Com elementos dos clássicos, vigéssimo terceiro filme da série é o melhor filme do espião estrelado Craig.
Cinquenta anos depois de sua estreia nas telonas em 007 Contra o Satânico Dr. No, Bond, James Bond, continua firme e forte, mesmo tendo que se renovar e adaptar aos novos tempos pós-guerra fria. 007 - Operação Skyfall, novíssimo filme da franquia, o vigéssimo terceiro, sendo o terceiro estrelado pelo saradão Daniel Craig, que eu conferi na tarde de ontem na sala 3 do Complexo Kinoplex Maceió, é uma prova disso. Todos os elementos da atual fase do personagem, principalmente, o ritmo frenético da ação, estão presentes na nova aventura do espião, assim como consideráveis dosagens de nostalgia, lembrando rapidamente os bons tempos que Bond era vivido e imortalizado por Sean Connery. Um filme feito cuidadosamente para agradar todos os fãs, os saudosistas e os da nova geração, acostumados com um Bond a la Bourne.
Em sua nova missão nas telonas, logo de cara Bond encara uma perseguição alucinante e surreal pelas ruas da a fim de recuperar um HD contendo informações dos espiões da OTAN que estão infiltrados em grupos criminosos mundo a fora. A perseguição acaba desastrosa, com Bond sendo atingido pela agente Eve (Naomi Harris), por ordem de M (Judi Dench). Dado como morto, Bond aproveita para curtir sua aposentadoria, enchendo a cara e fazendo o que sabe fazer de melhor além de detornar a bandidagem, que é dar uns pegas numas gostosas. Mas, quando a sede do M16 sofre um ataque terrorista, Bond volta a Londres e se reapresenta para servir o seu país. Mesmo não estando apto a voltar a campo, já que levou tromba em todos os testes, M dar a missão para ele, que acaba descobrindo que o responsável pelos ataques é o psicótico Silva (Javier Bardem), um ex-agente puto da vida com M, louquinho de pedra para acertar as contas com ela.
Com um roteiro muito bem escrito, um dos melhores dos últimos anos do personagem, dosando perfeitamente ação frenética, humor e pitadas na medida certa do bom e velho Bond, 007 - Operação Skyfall é um filmaço de primeira que, se não é o melhor da franquia, é disparado o melhor estrelado por Craig que, finalmente, conseguiu convencer como o agente secreto mais famoso do mundo. Destaque também para excelente Dench, que está bem mais à vontade na personagem e desta vez mais envolvida na trama. Ralph Fiennes também está ótimo, estreando com o pé direito na franquia. Mas, sem sombra de dúvida quem rouba a cena, dando um espertáculo de atuação, é Javier Bardem como o psicótico vilão, a la Coringa do saudoso Heath Ledger. O cara demora cerca de uma hora para aparecer em cena, mas, compensa com uma atuação explêndida, entrando de cara na seleta galeria dos vilões mais memoráveis da franquia 007. Não será surpresa nenhuma, e até merecidamente, uma indicação ao Oscar e outros prêmios.
Dirigido por Sam Mendes, vencedor do Oscar pelo chatinho Beleza Americana, 007 - Operação Skyfall é um filme perfeito para comemorar os cinquenta anos do personagem nas telonas, ao mesmo tempo para consolidá-lo ainda mais nas telonas. Feito para agradar os fãs da nova geração, assim como os mais saudosistas, um filmaço a la Bond, que só comprova que o personagem cinquentão está cada vez mais vivo e atual, e que nem tão cedo irá se aposentar. Filmaço imperdível! Nota 10,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Craig como Bond.
Finalmente convencendo no personagem.
Javier Bardem rouba a cena com um vilão psicótico.
Judi Dench ainda mais a vontade como M.
Cartaz original do filme.