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Milagres do Paraíso (Miracles From Heaven).
Produção estadunidense de 2016.
Direção: Patricia Riggen.
Elenco: Jennifer Garner, Kylie Rogers, Martin Henderson, Queen Latifah, Brighton Sharbino, Courtney Fansler, John Carroll Lynch, Bruce Altman, Eugenio Derbez, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Cinesystem Maceió em 25 de abril de 2016.
Cotação:
Nota:9,0.
Sinopse: Baseado em fatos ocorridos com a família Beam, que viu a rotina feliz ser interrompida por uma doença incurável no aparelho digestivo da filha caçula, Annabel (Rogers). Cristãos convictos, o fato acaba mexendo com sua fé, da mãe, Christy (Garner), que aproveita uma derrapada de alguns fiéis, como uma desculpa para não ir a igreja. Após o tratamento, sem nenhuma chance de cura, num dia em casa brincando com uma das irmãs (Sharbino), Annabel acaba sofrendo um acidente, caindo de um árvore. Inexplicavelmente, a menina tem seu problema de saúde após a queda, o que intriga os médicos, e reaviva a fé abalada da família.
Comentários: Quando digo que 2016 não é somente o ano dos filmes de super-heróis nos cinemas, mas, também, dos filmes gospeis, não estou exagerando. Baseados em fatos, Milagres do Paraíso é o quarto filme do sub-gênero, lançado nos cinemas brasileiros no curtíssimo período de um mês. O filme pega pesado na dramaticidade do começo ao fim, feito sob medida para arrancar lágrimas até de Chuck Norris, com roteiro satisfatório, recheado de momentos dramalhões impactantes, acompanhado de um trilha funcional, feita exatamente para esse fim. Como filme do gênero drama, exagera na dose, e acaba saindo um dramalhão a la novela mexicana, daqueles que são exibidos exaustivamente na atual fase decadente da Sessão da Tarde. Mas, em compensação, o filme é perfeito para o sub-gênero gospel, ditando algumas regras importantíssimas, que deveria se seguida, mas, que infelizmente, não seguem: Não há o típico maniqueísmo, nem súbitas conversões, nem o Deus milagreiro que enche o fiel de bens materiais. Nem sequer há uma citação desnecessária de um versículo bíblico (aliás, não há nenhuma citação), mas, a mensagem de fé é passada de forma clara, objetiva, sem blá, blá, blá. O resultado é um filme gospel consideravelmente bem acima da média, que emociona, cativa, envolve, diverte e provoca risadas em alguns momentos, principalmente, com a pequena participação de Queen Latifah, que entra na hora certa para que o público dê um tempo no chororô. Os mais emotivos levem um estoque de lenço. Uma agradabilíssima surpresa. Vale a pena conferir, principalmente, para dá uma revigorada na fé.
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