quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MAIS UMA PIRRALHA ENCAPETADA.

Com alguns poucos sustos e um climão acima da média atual, Possessão é mais um filminho que tenta pegar carona no sucesso do clássico O Exorcista.
 
Já está ficando chato e rotineiro até para mim, começar a escrever uma postagem comentando algum filme de terror recente afirmando que não fazem mais filmes de terror como antigamente. Mas, infelizmente, é a mais pura verdade, já que, com algumas raríssimas excerções, as produções atuais do gêneros provocam no público mais gargalhadas do que assustam. E não falo daquelas propositais e gostosas, seguidas de um bom susto, provocadas pelas divertidas produções do sub-gênero terrir, mas, de serem produções com roteiros tão previsíveis, que enquanto elas estão indo catar o feijão, nós estamos voltando com a feijoada no bucho, de tão a frente que estamos. Possessão, lançamento do último fim de semana que eu conferi na tarde de ontem na sala 2 do Complexo Kinoplex Maceió, é mais um filminho do gênero que traz pela miléssima e infinita vez uma criança possuída por algum capeta.
 
Supostamente baseado em fatos reais (difícil de acreditar tanto pelo roteiro tão previsível quanto pela atual moda de filminhos de terror sendo divulgados como se fossem materiais reais, a la Atividade Paranormal e similares), desta vez a vítima é a pirralha Em (Natasha Calis), que junto com sua irmã, fica zanzando entre a casa do pai Clyde (Jeffrey Dean Morgan) e da mãe Stephanie (Kyra Sedgwick). Numa dessas idas e vindas,  o pai e suas filhotas param num bazar, e a pirralha se encanta e acaba comprando uma tosca caixa, sem saber que dentro dela tem uma entidade maléfica judaíca que ama incorporar na pirralhada.
 
Produzido por Sam Raimi, diretor da primeira trilogia original do Homem-Aranha, e que nos anos 80, tinha nos presenteado com divertidas e loucas produções do gênero como A Morte do Demônio e sua continuação Uma Noite Alucinante, o filme até que tem um certo climão, bem acima das produções atuais, assustando levemente em alguns momentos mas, acaba se perdendo na lentidão e na já citada previsibilidade.  Apesar de ser consideravelmente entediante,  e ser infinatamente inferior a outras produções do tema, como o clássico O Exorcista e o mais recente O Exorcismo de Emilly Rose, Possessão é um filme bem realizado, com atuações regulares e que consegue dar alguns sustos. Nota 4,0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
 

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