= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = (Preciso mesmo dizer?).
Produção brasileira de 1957.
Direção: Victor Lima.
Elenco: Mazzaropi, Glauce Rocha, Manoel Vieira, Celeneh Costa, Roberto Durval, Francisco Dantas, Palmerim Silva, Arnaldo Montel, Carlos Durval, Joyce de Oliveira, Ferreira Leite, Armando Nascimento, Benito Rodrigues, Pachequinho, Yára, Walter Moreno, Waldyr Maia, Véra Lúcia, entre outros.
Blogueiro assistiu on-line (Facebook) em 04 de junho de 2021.
Sinopse: Aparício Boamorte (Mazzaropi) é um pacato funcionário do zoológico, que acaba sendo motivo de chacota entre os colegas de trampo por desenvolver uma amizade com uma girafa, motivo que ele acaba recebendo o apelido de Noivo da Girafa. Destratado não apenas no trampo, mas, também na pensão em que mora, quando Aninha (Lúcia), menina filha caçula do dono do local (Vieira) fica doente, Aparício é obrigado a fazer um exame de sangue, por ser acusado de está doente e ter sido responsável por transmitir a menina. Mas, ele acaba trocando os exames, e tanto no trabalho, como na pensão, a galera pensa que ele está com uma mão na vela e outro no soro. A partir de então, achando que são os últimos dias de vida de Aparício, passam a tratá-lo bem.
Comentários: Não só de locações no Estado de São Paulo, principalmente, na cidade de Taubaté, são os filmes do saudoso Amácio Mazzaropi. Nos primeiros anos de sua carreira, precisamente entre 1956 e 1958, o impagável humorista atuou em três filmes rodados no Rio de Janeiro, que alguns intitulam como a sua trilogia carioca. O Noivo da Girafa é o segundo dessa curta fase carioca do Mazza. Produzido pelo icônico Oswaldo Massaini, temos aqui uma típica comédia de situações, que lembra bastante uma sitcom. Conta com um bom roteiro, que traz uma trama simples, bobinha, porém, bastante divertida, rendendo momentos realmente engraçados (chama atenção algumas piadas sobre a política e o funcionalismo público ditas por Aparício, que por incrível que pareça, ainda são atuais). O resultado é um bom e divertido filme do saudoso icônico humorista, que se destaca na sua filmografia por ser ligeiramente acima da média. Uma daquelas comédias bobas deliciosas, que nos deixam mais leves, recomendável para assistir com toda famiília. Cotação: / Nota: 8,0.
VOCÊ SABIA?
O saudoso Oswaldo Massaini foi um dos grandes produtores do nosso Cinema Nacional. Fundador da produtora Cinedistri, ele foi responsável por lançar cerca de sessenta filmes, alguns deles que fizeram sucesso de público e de crítica. Entre eles estão os filmes que compõe a trilogia carioca do Mazzaropi (Fuzileiro do Amor, O Noivo da Girafa e Chico Fumaça), Cala a Boca, Etelvina! e outros filmes da Dercy Gonçalves, Lampião, O Rei do Cangaço e outros filmes sobre o cangaço, Absolutamente Certo, Independência ou Morte, entre outros. O grande sucesso de sua carreira foi O Pagador de Promessas, filme dirigido pelo também saudoso Anselmo Duarte, ganhador da Palma de Ouro em Cannes. Sua vida e obra é relatado no documentário Oswaldo Massaini: Uma Paixão pelo Cinema, dirigido por um dos seus filhos, Anibal Massaini, que junto com seu irmão, Oswaldo Massaini Filho, também são produtores de cinema.
Intérprete da mocinha Inesita, que era apaixonada por Aparício, a saudosa atriz Glauce Rocha (na foto, cortando o bolo com o Mazza) nos deixou muito cedo, com apenas 41 anos de idade, em 12 de outubro de 1971. Ela foi vítima de enfarto do miocárdio, motivado, segundo os jornais da época, por excesso de trabalho. A atriz faleceu do mesmo mal que levou sua mãe menos de um ano antes, e que desde então, vinha colecionando tudo que fosse artigo que falasse deste mal. Com um pouco mais de vinte anos de carreira, Glauce legou vários trabalhos no teatro, cinema e televisão, inclusive, ao falecer, estava atuando numa novela, e com sua partida repentina, sua personagem acabou sumindo da trama.
Um dos destaques de O Noivo de Girafa é a atriz mirim Vera Lúcia. Atuando desde os seis anos de idade, a menina era um estrela mirim da época, com passagens no teatro, televisão e no cinema, inclusive, com direito até entrevistar o também ator mirim da época, o italiano Pablito Calvo, astro do clássico Marcelino, Pão e Vinho. Com o tempo, deixou a vida artística, e nos anos 1970, se formou em pedagogia, passando então a trabalhar na educação infantil. O curioso é que a veia artística foi passada para seus filhos, Danilo Faro, ator mirim do filme do Fofão, mas, que depois não seguiu a carreira, e Rodrigo Faro, que assim como ela e o irmão iniciou ainda pirralho na carreira artística, e hoje é o apresentador do programa televisivo A Hora do Faro.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Cinéfilo alagoano.
Na falta do trailer, vai um trecho do filme.
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