quarta-feira, 19 de agosto de 2020

RECORDAR É REVER: TIETA DO AGRESTE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Tieta do Agreste.
Produção brasileira, britânica e francesa de 1996.

Direção: Carlos Diegues.

Elenco: Sonia Braga, Marília Pêra, Chico Anysio, Claudia Abreu, Zezé Motta, Jece Valadão, Leon Goés, Patrícia França, Heitor Martinez Mello, Noélia Montanhas, Débora Adorno, Caco Monteiro, João Phellippe, André Valle, Frank Menezes, Jorge Amado, Daniel Filho (não creditado), entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi Maceió, na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube).

Sinopse: Adaptação da obra homônima do escritor Jorge Amado. Expulsa de casa pelo pai (Anysio) quando só tinha dezessete anos, Tieta (França) cai no mundo, indo parar em São Paulo, onde após muita luta, acaba se dando bem, a ponto de mandar todo mês dinheiro para a família em Santana do Ageste. Após vinte e seis anos, Tieta (Braga) volta a cidadezinha com sua enteada (Abreu). Enquanto esta acaba se envolvendo com Ascânio (Góes), idealista secretário da prefeitura, Tieta acaba se envolvendo com Ricardo (Mello), seu sobrinho, filho da sua irmã, Perpétua (Pêra).

Comentários: No comecinho da segunda metade do anos 1990, o alagoano Carlos Diegues encarou o desafio de levar para as telonas esta adaptação do livro do saudoso Jorge Amado. Não que a obra seja complexa e de difícil adaptação, mas, o desafio é justamente por apenas seis anos antes, a mesma obra tinha sido adaptada com enorme sucesso na telinha, numa divertidíssima e excelente novela da Globo. E realmente, é uma puta sacanagem comparar as duas adaptações, até longo tempo de uma novela favorecer bastante no aprofundamento da trama e dos personagens. Felizmente, Diegues, provavelmente incentivado pela protagonista Sonia Braga, produtora e entusiasta do projeto, e não fez feio.

Contando com um elenco estrelar, encabeçado por Braga, que mais uma vez dar vida a um personagem de Amado nas telonas,  Diegues exerce toda sua competência e entrega um bom filme, com roteiro satisfatório escrito por ele, em parceria com o saudoso escritor João Ubaldo Ribeiro e o autor de novela Antônio Calmon. Pode não ser o melhor trabalho do diretor, nem mesmo um filme memorável, mas, não é nenhuma tranqueira, e até diverte em alguns momentos. Cotação / Nota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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