sexta-feira, 25 de março de 2011

INVASÃO DO MUNDO, MAIS UMA VEZ.

Filmes.
Invasão do Mundo, mais uma vez.

Na ficção, em especial na sétima arte, o planeta favorito para ser invadido por extra-terrestres é o nosso. E deste, o país  campeão absoluto de invasões , o principal alvo de ataque e, consequentemente, o salvador mundial, servindo de exemplo aos demais países a derrotarem os invasores inter-galáticos são os Estados Unidos. Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, que eu conferi na segunda passada na tela do Cine Maceió 2, é mais um filme a entrar nesta lista.

A história é a de sempre. No dia 12 de agosto deste ano (não me pergunte o porquê da data, pois ninguém sabe explicar), nosso planeta será invadido por extraterrestres, que entrarão disfarçados, pasmen caros internautas, de meteoros. As principais cidades do mundo, inclusive o nosso Rio de Janeiro serão dizimadas, sem explicação. Um grupo de fuzileiros entrará na Los Angeles destruída (e não Nova York ou Washington  como na maioria dos filmes do gênero), para resgatar um pequeno grupo de sobreviventes civis, e de quebra, descobrir ao longo da missão, o ponto fraco e o QG dos toscos ETs, ensinando ao mundo como  se deverá derrotar os invasores. Confira o trailer no final desta postagem.

O diferencial deste novo filme de invasão alienígena,  é o roteiro, sendo o seu ponto forte e ao mesmo tempo fraco. Neste filme, ao contrário da maioria dos gênero, a ação é initerrupta, não dando tempo para explicações, muito menos de aprofundar os personagens. Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles é um ótimo filme de ação/guerra. Isso mesmo galera, não se engane. Invasão do Mundo está mais para Falcão Negro em Perigo do que para Indepedence Day. Desta vez não termos o presidente dos Estados Unidos, muito menos algum cientista (ambos sequer dão as caras neste filme) ou um mero popular desajustado, lutando contra os aliens, mas os militares norte-americanos, que na maioria dos filmes sobre invasão alienígena, são meros coadjuvantes. 

Como disse acima, o ponto fraco e ao mesmo tempo forte é o roteiro. Se, por um lado, termos uma inversão de protagonistas, por outro, somos bombardeados com um festival de clichês bem ao estilo de filmes de guerra, com direito a um sargento traumatizado por perder todo seu pelotão numa outra missão, um soldado que não gosta dele por seu irmão fazer parte daquele tal pelotão, ato heróico suícida, a discurso para levantar a moral  da tropa  quuando está na merda e até mesmo gritinhos de guerra antes de entrar em ação. Em certo ponto,  parece que o filme é mais uma propaganda do tipo "os Estados Unidos têm o melhor exército do mundo, que estão preparados para qualquer ataque supresa", do que um filme de ficção sobre invasão alienígena.

Com o roteiro focado exclusivamente na ação e nas mensagens patrióticas norte-americanas, quem se ferraram nesta Batalha de Los Angeles foram os atores, que ficaram um pouco perdidos nos seus personagens, limitando à atuações medianas e nada mermoráveis. Os protagonistas, todos bons atores mas do segundo escalão hollywoodiano, e os coadjuvantes, ilustres desconhecidos, até se esforçam, mas o roteiro sem aprofundamento dos personagens não ajuda. Aaron Eckhart (o vilão Duas Caras, de Cavaleiro das Trevas), visivelmente é o mais esforçado, tentando tirar leite de pedra. Já  a linda Michelle Rodriguez está fazendo pela "miléssima centéssima octagéssima nona vez", o seu habitual personagem masculinizado de  "Paraíba, masculina, mulher macho, sim senhor!" como em Velozes e Furiosos (1 e 4), SWAT, Avatar, entre tantos outros.  

Em compensação, os efeitos especiais e as empolgantes cenas de ação, são ótimos, tornando o filme acima da média, superando até mesmo outros filmes com o mesmo tema, à exemplo dos remakes  Guerra dos Mundos e O Dia que a terra parou. Mesmo com todos os clichês e situações óbvias, com direto a um final que dar um gancho claro que a batalha só está começando,  impossível não nos pegamos torcendo pelos mocinhos contra os invasores espaciais mais sem graça da história do cinema. O mais incrível é que o filme não se rendeu a moda do 3-D, sendo lançado apenas no formato convencional, causando no espectador uma sensação de inclusão dentro da ação do filme superior a maioria dos filmes em 3-D. Uma prova clara que a velho e bom formato está muito vivo e muito bem, obrigado.

Em síntese, mesmo com suas deficiências, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, é pura diversão clássica, um ótimo filme para assistir no escurinho do cinema, comendo pipoca, tomando refrigerante, torcendo e vibrando pelos mocinhos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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