segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FAZENDO JUSTIÇA AO JUIZ DREDD.

Herói futurista dos quadrinhos ganha um segunda chance nas telonas e  desta vez não decepciona.
 
Nem sempre um herói dos quadrinhos ganha uma segunda chance nas telonas após um fiasco. O Juiz Dredd é um destes poucos personagens privilegiados. Em 1995, o personagem fez sua estreia nas telonas em O Juiz (comentários em: http://www.blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/09/stallone-em-decepcionante-adaptacao-dos.html ), uma adaptação equivocada estrelada por Sylvester Stallone, que se distanciou bastante de sua fonte original. Agora, o herói volta em grande estilo em Dredd, filmaço que assistir no final da tarde de hoje, na sala 1 do Complexo Kinoplex que, infelizmente, presta o grande desfavor de exibir o filme em 3D numa única sessão e na versão dublada. Uma pena, já que eu e outros cinéfilos alagoanos e quem nos visita, perdeu de conferir em 3D, um filme com uma fotografia e efeitos visuais caprichados. Mais uma mancada e total desrespeito com o público por parte da direção do complexo do Grupo Severiano Ribeiro aqui em Maceió.
 
Sem perder tempo com blá, blá, blá, o filme tem ação e suspense na medida certa, mostrando um dia de serviço do fodástico Juiz Dredd (Karl Urban, convicente, dando uma pisa de atuação no eterno Rambo), que incumbe a missão de testar uma nova juíza com poderes mediúnicos (Olivia Thirlby). Os dois atendem um chamado e vão parar no condomínio Peach Trees, uma espécie de favela futurista, dominada pela cruel traficante Ma-Ma (Lena Headey). Lá, eles são trancafiados e passam a ser caçados impiedosamente pela bandidagem, algo que o fodástico Juiz Dredd, irá tirar de letra.
 
Além de fazer justiça ao personagem, dando-lhe uma versão para as telonas de respeito e a sua altura, Dredd inova com um visual e um estilão bem interessante, que com certeza, como a trilogia de Nolan do homem-morcego vai ser referencial e fazer escola. Sem um grande astro cheio de frescura para comer o juízo, o diretor Pete Travis, em seu segundo filme (o primeiro foi o interessante Ponto de Vista), dirige com maestria, dando seu toque pessoal, sem se afastar do universo do personagem, contando com um elenco competente. Mas, na fase de edição, o diretor foi afastado sem motivos.
 
Enfim, não se sabe se o  resultado final é mérito do diretor ou do roteirista e produtor que assumiram a edição. O  fato é que Dredd é um filmaço empolgante que agrada tanto os fãs mais radicais do personagem nos quadrinhos quanto o público menos exigente, que deseja apenas curtir uma boa ficção, com dosagem certa de ação e suspense. Um dos filmes mais fodásticos do ano. Nota 9,0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
 


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