Filme que prometia parodiar Atividade Paranormal e similares consegue ser tão ruim quanto os parodiados.
É bem verdade que, infelizmente, o sub-gênero da comédia que parodia grandes sucessos do cinema já deu o que tinha que dar (apesar de está sendo produzido um novo Todo Mundo em Pânico, atualmente única franquia do gênero que está vingando), da mesma forma que os lixos de terror pseudo-documentários. Atividade Supernatural, filme que acabei de assistir online, é um bom exemplo disso. Parodiando Atividade Sobrenatural, O Último Exorcismo e outros lixos similares, o filme que conta a história de um ilusionista picareta e sua equipe de aloprados que vão investigar o aparecimento de figura mitológica chamada Mini Pé-Grande, é totalmente sem graça e entediante, mesmo só tendo menos de uma hora e meia de duração. Para complicar ainda mais, a dublagem brasileira (o filme só está disponível online na versão dublada) é mal equalizada a ponto da trilha se mais alta que as vozes dos personagens. Tinha tudo para ser uma paródia engraçadíssima, já que os parodiados oferecem materiais de sobra para isso, mas, que foi totalmente estragada por um roteiro tão ruim. Com exceção da única sequência realmente engraçada, onde se tira sarro da cena do quarto do primeiro Atividade Paronormal, o filme é totalmente sem graça, conseguindo a proeza de ser tão ruim quanto os parodiados. Só não recebe um zero bem redondinho por causa da única sequência realmente engraçada. Nota 1,0.
Mistura de ficção e comédia desta vez não deu certo.
Ficção científica e comédia são dois gêneros que geralmente fazem um casamento perfeito. O primeiro Caça-Fantasmas e a trilogia MIB - Homens de Preto são bons exemplos disso. Mas, em contrapartida, outras vezes a união de gêneros não vingam e produzem coisas horríveis como Pluto Nash, um dos podres da filmografia de Eddie Murphy e o mais recente Vizinhos Imediatos de 3º Grau, filme atualmente em cartaz em nossos cinemas e que graças a Deus, não chegou aqui em Maceió, estrelado por Ben Stiller, Vince Vaughn e o indicado este ano ao Oscar de ator coadjuvante Jonah Hill. É bem verdade que o filme não chega a ser tão ruim como o lixo estrelado por Murphy, mas, consegue a proeza de não funcionar nem como ficção, e, principalmente, como comédia já que comete o pecado mortal do gênero: ser totalmente sem graça.
A trama se passa numa pacata cidadezinha do interior dos Estados Unidos, lugar que Evan (Stiller) ama de paixão, a ponto de criar vários clubes toscos para interagir os moradores entre si. A calma vai para o espaço (ops! trocadilho tão tosco quanto o filme) quando o vigilante da loja de Evan é brutalmente assassinado. O cara resolve criar uma equipe de vigilância comunitária, onde se apresentam como voluntários apenas Bob (Vaughn), Franklin (Hill) e Jamarcus (Ayode), todos tão Mané e zero à esquerda como Ewan. Numa das rondas, o quarteto se depara com um E.T. e descobre que ele não é o único. Desconfiando dos moradores, os Zé Ruela correm contra o tempo para identificar os visitantes inter-galáticos indesejados, antes que eles invadam e destruam o nosso planeta.
Com um roteiro fraquíssimo, o filme está repleto de piadas grosseiras e totalmente sem graça que não funcionam em nenhum momento. Não deu para avaliar as atuações do elenco, já que, infelizmente, o filme só encontra-se disponível online na versão dublada, mas, deu para perceber que Vaughn ainda dar alguma dignidade a essa merda, por ter o personagem um pouco mais divertido que os demais. O resultado final é um filminho ruim, que não funciona em nenhum dos dois gêneros e desperdiça um bom elenco. Mais uma bola fora principalmente de Stiller que não faz um filme realmente bom a um bom tempo. Nem vale a pena comentar mais nada, muito menos perder tempo assistindo uma merda sem graça como essa. Nota 2,5.
Herói futurista dos quadrinhos ganha um segunda chance nas telonas e desta vez não decepciona.
Nem sempre um herói dos quadrinhos ganha uma segunda chance nas telonas após um fiasco. O Juiz Dredd é um destes poucos personagens privilegiados. Em 1995, o personagem fez sua estreia nas telonas em O Juiz (comentários em: http://www.blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/09/stallone-em-decepcionante-adaptacao-dos.html ), uma adaptação equivocada estrelada por Sylvester Stallone, que se distanciou bastante de sua fonte original. Agora, o herói volta em grande estilo em Dredd, filmaço que assistir no final da tarde de hoje, na sala 1 do Complexo Kinoplex que, infelizmente, presta o grande desfavor de exibir o filme em 3D numa única sessão e na versão dublada. Uma pena, já que eu e outros cinéfilos alagoanos e quem nos visita, perdeu de conferir em 3D, um filme com uma fotografia e efeitos visuais caprichados. Mais uma mancada e total desrespeito com o público por parte da direção do complexo do Grupo Severiano Ribeiro aqui em Maceió.
Sem perder tempo com blá, blá, blá, o filme tem ação e suspense na medida certa, mostrando um dia de serviço do fodástico Juiz Dredd (Karl Urban, convicente, dando uma pisa de atuação no eterno Rambo), que incumbe a missão de testar uma nova juíza com poderes mediúnicos (Olivia Thirlby). Os dois atendem um chamado e vão parar no condomínio Peach Trees, uma espécie de favela futurista, dominada pela cruel traficante Ma-Ma (Lena Headey). Lá, eles são trancafiados e passam a ser caçados impiedosamente pela bandidagem, algo que o fodástico Juiz Dredd, irá tirar de letra.
Além de fazer justiça ao personagem, dando-lhe uma versão para as telonas de respeito e a sua altura, Dredd inova com um visual e um estilão bem interessante, que com certeza, como a trilogia de Nolan do homem-morcego vai ser referencial e fazer escola. Sem um grande astro cheio de frescura para comer o juízo, o diretor Pete Travis, em seu segundo filme (o primeiro foi o interessante Ponto de Vista), dirige com maestria, dando seu toque pessoal, sem se afastar do universo do personagem, contando com um elenco competente. Mas, na fase de edição, o diretor foi afastado sem motivos.
Enfim, não se sabe se o resultado final é mérito do diretor ou do roteirista e produtor que assumiram a edição. O fato é que Dredd é um filmaço empolgante que agrada tanto os fãs mais radicais do personagem nos quadrinhos quanto o público menos exigente, que deseja apenas curtir uma boa ficção, com dosagem certa de ação e suspense. Um dos filmes mais fodásticos do ano. Nota 9,0.
Eterno Rocky Balboa estrela uma péssima adaptação dos quadrinhos que como ficção convence.
Uma das grandes estreias deste final de semana nos nossos cinemas, Dredd não é a primeira adaptação do herói futurista dos quadrinhos que prende, julga e aplica a setença. Em 1995, o brucutu Sylvester Stallone estrelou O Juiz, ao lado de coadjuvantes de peso como Armand Assante, Diane Lane, Rob Schneider e os veteranos Max Von Sydow e Jurgen Prochnow. O filme é considerado uma das piores adaptações dos quadrinhos da história do cinema, graças ao egocentrismo do astro que mexeu bastante no roteiro e deu trabalho ao diretor Danny Cannon, a ponto de declarar e está cumprindo até agora, a promessa de não trabalhar mais com um astro ou estrela hollywoodiana. A vaidade do astro, que com certeza não tinha familiaridade com a fonte original, os quadrinhos, foi o motivo deste filme ser um fiasco, refletindo numa péssima bilheteria. Uma das maiores merdas que o astro cometeu na sua carreira cheia de altos e baixos.
Stallone está péssimo, numa das piores atuações de sua carreira, como o herói futurista que é o melhor no que faz, ou seja, detonar a bandidagem. Porém, o cara é traído, julgado e condenado pelos seus superiores e condenado. À caminho da prisão, a nave que o transportava, junto com outros prisioneiros, é abatida e o herói luta pela sobrevivência, ao lado de Hermann (Schneider, um pouco perdido e sem graça, em segunda parceria com Stallone, com quem dividiu cena no fodástico O Demolidor), que ironicamente foi preso injustamente por Dredd. O herói fodão volta a mega-cidade onde atuava, a fim de tentar descobrir os responsáveis pela sacanagem que fizeram com ele e, obviamente, acertar as contas, contando com ajuda também da novata juíza Hershey (Diane Lane). Dredd acaba descobrindo que seu ex-parceiro Rico (Armand Assante), que tinha sido julgado por ele, e dado como morto, além de está vivinho da Silva, é o seu irmão
Como adaptação dos quadrinhos, é inegável que o filme é uma decepção total, destruindo todas as características do herói, que na sua fonte original, não tirava o capacete nem a pau, mas, que no filme usa todo o uniforme em pouco mais de dez minutos. O ótimo elenco faz o que pode, tentando tirar leite de pedra de um roteiro tão regular. Mas, em compensação, como ficção, até que o filme não chega a ser essa merda total que tanto falam por aí (e até compreensível, já que trata-se de uma adaptação), já que O Juiz tem ação na medida certa e efeitos especiais razoáveis. E por esse ponto de vista, e tão somente por este, é que este blogueiro até que curte o filme e lhe dá a nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Cartaz original do fiasco O Juiz.
Apenas nele e em pouco mais de dez minutos de filme
Jackie arrebenta em um dos melhores filmes da sua carreira.
Em atividade desde do começo dos anos 70, sendo um dos figurantes que levou um pau do saudoso ícone das artes marciais Bruce Lee, Jackie Chan arrebenta e dar um show em coreografias espertaculares e em cenas perigossísma, na maioria ele mesmo encarando, dispensando os dublês, em filmes geralmente que usam e abusam da comédia. Particularmente, curto muito seus filmes, principalmente os produzidos no seu país natal. Caso de Quem Sou Eu?, que será exibido daqui a pouco na sessão dominical de cinema da poderosa Rede Globo, onde Chan interpreta um soldado homônimo, que após ser traído numa missão de resgate perde a memória e vai parar numa tribo nos cafundós da África. Após estabelecida a saúde, o cara sai em busca de descobrir a verdade sobre si próprio, tarefa nada fácil, já que será perseguido por todos os lados, sem saber em quem realmente confiar.
O roteiro raso e as falhas grosseiras onde é claramente visto dublês chineses no lugar dos atores que interpretam os vilões com mais idade são superados pelo carisma de Chan que arrebenta nas sequências de ação em coreografias excepcionais. Lamentavelmente, em dose dupla, o filme ser exibido num canal aberto já que além da boa atuação do astro, iremos perder os tradicionais erros de gravação exibidos no começo dos créditos finais. Apesar disso, Quem Sou Eu? é um filmaço tão divertido que vale a pena ser conferido. Um dos melhores filmes do astro. Nota 9,0.
Elenco afiadíssimo e roteiro muito bem escrito fazem de Lisbela e o Prisioneiro um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos.
Existem comédias que mesmo sendo exibidas infinitas vezes conseguem a proeza de continuarem engraçadas, arrancando gargalhadas facéis todas as vezes. Charles Chaplin, Abbot e Costello, O Gordo e o Mago, Os Três Patetas, Terence Hill e Bud Spencer, Chespirito, Os Trapalhões, entre tantos outros mestres do risos da telonas e da televisão são bons e clássicos exemplos desta verdade. Infelizmente, nos dias de hoje, poucos são os filmes que conseguiram atingir este altísimo nível de ser engraçado para sempre. O diretor Guel Arraes pode não ser ainda um gênio da sétima arte e da televisão como os citados, mas, conseguiu esta proeza com dois mega-sucessos do nosso cinema: O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro, este exibido na noite de ontem no canal por assinatura Fox.
O filme é o primeiro dirigido por Arraes exclusivamente para o cinema (os filmes anteriores O Auto e Caramuru - A Invenção do Brasil são edições de minisséries da Globo) é a terceira parceria do diretor com Selton Mello que interpreta de forma carismática e arrebenta como o picareta Leléu que vive na estrada aprontando das suas e dando uns pegas na mulherada, sem se apegar a nenhuma. Até que um belo dia, numa cidadezinha do interior de Pernambuco, conhece a romântica e cinéfila mocinha Lisbela (Débora Falabella, num show de atuação e quimica perfeita com Mello, numa personagem leve e divertida que nada lembra a amargurada e vingativa Nina da atual novela das oito global), filha do delegado da cidade (André Mattos, hilário). Os dois se apaixonam e teriam tudo para viver uma linda história de amor bem ao estilo dos romances hollywoodianos que a moça tanto ama, se ela não fosse noiva do figuraça, metido à carioca, Douglas (Bruno Garcia, surpreendendo e roubando a cena num elenco de grandes atores). Além disso, chega a cidade o terrível e sanguinário pistoleiro Frederico Evandro (Marco Nanini, como sempre dando um show), querendo mandar Leléu desta para uma melhor, por ele ter dado uns pegas na sua mulher (Virginia Cavendish, ótima).
Com um roteiro muito bem adaptado por Guel Arraes, que também arrebenta na direção, um elenco afiadíssimo onde cada um brilha e dá um show de atuação particular (além dos citados, outro que também rouba cena, arrancando gargalhadas é o figuraça Tadeu Melo), e um trilha sonora que meso regular arrebentou nas paradas de sucesso (Caetano Veloso e Elza Soares assassinam dois clássicos populares) Lisbela e o Prisioneiro é um filmaço engraçadíssimo que arranca gargalhadas facéis a cada exibição, mesmo daqueles que como este blogueiro já assistiram várias vezes esta verdadeira obra-prima do nosso cinema. Uma comédia que entra no seleto e cada vez mais raro rol dos filmes do gênero que nunca perderão a graça. Para ser visto e revisto infinitas vezes. Diversão garantida. Imperdível! Nota 10,0.
Novo filme da franquia Resident Evil tem todo climão e enredo de um game.
Que a franquia Resident Evil é baseada num game de grande sucesso e que seu grande responsável,o diretor Paul W. S. Anderson, desde do primeiro filme traz para as telonas todo climão do game não é novidade nenhuma. Resident Evil 5: Retribuição, o mais novo exemplar da franquia, que acabei de assistir, junto com minha grande amiga Deise, na sala 3 do Complexo Kinoplex Maceió, a dosagem é elevada consideravelmente a ponto do filme ser quase um game. Isso, graças ao roteiro que não aprofunda muito a história, e, principalmente dar explicações da volta de personagens mortos nos filmes anteriores (um bom entendedor, nem vai sentir falta disso), com muita ação eletrizante e vilões, que não se resume apenas aos tradicionais zumbis, mas, a outras aberrações provavelment presentes nos games. O climão e enredo de game elevado ao máximo aqui e o formato 3-D, faz o espectador achar em alguns momentos que está diante de um game ao invés de um ótimo filme de ação. Sem exagero, só faltou distribuírem o joystick na entrada do cinema, para o filme ser um game. Um ponto muito positivo para um filme que se baseia num.
A trama é só mera desculpa para a heroína e seus parceiros entrarem em ação. O filme começa justamente onde o anterior, Resident Evil 4: Recomeço, terminou e logo de cara, somos presenteados com uma interessantíssima sequência inicial, mostrando de trás para frente a batalha entre os vilões da Umbrella e os sobreviventes a bordo do navio. Logo após esta eletrizante sequência, aparece Alice (Milla Jovovich) fazendo um ótimo resumão para o público dos fatos que ocorreram até então, com direito algumas sequências dos quatro filmes anteriores (outro ponto positivo do filme que atualiza quem perdeu ou não assistiu estes). A história volta acontecer com a nossa heroína fodástica acordando aprisionada numa instalação da Umbrella, e sendo torturada por Jill Valentine (Sienna Guillory), ex-parceira de combate de zumbis e atualmente dominada por Umbrella. Inexplicávelmente do nada, Alice recebe uma ajuda misteriosa para escapa e acaba descobrindo que um antigo inimigo é o responsável por este ato, e por enviar uma equipe para resgatá-la.
Com todo climão de game e ação initerrupta que agrada tanto fãs da franquia como do gênero de ação, o novo filme da franquia tem um roteiro razoável, que, como já foi dito acima, só serve de mera desculpa para eletrizantes sequências de ação. Resident Evil 5: Retribuição não chega a ser o melhor filme da franquia (o primeiro Resident Evil: O Hóspede Maldito ainda continua imbatível), mas é ligeiramente superior ao anterior e dá um pisa no terceiro que até agora, o pior filme da série. Um filme que faz jus a sua fonte original e ainda por cima agrada aos fãs do cinemão de ação. Imperdível! Nota 7,8.
Novo filminho espírita nacional consegue ser pior que os seus pares.
Uma tendência do nosso cinema são os filmes de temáticas espíritas. Particularmente, mesmo não sendo adepto da crença, não tenho nada contra produções assim, e inclusive, curto bastante algumas como O Sexto Sentido, Um Olhar no Paraíso, Ghost, Além da Eternidade. O grande problema das nossas produções é a teimosia de tentar empurrar goela à baixo a doutrina espírita, com uma linguagem exageradamente didática, que obriga os atores a atuarem de forma ridicularmente canastrona nem mesmo as enquetes dos telecursos televisivos utiliza, gerando filmes chatíssimos, tediosos. O novo exemplar do gênero E a Vida Continua..., filme que assistir no final da tarde da última segunda na sala 4 do Complexo Kinoplex Maceió, consegue superar as outras produções nacionais, elevando ao grau máximo todos os defeitos, e ainda acrescentando outros, como as alfinetadas provocativas e patéticas à Igreja Católica, uma grande ironia já que a maioria dos adeptos da doutrina espírita e do grande público de filmes desta temática, infelizmente, são de católicos.
O filme até tem um roteiro interessante, mas de tão mal escrito e preoupadíssimo em jogar para nós a doutrina, abusando exageradamente do linguajar didático, acaba se tornando o mais chato e tedioso. Ernesto (Luiz Bacelli) e Evelina (Amanda Acosta), se conhecem quando estão indo para o memso hotel, onde irão repousar antes de encararem operações delicadíssimas. No local, aproveitam para ter tediosos papos, onde, patéticamente e absurdamente, o quase-ateu começa a passar alguns pontos da doutrina espírita para a católica calora Evelina. Surge então, uma grande amizade que irá até o outro lado da vida, onde descobrirão que têm muito mais em comum além de estarem mortos.
Nada escapa neste filminho insosso e sem emoção nenhuma, com sequências muito mal feitas, trilha horrível e sofrível aos ouvidos, e uma canastrice absurda dos atores, que contagia até mesmo o veterano e grande ator Lima Duarte, que espantosamente está péssimo, praticamente dando palestras espírita ao invés de atuar.
Se a pornochachada e o erotismo dos anos 70 e meados dos 80 são uma mancha podre na filmografia do nosso cinema, hoje são os filmes de temáticas espíritas que fazem isso, ao menos, enquanto forem produzidos apenas no intuito de dizimar a doutrina didaticamente. Infelizmente, à exemplo daqueles lixos do passado não muito distante, esss merdas continuarão sendo produzidas desta mesma forma já que tem um público cativo para assisti-los.
Dirigido e roteirizado pelo ator Paulo Figueiredo, E a Vida Continua... é mais uma dessas manchas vergonhosa do nosso cinema. Não somente um dos piores filmes nacionais do ano, como também de todos os tempos. Nota 0,0 infinita vezes.
Estreia do criador do seriado Uma Família da Pesada como diretor de cinema tem todo humor ácido do seriado televisivo.
A ideia é bizarra e tosca, mas, só por ser a estreia nas telonas de Seth MacFarlane, o criador do seriado televisivo politicamente incorreto Uma Família da Pesada, desperta curiosidade, principalmente para quem curte piadass preconceituosas e de baixo nível. E foi isso que MacFarlane fez transportando para as telonas todo humor ácido, repleto de piadas politicamente incorretas, muitas delas a ponto de serem grosseiramente ofensivas do seriado animado, em Ted, filme que acabei de assistir online, que narra a história da amizade entre um homem de 35 anos e seu ursinho de pelúcia Ted. Quando tinha oito anos, John Bennett (Mark Wahlberg) pediu na noite de natal que seu único amigo, o recém-presenteado ursinho Ted (voz de MacFarlane) torna-se real, e inexplicavelmente, seu pedido é atendido. O tempo passou e amizade entre os dois amigos continuou, e atualmente os dois gastam seu tempo se drogando juntos. Mas, a amizade dos dois acaba interferindo no relacionamento de Bennett com sua namorada Lori Collins (Mila Kunis, lindissima como sempre), forçando-o a ter que separar do seu amiguinho desbocado de longas datas.
Repleto de piadas politicamente incorretas e grosseiras, o roteiro do filme parece mais um episódio da polêmica sitcom. São elas responsáveis por segurar o filme e nos fazer rir, isso se você não for daqueles puritanos e sem senso de humor, já que na segunda metade para o final, o filme cai na rotina de uma comédiazinha de aventura comum, quando Ted é raptado por um fã doentio e seu filho. Mesmo com um humor tão indigesto e ácido, o filme que chega aos cinemas brasileiros no próximo final de semana, vem arrebentando nas bilheterias mundo a fora e já foi anunciada que o segundo filme será produzido. Ted é uma comédia bizarra, com humor bem corrosivo, muito divertida e que arranca risadas facéis, desde que você não seja daqueles que se sente ofendido com piadas preconceituosas de baixo nível. Nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Ted no meio das quengas.
Ursinho é chegado a uma sacanagem.
Vida louca.
Amizade de homem com seu ursinho de pelúcia não é nada ingênua.
O filme chega aos nossos cinemasna próxima sexta.
Quem curte humor ácido e politicamente incorreto de
Uma Família da Pesada vale a pena conferir e se divertir muito.
Novo exemplar da modinha de filmes reais falsos é um mistura tosca de Jurassic Park com pitadas de A Bruxa de Blair.
Não canso de dizer que produções propositalmente quase-amadoras que passam a falsa imagem que trata-se de um material real já deu o que tinha que dar pois não assusta nem convence mais ninguém. Infelizmente, esse sub-gênero de filmes, que particularmente eu detesto, tem um público cativo, o que força os gananciosos produtores à tirarem leite de pedra e jogar mais lixos no mercado. O mais novo exemplar dessa modinha sem graça, Projeto Dinossauro, que acabei de assistir online, é uma mistura tosca de Jurassic com o mais feito e pior que essa modinha já produziu, mostrando sem nenhuma criatividade e visivelmente material falso, um grupo de exploradores que se metem nas brenhas florestais do Congo em busca de indícios de dinossauros e acabam encontrando um reserva inteira deles.
Nada funciona nesta merda que em nenhum momento convence, muito menos assusta e sequer tem a delicadeza de arrancar uma risada forçada por tão tosco e patético que é. Os efeitos especiais são até razoáveis para o alto nível semi-amador deste sub-gênero, mas o péssimo roteiro somado as atuações medíocres somente afundam na merda qualquer pretensão de tentar emplacar mais um sucesso ao estilo Atividade Paranormal. Projeto Dinossauro é um lixo total que só prova que já esse tipo de filme "verdade-mentira" já deveria está extinto a muitos anos. Nota 1,0.
Bizarrice brasileira traz quarentona comediante no constrangedor, tosco e irritante papel de aborrescente.
Adultos interpretando crianças e adolescentes não é novidade nenhuma. Que o diga a saudosa turma do Chaves, liderada pelo genial comediante. Mas, até onde estou sabendo, Chespirito seu universo ficou restrito à telinha. Já a nossa Heloisa Périssé que criou, escreve e interpreta a adolescente Tati, personagem que já rendeu peça de teatro, quadro no Fantástico e livro, resolveu levar a sua personagem para as telonas, uma ideia bizarra que acabon sendo para ela uma tarefa nada fácil já que O Diário de Tati, filme que assistir no começo da tarde de hoje na sala 2 do Complexo Centerplex, demorou seis anos para ser concluído. Um sinal claríssimo de que a ideia não devia ser levada adiante, mas que Périssé fez questão de ignorar, escrevendo, produzindo e pagando um micaço como a aborrescente Tati, que escreve no diário, narrando o seu dia-a-dia, vivendo situações típicas da sua idade como dificuldades nos estudos, implicâncias com outras meninas, paixonites e conflitos com a mãe (Louise Cardoso, totalmente sem graça).
O filme tem um roteiro leve e bobinho, com Pérrise bastante caricata, pagando um King Kong homérico contracenando com atores bem mais novos que ela, alguns deles até convencendo como adolescentes, ao contrário dela. O resultado final de O Diário de Tati está um pouquinho acima do esperado já que, mesmo com pouquíssimas piadas que realmente funcionam, de tão bizarro, tosco e ridículo, arranca risadas involuntária.
Com um tom bastante infantilizado e uma trilha sonora que consegue ser mais antiga e deslocada que Périssé na personagem aborrescente e a foto do Felipe Dylon como ídolo teen da personagem, O Diário de Tati é besteirol quase sem graça. Uma queimação de filme não somente dos envolvidos, mas, principalmente, do nosso cinema, que já viveu momentos melhores. Mesmo assim, surpreende e sai melhor do que esperado de tão ridículo que é. Nota 6,0.
Ícones dos anos 80, Dolph Lundgren e Michael Paré se encaram em filminho de ação B.
Não querendo ser repetitivo, mas já sendo, não tem como não comentar um filme estrelado por Dolph Lundgren e levantar o mesmo questionamento sobre o que se passa na cabeça de um gênio como ele. Afinal, o cara é um caso perculiar na história do cinema, de alguém com um Q.I tão alto, que tinha tudo para brilhar numa carreira acadêmica, mas, optou por uma carreira cinematográfica que, com exceção dos vilões em filmaços de ação estrelados por outros astros e meia-dúzia estrelados por ele, podemos dizer que é medíocre. Outro também com uma carreira que não decolou foi Michael Paré, um cara que pode não ter o mesmo Q.I elevadíssimo de Lundgren, mas, que nos anos 80 prometia, ao estrelar principalmente o fodástico Ruas de Fogo, mas que hoje está apagadísimo, dando às caras estrelando filmes classe C, e também em pequenas participações nas telonas como o recente 12 Horas e em várias séries televisivas. Em 2009, os dois canastrões ícones dos filminhos B oitentista dividiram a tela em Ação Imediata, filme que foi lançado diretamente em home vídeo e que acabei de assistir no canal Space.
Na trama, Lundgren é Mike Riggins, ex-soldado das
forças especiais americanas, que está preso em algum lugar da Europa Oriental, se ferrando e apanhando quase todo dia. Até que quase um ano depois estando lá, finalmente é procurado por alguém do seu Governo, o misterioso Clive Connelly (Paré), se diz ser da embaixada americana e que o libertará, caso Mike aceite a missão de resgatar uma jovem médica sequestrada por um chefão mafioso russo. Evidente que o cara aceita a proposta e armado apenas com uma pistola e seus chutes e socos potentes invade a instalação militar onde a moça supostamente está sendo mantidarefém e a resgata na marra, já que não quer sair de lá. É quando Mike descobre que Connelly não é quem diz ser, e que a moça realmente estava voluntariamente no local. Os dois passam a ser perseguidos por Connelly que tem à sua disposição um exército inteiro. Nadinha demais para um personagem costumeiro do grandalhão sueco Lundgren possa encarar numa boa.
Ação Imediata é mais um filminho de ação classe C típico da maioria da filmografia de Lundgren, com roteiro raso e fraquinho, que apenas existe para as porradas e explosões correrem soltas quase sem parar, em sequêcias, na maioria das vezes, risíveis dos absurdos apresentados, como a cachoeira de sange que jorra de um bandido após levar alguns tiros. Para quem curte o gênero, principalmente, produções toscas, sem ser muito exigente é um prato cheio e está bem acima das produções recentes estreladas por Lundgren e Paré. O confronto entre os dois canastrões deixa bastante a desejar, mas, vale a pena conferir o encontro dos dois ícones dos filminhos classe C. Em síntese, diversão bobinha e descerebrada, com muita ação, algo fundamental para agradar aos fãs do gênero que não estão nem aí para a lógica. Nota 5,0.
Quarto filme dos oito produzidos pela Cannon com Bronson é um dos piores de sua carreira e de todos os tempos.
Os saudosos J. Lee Thompson (1914-2002) e Charles Bronson (1921-2003) formaram uma parceria que renderam nove filmes, sendo seis deles com a marca da saudosa produtora oitentista de filmes "B" Cannon, entre eles os interessantes 10 Minutos para Morrer, clássico dos bons tempos do Domingo Maior da Rede Globo, onde Bronson persegue um tarado que ataca peladão e Kinjite: Desejos Proibidos, onde logo de cara Bronson mete um consolo no feofó de um figurão pedófilo, filme que, aliás, já comentado neste blog (cf.: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/08/classicos-da-america-video-kinjite.html). Até hoje, achava que Desejo de Matar IV: Operação Crackdown era o pior filme da parceria entre o diretor e o ator de cara amarrada. Mas, minha opinião mudou na manhã de hoje após assistir O Vingador, um filme tão ruim que não somente supera a quarta jornada vingativa do vigilante Paul Kersey, como também é o pior filme tanto da dupla.
Com um dos piores roteiros da história do cinema, que além de ser um pouco confuso, está repleto de diálogos ridículos, que só piora na versão dublada (difícil de acreditar que toscas expressões xingativas como "Vai sentar nas ostras!" ou "Escremento de rato!", estejam presentes no roteiro original), Bronson interpreta (força de expressão, obviamente) Jack Murphy, um policial durão ("para variar") que vive enchendo a cara, mas sem ficar bêbado, por está passando por uma péssima fase em sua vida. Sua mulher o abandonou e foi ganhar a vida dançando pelada num puteiro fuleiro; seu carro foi arrebentando na vitrine de uma loja por uma deliquente desbocada que tenta roubá-lo e escapa dele dando um belo chute no seu saco. Para piorar, o cara ainda tem que se estranhar com um chatíssimo colega que não vai com sua cara - e a recíproca é a mesma - e vive lhe provocando. Mesmo assim, o cara ainda tem tempo de fazer o seu trabalho, perseguindo e matando um irmão de um poderoso chefão do crime que, a pedido de sua mãezinha, pretende vingar a morte do irmãozinho. Como desgraça é pouca para Murphy, surge uma misteriosa assassina com uma sede obsessiva de vingança por ele, que de forma tosca e patética, arma para ele, matando sua ex-esposa e o tosco namorado, dono do tal puteiro. Preso e algemado "coincidentemente" à deliquente mala e desbocada que tinha acabado de prender, Murphy escapa da prisão de forma surreal, levando com ele, literalmente falando, a mala sem alça, que do nada, acaba simpatizando por ele e lhe ajuda na sua busca para limpar o seu nome e acertar as contas com todos que querem ferrá-lo.
Tudo bem que o adjetivo perjorativo "tosco" seja comum nas produções da dupla Thompson e Bronson, e, principalmente, da Cannon. Mas, aqui chega a um altíssimo nível insuportável, com direito a sequências de ação muito, mas muito mesmo, mal feitas, claras interpretações canastronas dos atores que são vitimados no filme que sequer têm a capacidade de fingir que estão morrendo e uma patética, desnecessária e nada convicente cena de sexo oral de uma linda e gostosona quenga no poderoso chefão. Tudo é péssimo nesse filminho medíocre que mostra claramente um Bronson lentíssimo e cansado demais até mesmo para dá uma corridinha e o seu dublê, bem mais novo que o astro e com os cabelos todos pretinhos, nas sequências que exige mais agilidade, incluindo no clímax onde Murphy dá um salto a la American Ninja e detona a vilã.
Enfim, sem medo de exagerar, o fato é que O Vingador não somente é o pior filme da dupla, como também da Cannon e de todos os tempos. Merecidamente esquecido nos porões das emissoras televisivas, de preferência, continue lá, apesar que pode ser encontrado em DVD. Para encarar essa merda, só sendo muito fã do saudoso durão e não se importar de vê-lo numa situação tão constrangedora, como na sequência que claramente ele não consegue dá um soco, num filme tão ruim. Nota 0,5.
Comédia que prometia parodiar grandes sucessos do nosso cinema fica só na pretensão, mas se salva por algumas boas piadas.
Muito explorado pelo nosso cinema nos anos 70 e 80 pela saudosa trupe Os Trapalhões, que tirava sarro de Star Wars até clássicos da literatura como Os Três Mosqueteiros, a paródia anda esquecida na nossa atual fase. Totalmente Inocentes, filme que acabei de assistir na sala 05 do Complexo Kinoplex Maceió, prometia resgatá-la parodiando principalmente Cidade de Deus e Tropa de Elite grandes sucessos do nosso cinema. Mas, ficou apenas na pretensão já que, com exceção de duas curtíssimas sequências e algumas frases ditas pelos personagens, a paródia praticamente não existe. Ao menos na minha opinião, tão acostumado a dar altas risadas com as paródias gringas como Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu!, Corra que a Polícia Vem Aí!, Top Gang, Todo Mundo em Pânico, Os Vampiros que se Mordam, entre outros que sacaneiam descaradamente os grandes sucessos de bilheterias, ao contrário de Totalmente Inocentes que praticamente é uma homenagem aos citados filmes (os cartazes de Cidade de Deus e Tropa de Elite 2 que aparecem constantemente em cena, e a presença de dois atores que deram vida aos principais vilões de Cidade e Tropa 1, são bons exemplos).
Em Totalmente Inocentes, Da Fé (Lucas d'Jesus) e Bracinho (Gleison Silva) são garotos que moram no Morro do DDC. Da Fé é perdidamente apaixonado por Gildinha (Mariana Rios), irmã de Bracinho, que acaba de ganhar um estágio na revista Taras e Tiros, onde trabalha o atrapalhado jornalista Wanderlei (Fábio Assunção), que recebeu a missão de fazer uma matéria com o bandidão doidão Do Morro (Fábio Porchat), o novo dono do DDC, que assumiu o posto após entregar a Diaba Loira (Kiko Mascarenhas) para a polícia. Querendo conquistar a sua amada, o pirralho, junto com o seu amigo, inventa desastrosamente entrar e acaba esbarrando em Wanderlei, que com medo de subir no morro, resolve entrevistá-los, tornando-se capa da revista, despertando a ira de Do Morro e da Diaba Loira.
Se como paródia o filme não cumpre o que promete, salva-se por ótimas piadas, que ganham força com um inspirado elenco como destaque para os pirralhos protagonistas, e, principalmente, do comediante Fábio Porchat que rouba a cena na pele do insano bandido Do Morro. Quem também se destaca é Kiko Mascarenhas, que interpreta o travecão bandidão Diaba Loira lembrando ligeiramente os trejeitos aloprados do loucão Zed de Loucademia de Polícia e os figuraças Fábio Lago (o Baiano de Tropa de Elite) e Leandro Firmino da Hora (o Zé Pequeno de Cidade de Deus), como dois aloprados PM, responsáveis por boa parte das falas mais engraçadas do filme.
No geral, Totalmente Inocentes fustra pelo fato de não ser a paródia hilária que poderia ser, uma ideia que tinha tudo para dar certo, já que tanto Cidade de Deus como Tropa de Elite são pratos cheios para serem parodiados, já que estão repletos de cenas e frases inesquecíveis. Mas, compensa por ser um ótima e divertida comédia, que cumpre direitinho o papel de arrancar risadas sem muito esforço, mas muito besteirol. Enfim, missão dada, missão cumprida. Nota 7,0.
Quarto filme da franquia de estrondoso sucesso é o primeiro sem Matt Damon.
Diz o ditado popular originário do futebeol que não se mexe em time que está ganhando. Por isso que tão logo foi anunciado que a então trilogia Bourne, estrelado por Matt Damon, com os dois últimos filmes dirigidos por Paul Greengrass irai se tornar uma quadrilogia, reiniciando sem a dupla central, a pulga atrás na orelha foi inevitável. Surgia então a grande dúvida dos cinéfilos, em especial, os fãs da saga de Bourne, se a franquia iria conseguir se manter sem Damon e Greengrass. No caso deste blogueiro, a dúvida acabou de ser tirada, ao conferir na sala 01 do Complexo Kinoplex Maceió, O Legado Bourne, estrelado por Jeremy Renner, tendo ao lado os coadjuvantes de peso Rachel Weisz e Edward Norton. Antes de comentar o filme em foco, vamos a uma breve retrospectiva sobre os filmes anteriores da franquia.
Criado pelo escritor Robert Ludlum, o agente fodástico, que coincidentemente tem as mesmas inciais de James Bond, o agente secreto mais conhecido de Sua Majestade, Jason Bourne na verdade teve sua primeira versão em carne e em osso nas telinhas em 1988, no telefilme de longa duração (mais de três horas) A Identidade Bourne. Na época quem deu vida a Bourne foi o atualmente sumido Richard Chamberlain, mais conhecido por aqui pelas minisséries oitentista Pássaros Feridos e Shogun, e também pela versão sub-Indiana Jones do clássico personagem Allan Quartermain, em duas aventuras da saudosa produtora Cannon. Não assistir esta versão, por isso mesmo não posso fazer nenhum comentário sobre ela. O filme, que foi dirigido por Roger Young, responsável por alguns filmes da franquia do 007, pode ser encontrado facilmente em DVD, lançado pela Warner.
Com um roteiro muito escrito, repleto de reviravoltas e com ação e suspense na medida certa, A Identidade Bourne já começa com um mistério, que vamos descobrindo aos poucos, e no decorrer de outros dois filmes, junto com o personagem central. Um estranho baleado e sem memória é encontrado por pescadores boiando entre a vida e a morte no meio do Mar Mediterrâneo. Em busca de sua própria identidade, o cara descobre un chip implantado em seu quadril e resolve seguir a pista, vindo a descobrir que seu nome é Jason Bourne e que mora em Paris. Num confre de banco, ele descobre vários passaportes (curiosamente, um deles brasileiro) com sua fotografia, mas, vários nomes diferentes, uma arma e uma grana preta. Bourne passa a ser perseguido misteriosamente, demonstando incríveis habilidades nas lutas corporais, mas, contando com a ajuda de Marie (Franka Potente). Com um ritmo acelerado, um enredo envolvente e uma supreendente ótima atuação de Matt Damon, que se sai bem tanto na interpretação, como nas eletrizantes sequências de ação, A Identidade Bourne é uma filmaço de ação de primeiro que prende a nossa atenção e nos diverte, provando que um filme do gênero pode ter um enredo inteligente. Nota 9,5.
Com todos esses ingredientes, estava inaugurada uma franquia empolgante e de tirar o fôlego. Em 2004, Damon volta a interpretar o personagem fodástico, inaugurando sua parceria de sucesso com o diretor Paul Greengrass em A Supremacia Bourne. Após dois anos dos eventos do primeiro filme Bourne vive numa boa com sua namorada Marie (Franka Potente), longe de toda agitação, tentando esquecer o seu passado sombrio de frio assassino. Mas, a felicidade dos pombinhos não dura dez minutos de filme, já que são descobertos, e a moça sendo eliminada. Recém-viúvo e, obviamente, puto da vida, Bourne volta a encarar os seus perseguidores. O que era bom, só foi melhorado com a estreia do diretor na franquia, acelerando ainda mais o ritmo frenético da franquia. Damon está mais à vontade no personagem e mais uma vez dá um show numa atuação que chega a ser melhor que o filme original. Nota 9,5.
A saga de Jason Bourne seria concluída em grande estilo, em 2007 no também eletrizante O Ultimato Bourne, que mantém o mesmo alto nível de ação e suspense da franquia, apesar de ser ligeiramente inferior aos primeiros. Bourne continua fugindo dos seus antigos colegas de trabalho da CIA de um lado para o outro do mundo, mas, ao mesmo tempo ainda em busca de saber ainda mais sobre si próprio e seu passado tão sombrio, como também resolve de um vez toda a pendência, chutando o pau da barraca e acertando as contas com os responsáveis. O filme fecha com chave de ouro a saga do herói, amarrando perfeitamente o que foi lançado para nós nos filmes anteriores. Filmaço de ação de primeira. Nota 9,0.
Com um desfecho tão envolvente, ressuscitar a franquia, principalmente sem a dupla citada no começo desta postagem, seria um altíssimo risco. Missão quase impossível muito bem cumprida pelo diretor Tony Gilroy, que reinicia bem a franquia, amarrando direitinho o novo filme aos demais. Com certeza, o fato dele ter roteirizado os três filmes anteriores foi fundamental e fez a diferença. Sem falar que arrumou um substituto à altura de Damon, o astro em ascensão Jeremy Renner (de Guerra ao Terror e recentemente visto como o Gavião Arqueiro de Os Vingadores), que além de ser um bom ator, arrebenta nas sequências de ação, não ficando atrás em nada com Damon.
A trama de O Legado Bourne é totalmente original, utilizando dos livros apenas o nome e o personagem Bourne, e se passa paralelamente ao que ele aprontou no último filme. Aqui é confirmado para nós o que um repórter do último filme dizia, ou seja, que Bourne era apenas a ponta do iceberg. Outros agentes também foram recrutados e submetidos a experiências similares que a Jason passou, entre eles, Aaron Cross (Renner). Com o projeto vindo a público, principalmente pelo que Bourne aprontou e por Pam Landy (Joan Allen), a ordem é encerrar o projeto, eliminando todas as provas, inclusive os agentes envolvidos. Cross escapa, mas, está sofrendo a síndrome da abstnência das drogas do projeto, o que faz ir em busca de uma das cientistas responsáveis (Rachel Weiz, convicente), passando a ser perseguidos, principalmente pelo misterioso chefão Byer (Edward Norton, bem, apesar de um personagem muito inferior ao seu inegável talento).
O filme tem um enredo interessante, mas, o ritmo não é o mesmo eletrizante dos filmes anteriores, apesar da ação e o suspense estarem presentes, só que em doses consideravelmente menores. Na inevitável comparação com seus antecessores, O Legado Bourne apanha feio, mas, não chega a ser um desastre total, já que trata-se de um ótimo filme de ação. Se não mantém o mesmo ritmo, pelo menos mantém o mesmo nível perculiar desta franquia tão fodástica. Nota 7,5.