quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A MELHOR SESSÃO DUPLA DO ANO.

Dois filmaços excepcionais são responsáveis por uma ida agradabilíssima ao cinema.
Depois da fraquíssima sessão dupla encarada por este blogueiro no começo deste mês, uma sessão dupla de deixar qualquer cinéfilo feliz da vida, fazendo até esquecer a contrariedade que teve em encarar uma fila longa  e lentíssima para comprar o indispensável combo formado por pipoca e refrigerante, que fez este cinéfilo perder os primeiros minutos de exibição dos primeiros. Um ponto negativo que, mesmo superado por dois excelentes filmes, deve ser salientado para que a direção do Complexo Kinoplex  Maceió tenha mais  respeito e atenção pelos seus clientes, e, neste período de férias escolares, contrate mais funcionários para agilizar no atendimento. Contrariedade à parte e protesto devidamente registrado, vamos falar do que é interessa, que é justamente dos filmaços que fizeram a melhor sessão dupla do ano.
Depois do calvário só para comprar um lanchinho, entrei na sala 3 do citado complexo de cinemas para conferir em 3D As Aventuras de Pi, baseado num best seller de grande sucesso e dirigido por Ang Lee, que apesar de ser bajuladísimo pela crítica após seu estouro com o interessante O Tigre e o Dragão, é um cara imprevisível, igualmente aos seus colegas de batutas Joel Schumacher e John G. Avildsen. Afinal, tirando o citado filme de artes marciais indicado, a filmografia do cara inclui a decepcionante adaptação dos quadrinhos Hulk, e filmes bundas que a crítica, os membros da Academia e os cinéfilos com gosto mais refinados adoram como Razão e Sensibilidade e o lixo boiola O Segredo de Brokeback Mountain, que, inexplicavelmente ganhou o Oscar de Melhor Filme. Mas, em seu novo filme, finalmente, o diretor acertou em cheio, nos presenteando com um filmaço envolvente e  emocionante, que conta a história do personagem título, que quando adolescente sofre um naufrágio e fica perambulando à deriva no meio do Oceano Pacífico, tendo a companhia de um feroz tigre de bengala. Com um roteiro muito bem escrito, que além de dosar aventura, drama e uma pitadinha de suspense nos dar belíssimas mensagens de fé em Deus, atuações inspiradíssimas de um elenco desconhecido, mas afiadísismo, e, principalmente, efeitos especiais de última geração, que em 3D encantam e nos trazem para dentro da história (o cenário e, principalmente, o tigre de bengala criado em computador impressionam pelo realismo incomparável), As Aventuras de Pi é disparado o melhor filme do diretor. Uma obra-prima que, merecidamente, tem tudo para ser indicada a várias estatuetas, incluindo Melhor Filme. Nota 10,0.


 

 


Após um pequeno intervalo de vinte minutos, tempo suficiente para comprar meu lanche, desta vez na Subway, foi a vez de entrar na sala 4 para assistir o tão esperado Argo, escrito e dirigido por Ben Affleck, que chega a Maceió com quase dois meses de atraso e apenas numa única sessão, às 20:50. Um absurdo, já que trata-se de um filmaço exepcional que é aposta certa de figura entre os indicados ao Oscar do próximo ano. Não sei se a direção do Complexo Kinoplex ou alguém ligada a ele costuma navegar na internet e ler as opiniões dos cinéfilos alagoanos, mas, deixo a sugestão de abrir novas sessões do filme, pois é claro que uma sessão e num horário tão inconveniente para alguns não dar conta do público para o filme. A sessão de hoje que acabei de marcar presença estava lotadíssima e a satisfação do público com este filmaço, vai com certeza repecutir e atrair mais pessoas. Dirigido e esrelado por Ben Affleck, o filme é baseado em fatos reais, mostra o resgate mirabolante e arriscadísismo, de seis estadunienses que escaparam da invasão da embaixada do país no Irã, e se refugiaram na casa do embaixador do Canadá. Com o passar dos dias, e prestes a serem descobertos, as autoridades precisam tirar urgentemente os seis compatriotas da panela de pressão que se tornou o Irã. Várias ideias absurdas e ridículas de resgatá-los, entre elas, a proposta pelo especialista em exfiltrações Tony Mendez (Affleck), onde ele e os seis reféns se passarão por membros de uma equipe de filmagem de uma produção a la Star Wars, que busca no Irão locações. Para a farsa ficar ainda mais convicente, Mendez conta com a valios ajuda do produtor Lester Siegel (Alan Arkin) e do maquiador John Chambers (John Goodman), que armam direitinho como se a produção fosse mesmo sair do papel.

Affleck está cada vez mais surpreendendo, deixando de ser o canastrão de outrora, tornando-se não somente um ótimo ator, como também um excelente diretor. Argo é um filmaço de primeira, que prende a atenção e nos faz suar frio e torcer pela missão quase impossível, graças ao excelente roteiro, um elenco com excelentes interpretações, e, a direção precisa de Affleck. Ah, e não tenha pressa de sair do cinema, pois no começo dos créditos finais, mostram imagens reais dos reféns e de fatos mostrados no filme, com direito a voz do presidente da época, Jimmy Carter. Merecidamente as apostas feitas para brilhar no Oscar. Imperdível. Nota 10,0


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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