sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

BONS FILMES NA MADRUGADA.

Algumas semanas atrás comentei que as madrugadas durante a semana estão mais interessantes na TV aberta para nós cinéfilos com a exibição de ótimos filmes na toda poderosa Rede Globo. Fazendo jus ou não ao seu nome, o fato é que o Festival de Sucessos, nas últimas semanas, vem exibindo bons filmes, alguns sumidos da programação, outros nem tanto. Nos primeiros dias do ano não foi diferente. Confira agora os filmes que pintaram e o que está programado a ser exibido mais tarde na sessão e tire suas próprias conclusões sobre o bom nível (ou não, já que gosto não se discute) dos filmes que estão pintando na madrugada.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Cruzeiro das Loucas (Boat Trip).
Produção hollywoodiana de 2002.

Direção: Mort Nathan.

Elenco: Cuba Gooding Jr., Horatio Sanz, Roger Moore, Roselyn Sanchez, Vivica A. Fox, Will Ferrell, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.  

Sinopse: Tentando animar Jerry (Gooding Jr.), que acaba de levar um fora de sua noiva (Fox), seu melhor amigo Nick (Sanz) o convence dos dois fazerem um cruzeiro e sair pegando geral a mulherada. Só que ao chegar a agência, Nick arenga com um dos funcionários e o coleguinha deste se dói, e acaba colocando os dois num cruzeiro gay. Achando que iriam pegar a mulherada, Jerry e Nick só percebem a roubada GLS que se meteram em alto mar ao constatar que o navio está cheio de viados.

Comentários: Começar um ano novo na gargalhada é bom demais. Em plena noite de reveillon a toda poderosa exibe está comédia, malhada por muitos, mas, que particularmente, gosto bastante e acho muito engraçada, caindo na gargalhada toda vez que assisto. Com um roteiro simples, típico de uma pornochanchada hollywoodiana, o resultado final é uma comédia engraçadíssima, bem acim dos padrões atuais e de quebra, para nós marmanjos, ainda enche os nossos olhos com a belíssima Roselyn Sanchez, pagando peitinhos praticamente durante todo filme usando uma  blusa branca transparente. O oscarizado e menosprezado ótimo ator Gooding Jr. está ótimo, mais uma vez se saindo bem na comédia. Mas, quem rouba a cena é o eterno 007 Roger Moore, hilário como uma bicha velha e debochada, com tiradas engraçadas. Malhadíssimo pela crítica e pelos cinéfilos de variados gosto, para mim, é uma das melhores comédias produzidas nos últimos anos por Hollywood. 




Máfia no Divã (Analyze This).
Produção hollywoodiana de 1999.

Direção: Harold Ramis.

Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Richard Castellano, Chaz Palminteri, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (TNT e Warner) e aberta (SBT e Globo).

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: O poderoso e perigoso chefão Paul Vitti (De Niro) está sentindo dores fortes no coração. Num dos seus servicinhos ele tem um piripaque, mas, acaba descobrindo que na verdade está tendo ataque de pânico devido a carga excessiva de estresse. Para ser curado e evitar que se espalhe a fama de frouxo antes de uma importantíssima reunião com outros chefões da máfia italiana, Paul resolve procura o terapeuta familiar Ben Sobel (Crystal), que se mete numa roubada e tanto,já que Paul não lhe dará descanso.

Comentários: De Niro é um dos melhores atores da sua geração, que marcou a história da sétima arte com diversos personagens, em variados gêneros. Mas, seu papel de mafioso em filmes como O Poderoso Chefão 2,  Os Intocáveis e Os Bons Companheiros tornou-se praticamente sua marca ícone, praticamente, e sem medo de exagerar, como o vagabundo Carlitos é para Chaplin. Aproveitando isso, De Niro brincou com essa imagem, emprestando seu talento e seu jeitão de mafioso em várias comédias, uma delas neste divertido filme, escrito e dirigido pelo mestre do gênero, Harold Ramis (o Egon de Os Caças-Fantasmas, que também roteirizou), que conta com um bom roteiro e um ótimo entrosamento entre De Niro e Crystal, sendo que o primeiro consegue a proeza de roubar a  cena do talentoso comediante. Em síntese, uma comédia simples, bobinha, mas, que garante boa diversão.




Rei Arthur (King Arthur).
Produção hollywoodiana de 2004.

Direção: Antoine Fuqua.

Elenco: Clive Owen, Keira Knightley, Ioan Gruffudd, Stephen Dillane, Stellan Skasgard, Hugh Dancy, Ray Winstone, Mads Mikkelsen, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) e na TV aberta (Globo).

Cotação

Nota: 6,5.  

Sinopse: Por volta dos anos 300 e cacetada, Arthur (Owen), é um oficial fiel a Roma que lidera seu exército, formado por locais não romanos, de forma igualitária e democrática, atuando na Britânia. Após quinze anos de incontáveis batalhas, finalmente, o grupo receberá a merecida baixa por serviços prestados e Arthur poderá voltar a Roma. Mas, os planos dele e seu grupo terão que ser adiados quando recebem uma última missão de resgatar uma família de nobres que está prestes a ser atacada pelo terrível e cruel exército dos saxões. Uma missão perigosa, que mudará para sempre os planos de Arthur.

Comentários: A lenda do Rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda já ganhou inúmeras versões para as telonas, como A Espada Era a Lei, clássica animação da Disney, Excalibur, Lancelot - O Primeiro Cavaleiro, entre tantas outras. Com uma proposta de trazer inovações supostamente mais realistas (no começo do filme fala-se de descobertas dos historiadores e blá, blá, blá, numa tentativa frustrada de passar veracidade), esta produção do começo dos anos 2000, dirigida  tem justamente como ponto fraco estas tais inovações. A nova proposta acaba sendo um tiro pela culatra, graças ao roteiro regular, quebrando com tudo que já foi propagado este  tempo  todo sobre a tal lenda. O resultado só não é mais desastroso porque as cenas de batalha salvam o filme de um completo desastre. Em síntese, um épico de aventura satisfatório e nada mais do que isso.  Um dos filmes mais fracos do diretor dos fodásticos Dia de Treinamento, Lágrimas do Sol e Invasão a Casa Branca.



Turbulência (Turbulence).
Produção hollywoodiana de 1997.

Direção: Robert Butler.

Elenco: Ray Liotta, Lauren Holly, Hector Elizondo, Ben Cross, Catherine Hicks, Rachel Ticotin, Brendan Gleeson, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS).

Cotação

Nota: 10,0.  

Sinopse: Na véspera do Natal, Ryan Weaver (Liotta), um perigoso serial killer, é colocado num voo comercial junto com outro meliante que vai de Los Angeles a Nova Iorque. É justamente este último que, em pleno voo, acaba se soltando, mas, Ryan banca o bom samaritano e detona com o bandidão. A partir daí, o serial killer toma conta do avião tocando terror aos tripulantes e pouquíssimos passageiros a bordo, que ainda terão que encarar uma bravíssima turbulência decorrente de uma forte tempestade por onde passarão.

Comentários: Encerrando com chave de ouro os primeiros dias do ano, está programado para a sessão da madrugada da Globo este excepcional suspense, que prende a nossa atenção e nos envolve do começo ao fim. Com um excelente roteiro e efeitos especiais convincentes, o filme ainda conta com uma raríssima excelente atuação de Liotta, assustador, como o vilão porra-louca do filme. Trata-se de um filmaço de primeira que é mais um que, infelizmente, anda sumidão das programações das TVs brasileiras. Curiosamente, ganhou duas continuações, todas, obviamente, inferiores a este filmaço asfixiante. Vale a pena dormir mais tarde e conferir, mesmo na versão dublada.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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