terça-feira, 26 de abril de 2022

RACISMO ACENTUADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Medida Provisória.
Produção brasileira de 2020.

Direção: Lázaro Ramos.

Elenco: Alfred Enoch, Taís Araújo, Seu Jorge, Emicida, Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Flavio Bauraqui, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 23 de abril de 2022.

Sinopse
: Adaptação da peça teatral Namíbia Não! de Aldri Anunciação. Num futuro não muito distante, o governo federal brasileiro promulga uma medida provisória que determina que todos os de origens afro devem voltar para o seu país de origem no continente africano. Obviamente, que nem todos os cidadãos concorda com este absurdo e passam a lutar contra o sistema opressor racista.

Comentários
: Mesmo que alguém esteja totalmente por fora das questões ideológicas, impossível não sair de casa para ir ao cinema e assistir este longa que marca o debute na direção do ator Lázaro Ramos (com direito a banca o Hithchcock fazendo duas figurações do tipo "piscou, perdeu"), sem saber que trata-se de uma produção 100% panfletária (a popularmente chamada "lacração"). Como sempre digo, não tenho problema nenhum com isso, desde que a tal da lacração não ferre com o produto final. Convenhamos que é inegável que a premissa distópica de Medida Provisória é muito interessante, logo, fui de cabeça aberta assisti de boa o filme. É bem verdade que a escolha por um maniqueísmo racista do tipo "nós contra ele" tão comum nas narrativas ideológicas, principalmente por colocar a maioria dos personagens brancos como vilões malvadamente caricatos dos tipo que nem os fãs das adaptações das HQs toleram mais, incomoda um pouco, mas, não tanto quanto alguns furos e contradições do roteiro. 

Felizmente, mesmo como esses problemas no roteiro que atrapalham o potencial da produção, Lázaro Ramos entrega um interessante filme, com boas atuações (destaque especial para Seu Jorge, que simplesmente brilha e rouba a cena) e uma parte técnica competente, que nos deixa na vontade de ver mais, em pelo menos uma sequência ou quem saber até formar uma trilogia. Desde que os roteiristas se preocupem mais com o desenvolvimento da trama do que com a militância ideológica. Fica a dica! 
CotaçãoNota: 5,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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