De forma um pouco melancólica, mas com um bom enredo, Roger Moore despede-se de James Bond.
"Um James Bond envelhecido, cansado demais para as sequências de ação...". Assim iniciava a resenha do filme 007 na Mira dos Assassinos, feita pelo crítico Rubens Edwald Filho na extinta revista Vídeo News. Tudo bem que de fato no último filme do grande Roger Moore como o agente 007, tudo isso é visível, mas, ao meu ver, houve um certo exagero do renomado crítico. Afinal, trata-se de um filmaço muito divertido, que mantém o alto nível da série. Sem falar que, até onde esteja sabendo, nenhum dos atores que interpretaram e interpreta Bond, de Sean Connery à Daniel Craig, dispensaram dublês. Faltou apenas um pouco mais de cuidado do diretor John Glen (na batuta da franquia desde 007 Somente para os Seus Olhos, permanecendo até 007 - Permissão Para Matar, mas, que antes havia sido montador de 007 - O Espião Que Me Amava e 007 Contra o Foguete da Morte) em disfarçar um pouco a idade avançada de Moore para viver o personagem, que defendeu brilhantemente, em sete filmes.
Na trama, o magnata e vilão megalomaníaco Max Zorin (Christopher Walker, ótimo como sempre) pretende dominar o mundo, controlando os computadores, sem antes detonar a vida de milhões de pessoas que residem no Vale do Silício nos Estados Unidos. Só que, como todos os vilões da franquia, ele não contava com o agente secreto mais fodástico da Inglaterra, para atrapalhar e acabar com seu plano, contando com a ajuda da belíssima pantera Tanya Roberts.
007 Na Mira dos Assassinos tem um ótimo roteiro, apesar de não ser o melhor da franquia, muito menos o de . Em compensação, tem um elenco afiado, com destaque para Walker e a exótica e atualmente sumidíssima cantora Grace Jones, ambos roubando cena como os vilões do filme, ótimas sequências de ação, como a perseguição na Torre Eifel e o clímax, em São Francisco. Sem falar que, ao meu ver, tem a melhor música-tema da franquia até hoje, cantada pelo também sumidíssimo grupo pop oitentista Duran Duran.
Além de ser o último filme de Moore como Bond, merece ser visto pela minúscula participação de Dolph Lundgren, estreiando nas telonas, como um agente da KGB. Na época, o grandalhão sueco namorava a cantora Jones que, acredito, deve ter dado um empurrãozinho para o brucutu ter tido essa pequena participação.
É inegável que 007 Na Mira dos Assassinos é uma despedida um pouco melancólica de Moore como Bond, mas, nada comparado ao triste despedida do seu antecessor, Sean Connery, no ridículo Nunca Mais Outra Vez, filme fora da franquia original. Mas, tem seus méritos, já que trata-se de um filme muito bom, com sequências de ação eletrizantes, mantendo o alto nível da franquia. Nota 8,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Moore, em cena com a belíssimas, mas canastrona Tanya Roberts.
Despedida um pouco melancólica do melhor 007.
Grace Jones em ação.
Até agora, a bond girl mais exótica da franquia.
Dolph Lundgren estreando nas telonas.
Antes de Ivan Drago, 15 segundos de fama num filme de James Bond.
Capa do DVD disponível no mercado.
Trailer de 007 Na Mira dos Assassinos.
Clipe da música-tema do filme.
Para mim, a melhor da franquia.
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