sexta-feira, 24 de setembro de 2021

ESCANCARANDO A HIPOCRISIA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Uma Pistola para Djeca (creditado: Uma Pistola p'ra D' Jeca).
Produção brasileira de 1969.

Direção: Ary Fernandes.

Elenco: Mazzaropi, Patricia Mayo, Yaratan Lauletta, Zaira Cavalcanti, Wanda Marchetti, Elizabeth Hartman, Linda Fernandes, Nena Viana, Paulete Bonelli, Cleuza Marim, Francisco Gomes, José Velloni, Augusto C. Ribeiro, Nhô Tide, Durvalino Sousa, Rogério Camera, Paulo Bonelli, Toni Vieira, Milton Pereira (não creditado), entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (YouTube) em 16 de setembro de 2021.

Sinopse
: Nos tempos do Brasil Imperial numa pequena vila do interior, Gumercindo (Mazzaropi) é um humilde caboclo que vive com sua filha (Mayo) e neto (Pereira) encarando as várias adversidades da vida. E tudo piora quando o poderoso fazendeiro Coronel Arnaldo (Câmara) se sentido ameaçado por um segredo que envolve um terrível crime cometido pelo filho (Vieira), que Gumercindo e sua filha guardam por oito anos, resolve fazer pressão para que eles partam da vila.

Comentários
: Não se engane com o título. Uma Pistola para Djeca não é uma paródia aos clássicos do western Django e Uma Pistola para Ringo. Além de talentoso artista, Mazzaropi era um visionário empresário do ramo de cinema, sempre atento ao que fazia sucesso na época, e por isso mesmo, de vez em quando sapecava um título que remetesse a eles. Sabendo disso, evitando assim a frustração, com certeza terá aqui um boa comédia dramática, que funciona muito mais como drama, já que as piadas são totalmente sem graça, mas, em compensação, somos presenteados com uma das melhores atuações dramáticas do Mazza. 

Com um bom roteiro, que tem uma trama cativante, simples e envolvente, escancara a hipocrisia de poderosos endinheirados que posavam de bons cristão mas eram verdadeiros diabos (até hoje, não entendo como uma das críticas dos haters aos filmes do Mazza era que não tocavam em questões sociais), com os costumeiros furos e incoerências consideravelmente em menor escala, a ponto de não comprometer. O resultado é um emocionante filme, ligeiramente acima da média das produções do impagável humorista, principalmente, os da sua produtora PAM Filmes, mesmo não sendo engraçado. 
CotaçãoNota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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