quarta-feira, 23 de março de 2011

PIADAS VELHAS, RISADAS NOVAS.

Filmes.
Piadas velhas, risadas novas.

No sábado de Zé Pereira, enquanto as estradas estavam entupidas de foliões que só puderam viajar de última hora, fui conferir tranquilamente, na tela do Cine Lumière 2, o lançamento daquele fim de semana, a comédia romântica Esposa de Mentirinha, estrelada pelo simpático Adam Sandler e pela péssima atriz Jennifer Aniston.

O filme inicia com Danny (Sandler) um adolescente feioso tendo uma decepção amorosa quando estava rumando ao altar. Arrassado, o feioso vai a um bar, para tentar amenizar a sua dor, e ao colocar a aliança no dedo, uma linda mulher se aproxima dele. A partir daí, ele descobre que as mulheres se atraem por homem casado, e passa sempre a usar o artifício para pegá-las. Anos depois, ele é um bonitão e bem sucedido cirurgião plástico, mas ainda usando o meu artifício. Até que numa festa, ele encontra a mulher da sua vida, que descobre por acidente a tal aliança, e o então pegador se ver obrigado a mentir, dizendo que está se separando da esposa. A moça insiste em conhecer a suposta esposa, fazendo o carinha solicitar a sua assistente (Aniston), se passar por sua  ex-esposa. E a avalanche de mentiras só aumenta, quando a a tonta da assistente atende por acaso o telefonema dos filhos, culminando numa viagem em família ao Hawaii. (Confira o trailer no final da postagem).

O roteiro é só uma desculpa esfarrapada para um festival de clichês: do relacionamento difícil, de início, com as crianças, que depois tornam-se como pai e filhos, até o óbvio dos amigos se apaixonarem, e o motivo principal de toda mentira, neste caso a loira gostosa, ser deixada de lado. Chato e sem graça, né? Nada disso. Esta é a grande sacada de Esposa de Mentirinha. Mesmo com tanto clichê, o filme é ótimo, muito engraçado mesmo. Eu e o público que estava  na mesma sessão das 16 horas, rimos do começo ao fim desta produção.

O elenco está ótimo. Sandler, faz o mesmo personagem boa gente de sempre, mas ainda provocando risadas. As crianças são tão fofas, como talentosas. mostrando que têm futuro. Aniston, apesar de péssima atriz, supreende, e entra no embalo da diversão, sem prejudicar o produto final, inclusive, até tendo uma certa química com os colegas de cena. Com certeza, seu melhor desempenho. Outra supresa é a excelente atriz Nicole Kidman, num raro papel  coadjuvante e cômico, como uma rival dos tempo de escola da personagem de Aniston. Os demais coadjuvantes cumpre seus respectivos papéis, nos arrancando altas risadas. O legal do filme é que aparentemente todo elenco se divertiu nas filmagens e refletem para o público toda esta alegria.

Com certeza o Hawai é pé quente para Sandler, já que o seu melhor filme, o excepcional Como se fosse a primeira vez, se passa também na belíssima ilha. Esposa de Mentirinha, passa longe de ser melhor que este maravilhoso filme, mas em contrapartida, figura na lista dos seus melhores filmes. Porém, faltou um elemento fundamental de todos os filmes de Sandler: a presença do impagável Rob Schneider, que sempre faz uma ponta (e Sandler, nos filmes estrelados por ele), que desta vez,  não deu as caras. Uma pena, já que as pequenas participações tradicionais sempre são engraçadas e marcantes.

Quem quiser diversão, sem compromisso, e soltar a gargalhada facilmente, recomendo este divertido filme. Se 2010, explodiram as comédias românticas, Esposa de Mentirinha encerra (espero eu), este ciclo, que ao longo do ano tornou-se chato e repetitivo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Brooklyn Decker, a musa inspiradora.
"Eu inventaria uma família por ela".
Faço minhas as palavras de um dos personagens.

Jennifer Aniston e Brooklyn Decker: amigas e rivais.
Advinha qual das duas ficará com Sandler, no final.


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