quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RECORDAR É REVER: 007 CONTRA A CHANTAGEM ATÔMICA.

Em sua quarta aventura como o agente secreto mais famoso do mundo, Sean Connery esbanja carisma e prova que não é a toa que é considerado o melhor 007.
 
Ainda no clima dos cinquenta anos de James Bond nas telonas e na expectativa do novo filme do agente que estreia na próxima sexta, mais um comentário de uma clássica missão do agente secreto mais famoso do mundo. 007 Contra a Chantagem Atômica, de 1965, é a quarta aventura do agente nas telonas, ainda interpretado por Sean Connery, esbanjando charme e carisma, bem à vontade no personagem, após a estreia em 007 Contra o Satânico Dr. No e os fodásticos Moscou contra 007 e 007 Contra Goldfinger, provando que não é a toa que é considerado como o melhor interprete do agente inglês (como já disse e volto a dizer, particularmente, meu Bond favorito é Roger Moore). Desta vez, Bond tem que lutar contra o tempo para encarar o vilão Emílio Largo (o saudoso Adolfo Celi (1922-1986)), número dois da terrível organização SPECTRE, que roubou duas bombas atômicas e pretende detoná-las nos Estados Unidos.
 
A garotada da nova geração acostumada com o ritmo frenético das missões do agente pós-Era Bosnan e atual Era Craig, pode estranharem de cara o ritmo arrastado e as sequências exageradamente longa não somente deste filme, como também de boa parte dos filmes das antigas do agente. Mas, mesmo com este pequeno defeito, é inegável que nestes filmes o personagem era bem mais charmoso, divertido, fora do comum, com roteiros muito mais bem elaborados e atrativos. 007 Contra a Chantagem Atômica é um bom exemplo desta saudosa e ótima época do personagem. Além das qualidades citadas, o filme tem uma excelente fotografia, sequências submarinas muito bem realizadas que até hoje impressionam e um elenco de peso. A música-tema, na minha opinião, não é das melhores, mas, a trilha é ótima, e dar o pique da missão do espião. E as bond-girls, dispensa comentários, pois são belíssimas, verdadeiros colírios aos olhos, que só reforçam o elenco afiadíssimo, onde Connery e Celi brilham.
 
Curiosamente, 007 Contra a Chantagem Atômica seria o filme de estreia, mas, problemas com um dos autores do livro que se baseia, acabou adiando em três filmes. Em 1983, ganhou um horrível remake, fora da série oficial, Nunca Mais Outra Vez, com Connery retornando ao personagem, de forma patética e mais contragedora que o atentado contra Bond numa geringonça que massageia a espinha no filme original.  A sequência inicial, ao som de uma música horrível e sofrível, já dar ideia do estrago, que só não é maior, por causa do esforço do seu elenco e um razoável roteiro. Uma triste e desnecessária despedida de Connery na pele de Bond, que só vale a pena assistir pelas bond-girls Barbara Carrera (a mocinha de McQuade - O Lobo Solitário) e uma Kim Basinger belíssima, no começo da carreira. Um filme que faz jus ao título. Nunca Mais Outra Vez mesmo. Nota 4,0.
 
Apesar de todos os méritos citados no decorrer desta postagem e contém cenas antológicas e memoráveis do personagem, como a sequência inicial onde Bond foge da bandidagem voando num gadjet, e um dos vilões mais memoráveis da franquia, 007 Contra a Chantagem Atômica não é o melhor filme do fodástico agente secreto da rainha. Mas, dar um banho tanto em cima do remake como em outros filmes da franquia, à exemplo dos mais recentes. Um clássico insuperável, que merece ser descoberto, visto e revisto. Nota 7,5.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 
 
 
Bond quase se fudendo (não como você está pensando).
Uma das cenas e situação mais constrangedoras vivida por Bond.
 
 Capa do VHS.
 
 Capa do DVD, disponível no mercado.
 
 
Trailer de 007 Contra a Chantagem Atômica.
 
 
Trailer do constrangedor remake Nunca Mais Outra Vez.


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