segunda-feira, 8 de outubro de 2012

RECORDAR É REVER: 007 - O ESPIÃO QUE ME AMAVA.

Roger Moore esbanja carisma no auge de sua atuação como o agente secreto mais conhecido do mundo.
 
Na última sexta completaram-se cinquenta anos que James Bond, o agente secreto mais conhecido do mundo estreava nas telonas. Criado pelo saudoso escritor Ian Fleming, que tinha lançado dez romances desde 1953, o agente apareceu nas telonas pela primeira vez no ótimo 007 Contra o Satânico Dr. No, na pele do grande ator Sean Connery, considerado até hoje, tanto pelos fãs quanto pela crítica como o melhor Bond, que após a grande estreia ainda deu vida ao personagem em mais seis filmes, sendo um, o horrível 007 - Nunca Mais Outra Vez, fora da franquia. Além de Connery, o personagem ganhou vida na pele de outros cinco atores, em 22 filmes oficiais (o vigéssimo terceiro estreia no próximo mês, mais uma vez com Daniel Creig como Bond), todos assistidos por este blogueiro. Particularmente, meu Bond favorito é Roger Moore, que esbanja bom humor, simpatia e carisma na pele do personagem em sete filmes. Destes, destaque para 007 - O Espião Que Me Amava, que na minha opinião não somente é o melhor filme de Moore como o personagem, mas também está entre os melhores de toda franquia.
 
Décimo filme da franquia, esta inesquecível produção de 1977, auge da guerra fria, traz o espião fazendo uma inusitada parceria com o inimigo russo, na pessoa da lindíssima espiã  Anya Amasova (Barbara Bach, esposa do Beatle Ringo Starr, e para mim, a mais linda bond girl de todos os tempos). Submarinos militares de várias nacionalidades começam a desaparecer misteriosamente. Bond recebe a missão de descobrir o sumiço das perigossísmas armas e recuperá-las. Na sua primeira parada, no Egito, os caminhos de Bond e Amasova se encontram. Os dois, mesmo a contragosto, principalmente por dela, já que Bond matou o seu namorado, terão que unir forças, lutando contra o tempo antes que o megalomaníaco vilão Karl Stromberg (Curd Jungens (1912 - 1982), excepcional).
 
O filme tem um enredo muito bem escrito, com dosagem perfeita de ação, humor e suspense, apesar de ter a sequência final um pouco estendida, algo, aliás, costumeiro e característico em boa parte dos filmes da franquia. A sequência de abertura está entre as melhores da franquia, com Bond encarando uma eletrizante perseguição na neve, assim como a música-tema Nobody Does It Better, interpetada por Carly Simon, que figura entre as mais tocadas e inesquecíveis de toda franquia.
 
O elenco, sem sombra de dúvida, é o grande mérito deste filmaço. Além do saudoso Jungens, que arrebenta como o vilão mais frio, destaque também para o grandalhão Richard Kiel, responsável pelas mais divertidas sequências na pele do figuraça vilão Jaws, que, inclusive voltava a franquia no filme seguinte, o decepcionante 007 Contra o Foguete da Morte e para a lindíssima Bach, que além de ser um colírio e tanto para os olhos dos marmanjos, tem uma atuação perfeita e excelente química com Moore.
 
Mas, sem sombra de dúvida, o grande destaque vai para Moore. Em seu terceiro filme como o personagem, o ator simplesmente dar um show de atuação, esbanjando carisma e pique nas sequências de ação, no auge de sua atuação como Bond. Indescutível que seja seu melhor desempenho em toda franquia. Não é a toa que é disparado não somente seu melhor filme como o personagem, como também figura entre os melhores de todas as franquias.
 
Com todos esses ingredientes, 007 - O Espião Que Me Amava é um filmaço de primeira, que precisa ser descoberto pela nova geração, acostumada com os filmes da franquia estrelados por Pierce Borsnan e Daniel Craig, que com o fim da guerra fria, trazem o personagem como mais um herói fodão de filmes de ação,  tirando todo charme e carisma do personagem. Para ser visto e revisto infinitas vezes. Clássico imperdível. Nota 10,0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
Um dos posters originais do filme. 
 
 
Capa do VHS.
 
 Capa do DVD. 
 
 


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