Março também foi mediano para filmes ruins. Não faltaram candidatos que, por pouco, não figuraram nesta lista, mas, ao mesmo tempo, não tivemos totalmente ruim. Por isso, sobrou para a comédia sem graça Namoro ou Liberdade este desonroso título. Só o fato de cometer o pecado mortal de uma comédia, ou seja, ser sem graça, sem falar que é estrelado pelo péssimo ator e ídolo teen Zac Efron, capacita o filme para receber merecidamente o título de merda do mês.
Até agora, março foi o mês mediano do ano em relação aos lançamentos que chegaram as telonas brasileiras. Três filmes, assistidos por este blogueiro obtiveram a nota máxima de 8,5 e não passou disso. Não é a toa que o filme deste mês, curiosamente, chegou as telonas por aqui, no último dia do mês anterior. Trata-se do surpreendente, ao menos parra mim que não levava fé, Sem Escalas. O ótimo ator Liam Neeson deixa de lado filmes mais cabeça e mais uma vez prova que além de atuar bem, se firma merecidamente a cada filme, como um dos astros de filmes de ação.
Elenco: Caio Blat, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Julio Andrade, Marta Nowill, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 5 do Complexo Kinoplex Maceió em 31 de março de 2014.
Cotação:
Nota:5,0.
Sinopse: Em 1992, um grupo de sete amigos intelectualizados e sonhadores passam um fim de semana na casa de um deles. Eles decidem escrever e enterrar numa caixa os sonhos que eles têm para si próprio para os próximos dez anos. Mas, o momento de confraternização acaba de forma trágica. Mesmo assim, os amigos resolvem se reencontrar na data prevista, para desenterrar a caixa e confirmarem se os sonhos se concretizaram ou não, num fim de semana onde cicatrizes, erros e assuntos mal resolvidos do passado virão a tona.
Comentários: Uma das grandes reclamações deste blogueiro que vos escreve é o investimento exagerado do nosso cinema nacional apenas no gênero da comédia. Mas, em contrapartida, quando sai da mesmice não consegue atrai o público. No caso deste Entre Nós, sobram razões para o público não se interessar, já que o filme tem uma história um pouco pesada e um ritmo morgadão que, dois ingredientes que pesam bastante na hora de escolher um filme para assistir. Não chega a ser uma merda total pois o filme tem um roteiro muito bem elaborado e construído pela dupla de pai e filho que o dirige e ótimas atuações dos geralmente sempre competentes Caio Blat, Maria Ribeiro e Júlio Andrade, e a revelação Marta Nowill. Já os rostos globais mais conhecidos no filme, Carolina Dieckmann e Paulo Vilhena, estão péssimos como a maioria dos seus trabalhos, mas, sem atrapalhar. Enfim, com erros e acertos, Entre Nós é um filme que não fede, nem cheira.
Elenco: Steven Seagal, Bren Foster, Ving Rhames, Danny Trejo, entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) no dia 25 de março de 2014.
Cotação:
Nota:0,0.
Sinopse: Alexander Coates (Seagal) é um poderoso chefão do crime bastante durão. Ele envia Roman Hurst (Foster), seu homem de confiança e capanga mais fodão para se infiltrar numa prisão e matar um cara. A missão só não é bem sucedida, porque Roman mata o cara errado. Como punição pelo erro, Alexander aposentar Roman, quebrando suas mãos do cara. Roman passa a vagar como pinguço. Enquanto isso, outro poderoso chefão que encomendou a morte do cara, Iceman (Rhames), sai da prisão, com um plano de acabar com o império de crime de Alexander e se tornar isoladamente o poderoso chefão do pedaço.
Comentários: Que porra é isso? Impossível não assistir este filme e não soltar a frase dita por um dos personagens que se depara com uma suruba das bravas no filme Cidade de Deus. Antes disso, quando vi a capa do filme e os destaques no elenco, veio logo em mente o título desta postagem. Afinal, temos Steven Seagal um cara que até fez alguns bons filmes no comecinho da carreira, mas, depois declinou, fazendo uma merda atrás da outra, sem parar, e dois eternos coadjuvantes, Ving Rhames (que atuou nos três primeiros Missão Impossível) e Danny Trejo ("muso" do primo, o diretor Robert Rodriguez, que depois de vários filmes, lhe deu a chance de protagonizar nos dois em Machetee Machete Mata).
O resultado é pior do que imaginado, já que o filme tem um péssimo roteiro, uma colcha de retalhos muito mal elaborada, que tenta, em vão, encaixar os três nomes conhecidos, quando na verdade quem tem o personagem um pouquinho (e bote pouquinho nisso!) mais bem elaborado é justamente do ilustre desconhecido Bren Foster. Nada funciona nesta merda que só queima ainda mais a carreira dos envolvidos. Mais uma vez o chupeta de baleia Seagal, claramente dominado pela preguiça, prova que quantidade não é qualidade. Até quando a falta de bom senso dele vai prevalecer e as péssimas escolhas permanecer? Sugestão pelos velhos tempos: aposentadoria já!
Elenco: Charles Bronson, Lisa Eilbacher, Andrew Stevens, Gene Davis, Geoffrey Lewis, Kelly Preston, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).
Cotação:
Nota:8,0.
Sinopse: Um taradão frio e perversamente calculista (Davis) ataca peladão mulheres, matando sem dó, nem piedade, mocinhas indefesas, principalmente, aquelas que lhe deram um toco. Uma das vítimas é amiga de longa datas de Laurie (Eilbacher), filha do policial Leo Kessley (Bronson), responsável pelo caso, junto com seu parceiro novato (Stevens). De cara, Kessley saca que o cara tem culpa no cartório, mas, sem provas, é obrigado a soltá-lo. Só que o taradão, ao invés de baixar o facho, inventa de escolher como a próxima vítima justamente a filha de Kessley, que se antes já tinha motivos para ferrar com ele, agora a porra ficou ainda mais séria.
Comentários: J. Lee Thompson (01/10/1914 - 30/08/2002) e Charles Bronson (03/11/1921 - 30/08/2003) fizeram um parceria que renderam nove filmes¹, iniciada em 1976 com Cinco Dias de Conspiração, encerrada em 1989 com Kinjite - Desejos Proibidos², aquele filme que traz a inesquecível cena que Bronson usa um consolo para botar pra foder em cima de um político pedófilo. Provavelmente, a quarta parceria, a primeira pela produtora oitentista Cannon, este clássico dos bons e saudosos tempos da sessão televisiva Domingo Maior, seja o filme mais conhecido da dupla e, na minha humilde opinião, o melhor filme da parceira ao lado de Kinjite, outro filme que fala sobre perversão sexual. Ao contrário da maioria dos filmes da dupla, principalmente na fase Cannon, 10 Minutos para Morrer é um ótimo filme policial, na dosagem certa de suspense, apesar de contar com alguns furos patético e ser um pouco arrastado.
Quem espera ver um Bronson como Rambo geriátrico dos seus filmes posteriores a este vai se frustrar bastante, pois, seu personagem aqui usa a cabeça e não uma bazuca. Em compensação, somos brindados com uma boa e convincente atuação do saudoso astro, fato raro em boa parte de sua filmografia após este filme. Em síntese, outro clássico oitentista muito bom que, infeliz e absurdamente, anda pegando poeira nos porões das emissoras televisivas do nosso país. Pelo menos, foi lançado em DVD, portanto, vale a pena ser descoberto.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Encoxada fatal.
Taradão peladão mete... o terror e a faca em suas vítimas.
Bronson como o durão policial Leo Kessley.
Espantosamente, no seu primeiro filme pela Cannon,
saudoso astro dar apenas um único tiro.
Clássico dos bons e saudosos tempos do Domingo Maior
está disponível em DVD.
Trailer.
1. Confira os comentários de outros filmes da parceria Bronson e Thompson: