= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = (Preciso mesmo dizer?).
Produção brasileira de 1953.
Direção: Lima Barreto.
Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Ricardo Campos, Adoniram Barbosa, Neusa Veras, Zé do Norte, entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube).
Sinopse: Numa época onde ainda havia os cangaceiros, o bando comandado pelo Capitão Galdino (Ribeiro), que se autodenominava "Governador do Sertão", tocava o terror no sertão nordestino. Mas, a harmonia do bando acaba sendo abalada quando num dos ataques a uma cidadezinha, Galdino inventa de levar uma professora (Prado) como refém, e seu braço direito no bando, Teodoro (Ruschel) acaba se apaixonando por ela.
Produção brasileira de 1997.
Direção: Anibal Massaini Neto.
Elenco: Paulo Gorgulho, Luiza Tomé, Alexandre Paternost, Ingra Liberato, Jece Valadão, Otávio Augusto, Jofre Soares, Dominguinhos, Claudio Mamberti, Agnaldo Lopes, Paulo Borges, Aldo Bueno, Kristhel Byancco, Lamartine Ferreira, Jonas Mello, Cleo Farias, Manfredo Bahia, João Ferreira, Nilza Monteiro, Sebastião Alves, Tom do Cajueiro, Othon Bastos, entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube).
Sinopse: Refilmagem do clássico O Cangaceiro de Lima Barreto. Nos dias de hoje, um dos últimos cangaceiros ainda vivo (Soares), relata ao filho (Bastos) da cangaceira Maria Bonita (Tomé), suas experiências no bando comandado pelo marido dela, o temível Capitão Galdino (Gorgulho), onde entrou ainda criança (Cajueiro), e como a decisão daquele de raptar uma mocinha da elite (Liberato) acabou sendo o pivô de uma grande intriga dentro do bando.
Comentários: Mais do que o filme que inaugurou no nosso cinema nacional o gênero "Cangaço", que foi por muito tempo o nosso faroeste, levando milhões ao cinema, O Cangaceiro foi o primeiro fenômeno nacional de proporções mundiais, fazendo bonito nas telonas do mundo inteiro. E merecidamente, já que o filme dirigido escrito e dirigido pelo saudoso Lima Barreto, e que conta com os diálogos escritos pela mestra Rachel de Queiroz, temos aqui uma verdadeira obra-prima da sétima arte, que mescla vários gêneros de forma criativa, nos envolvendo e provocando em nós os mais diversos sentimentos. É bem verdade que possui alguns furos, incoerências e conveniências, assim como a total falta de sotaque nordestino. Mas, todos problemas perdoáveis, diante da grandiosidade desta obra-prima que traz excelentes atuações (com destaque para o saudoso Milton Ribeiro, que como Capitão Galdino põe medo até no próprio Lampião), uma parte técnica impecável, e como cereja do bolo a trilha, em especial, a clássica Mulher Rendeira. Merecidamente, considerada a melhor produção da saudosa Vera Cruz e na lista dos 100 melhores filmes nacionais de todos os tempos, uma obra-prima que precisa ser descoberta, vista e revista infinitas vezes. Cotação: / Nota: 9,5.
Curiosamente, O Cangaceiro ganhou um desnecessário remake noventista, no comecinho da retomada do nosso cinema nacional, que surpreende por ser melhor que o esperado. Contando com um bom roteiro que apara várias aresta do clássico, e traz algumas novidades, principalmente, no aprofundamento da personagem Maria Bonita, e de quebra, ainda traz o sotaque nordestino ausente naquele (justamente o intérprete do Teodoro, o fraco Alexandre Paternost, que força a barra em alguns momentos, sem êxito). Mesmo trazendo essas melhorias, pesa o fato de ser um remake de uma obra-prima tão insuperável, sendo ofuscado por este, algo que, inclusive, é claramente percebível que os realizadores saberia que iria acontece, e por isso mesmo, em momento nenhum tenta ser superior. Encarando como um homenagem e tentando evitar as inevitáveis comparações com o original, encontrará aqui um bom filme nacional. Cotação: / Nota: 6,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Cinéfilo alagoano.
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