segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

RECORDAR É REVER: GREMLINS.

Na dosagem certa, clássico oitentista do sub-gênero terrir, nos assusta e ao mesmo tempo nos leva as gargalhadas facéis.
 
Final de domingo me faz lembrar da saudosa Sessão das Dez exibida no SBT. Bons tempos onde após o dia inteiro do Programa do Silvio Santos, éramos presenteados com ótimos filmes, e ainda, que eram reprisados logo após sua exibição normal. Nesta época natalina, um filme fora das convencionais comédias famíliares sempre pintava na telina da emissora do sorridente e carismático apresentador: Gremlins, clássico oitentista do sub-gênero terrir, que misturava terror com comédia, dirigido pelo competente e atualmente sumidíssimo Joe Dante, e produzido por ninguém menos que o meste Steven Spielberg. O roteiro muito bem escrito, trazia um enredo simples, mas, que dosava perfeitamente os sustos e as gargalhadas que nos proporciona. O atrapalhado inventor Rand Peltzer (Hoyt Axton) traz de presente de natal para o seu filho Billy (Zach Galligan) um Mogwai, um bichinho raro bonitinho e fofinho, comprado de forma não-oficial numa misteriosa loja em Chinatown.  O bichinho recebe o nome de Gizmo e com ele vem junto apenas três instruções: não colocá-lo diante da luz forte, nunca molhá-lo e, principalmente, não alimentá-lo após a meia-noite. Evidente que para fuder tudo e o enredo do filme desenrolar, as regras são quebradas e a pequena cidade é atacada por um batalhão dos asquerosos e terríveis criaturas. Filmaço excepcional, que, infelizmente, anda sumidíssimo das telinhas brasileiras. Disparado, o melhor filme do sub-gênero terrir de todos os tempos. Nota 10,0.
 
O filme fez um enorme sucesso, gerando várias imitações (a mais conhecida por aqui, a quadrilogia Criaturas), e em 1990, o inevitável aconteceu, e Dante e boa parte do elenco principal voltam em Gremlins 2: A Nova Geração (não me pergunte porque no cartaz está escrito o tosco sub-título A Nova Turma, pois não faço a mínima ideia). Após exatos cinco anos dos fatos ocorridos no primeiro filme, os pombinhos Billy e Kate (a lindíssima Phoebe Cates, outra musa da minha infância e adolescência, fora das telonas, porque, absurdamente, seu marido, o também ator Kevin Kline a proibiu de atuar) estão em Nova York, trabalhando no moderníssimo prédio das empresas do milionário Daniel Clamp (John Glover, o Lionel Luthor da série Smallville, num personagem que descaradamente satiriza Donald Trump). Com a morte do velho chinês, seu proprietário, o fofinho Gizmo vai parar no laboratório do prédio, e acaba sendo descoberto por Billy, que o resgata e o esconde. Como já era de se esperar, Gizmo mais uma vez é molhado acidentalmente, e posteriormente, as outras duas regras são quebradas, e novas espécies dos monstrinhos surgem, e passam aterrorizar o imenso complexo. Não chega a ser um péssimo filme, muito pelo contrário, já trata-se de uma  ótima continuação. O problema foi errarem feio na dosagem, onde o humor supera o terror, transformando o filme praticamente numa comédia rasgada, ao invés de um ótimo terrir. Apesar disso, Gremlins 2 é um ótimo filme, que encerra a curta, mas inesquecível trajetória de Gizmo e companhia nas telonas. Nota 7,5.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 
 
 
O fofinho e inesquecível Gizmo.
Quem diria que uma criaturinha tão bonitinha poderia gerar
criaturas tão horríveis e perigosas.
 
 
Recebendo o "carinho natalino" de um dos seus "filhos".
 
 
Gizmo em clima natalino.
 
 
Capa do DVD do primeiro filme.
Difícil de ser encontrado.
 
 
Capa do DVD do segundo filme,
ainda mais raro de ser encontrado.
 
Trailer do filmaço Gremlins.
 
Trailer de Gremlins 2: A Nova Geração.

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