele assistir  O Garoto, para que esta maldita doença seja dizimada para sempre.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo saudosista do clássico O Garoto.




Duas cenas do clássico O Garoto e uma foto dos bastidores da filmagem.
Química perfeita dentro e fora das telas.


Um clássico e seus cartazes: o primeiro, provavelmente, é original.
O último, a capa do DVD mais recente lançado no Brasil.

2 comentários:

  1. Rick, acabei descobrindo teu Blog em uma pesquisa sobre Charles Chaplin, e gostei muito. Voltarei sempre. Ontem, por coincidência escrevi sobre ele no meu blog.

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  2. Oi meu irmão! Agradeço pelo comentário!!! Será muito bem vindo a nos visitar e deixar seus comentários!!! Abraços!!!! Fik c Deus!!!!

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