Enquanto o eterno John McLane arrebenta em filmaço de ação, loirinha Elizabeth Olsen estrela mais um filminho de casa mal assombrada.
Aproveitando uma rara segunda-feria de folga, encarei uma sessão dupla de cinema. Em comum, além de serem lançamentos do último final de semana nos cinemas alagoanos (um deles já está em cartaz Brasil a fora desde do penúltimo final de semana de agosto), são produções hollywoodianas que frustram o público no final. Pelo menos uma delas é um filmaço empolgante, com um enredo muito bem escrito e dirigido. Enfim, sem perder tempo, vamos aos comentários.
WILLIS, O NOVO EXTERMINADOR DO FUTURO.
O primeiro filme, que eu conferi no começo da tarde na sala 2 do Complexo Kinoplex Maceió, foi o interessantíssimo Looper - Assassinos do Futuro, estrelado por Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt, que além do protagonismo, dividem também o mesmo personagem, obviamente, em idades diferentes. Com um roteiro muito bem escrito e conduzido maestralmente pelo diretor Rian Johnson, em seu segundo filme na batuta, a trama acontece em 2044, ano em que assassinos conhecidos como Loopers, recebem do futuro, precisamente trinta anos depois, vítimas que o crime organizado de lá deseja eliminar. Joe (Gordon-Levitt, numa excelente atuação pegando todos os trejeitos e expressões faciais de Willis) é um dos Looper mais fodásticos, eliminando com maestrial os presuntos made in future. Até que um belo dia, ele recebe com vítima ele mesmo (Willis, um pouco envelhecido, mas, sem perder o lado durão). Inicia-se então, uma caçada eletrizante e surreal a si próprio, que vem do futuro disposto a eliminar o futuro poderoso chefão criminoso, que em 2044 ainda é criança.
Só pelo resumo acima alguém pode deduzir que Looper seja um filme confuso. Puro engano. Tudo está devidamente explicadinho, sem cansar o espectador, já que a ação não para, graças ao excelente roteiro e a edição eletrizante. O elenco é outro ponto alto do filmaço, que além da ótima atuação de Gordon-Levitt, também um dos produtores, conta também com ótima atuação do pirralho estreante Pierce Gagnon. O único ponto fraco é seu final frustrante ao espectador, porém, coerente e aceitável para o desfecho da trama. Fora este pequeno detalhe, temos um filmaço de ação, criativo, empolgante e envolvente, que entra tranquilamente entre os melhores da longa e cada vez mais crescente filmografia de Willis. Nota 9,0.
TERRORZINHO DE SEMPRE.
Depois de um intervalo de duas horas e quarenta minutos, tempo suficiente para prestigiar os jogos da escola que eu trabalho e ainda encarar um longo engarrafamento do Jacintinho à entrada do Complexo Benedito Bentes, até o Shopping Pátio, foi a vez de entrar na sala 3 do Complexo Centerplex e conferir A Casa Silenciosa, mais um filminho de terror que se passa numa casa mal assombrada, que apesar de ter sido lançado em 24 de agosto, só agora chega por aqui. Neste caso, era melhor nem ter chegado já que trata-se de mais um terrorzinho de merda com pouquíssimos sustos e um péssimo roteiro. Refilmagem do suspense uruguaio A Casa, a trama gira em torno de Sarah (Elizabeth Olsen, esforçada, mas nada convicente), uma jovem que está com o pai (Adam Trese) e do tio (Eric Sheffer Stevens), numa velha casa de verão da família, que está prestes a ser colocada à venda. Não preciso dizer que, do nada, estranhos acontecimentos começam a rolar, colocando a mocinha em maus lençóis.
O filme tem até um climão bem legal de suspense que prende a atenção e uma excelente edição, com direito a câmera na mão, muitas vezes tremida, que passa uma sensação que estamos juntos com a protagonista, mas, que infelizmente o péssimo roteiro não ajudou. E o desfecho patético e ridículo, acaba dando o tiro de misericórdia na produção que tinha tudo para inovar, apesar de ser a miléssima sei lá qual produção de terror que se passa numa casa assombrada. Não assistir o original, mas, duvido que seja tão ruim quanto este remake. Nota 2,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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