segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SESSÃO COMÉDIA EM DOSE DUPLA.

Filmes.
Sessão Comédia em dose dupla.

Nada como uma sessão de cinema para começar bem a semana E se for em dose dupla, melhor ainda. Pipoca quentinha, coca-cola gelada, duas comédias. Seria perfeito se um dos filmes não fosse uma decepção. Pois é, infelizmente, não podemos prever qual filme de fato merece ser pago para ver e qual sequer merece ser baixado pela internet, para ser visto gratuitamente. E por pouco, o prejuízo não seria maior e eu cometeria uma grande injustiç, ainda por cima jogaria fora o meu dinheiro, já que o filme que estava com receio de assistir foi uma agradável e divertida supresa, enquanto o que prometia foi um fiasco total. Sem perder mais tempo, vamos aos comentários de dois lançamentos do último fim de semana que conferi na tarde de hoje.

UMA AGRADÁVEL E DIVERTIDA SUPRESA.

O primeiro filme da minha sessão dupla de cinema desta segunda foi Amizade Colorida, comédia romântica estrelada por Justin Timberlake e a lindíssima Mila Kunis (a rival de Nina, personagem de Natalie Potman, em Cisne Negro). Particularmente, decidi conferir na sala 2 do Complexo Kinoplex nos últimos minutos antes do início da sessão das 14 horas, já que achava que se tratava de mais uma descartável comédia romântica, logo, que eu poderia baixar depois na internet, sem gastar um centavo para assistir um filminho qualquer. Ainda bem que arrisquei.

Na trama, Kunis (ótima) é Jamie, uma jovem caçadora de talentos de Nova York que descobre e leva para trabalhar em Nova York, numa renomada revista, o blogueiro Dylan (Timberlake, bem a vontade como nunca vimos). Os dois ficam muitos amigos e uma bela noite, sem ter o que fazer, resolvem fazer sexo, mas antes firmam o compromisso de ser apenas o ato e nada de envolvimento emocional. Algo que, obviamente, não será cumprido, já que os amigos irão se apaixonar um pelo outro.

O filme é muito divertido, graças principalmente ao ótimo roteiro, com boas piadas e as boas interpretações, principalmente do casal central, que esbanja simpatia e uma química perfeita. Os coadjuvantes não ficam atrás e também embarcam na diversão com destaque para as ótimas atuações de Richard Jenkings, como o pai de Dylan que sofre de Alzheimer e de Woody Harrelson, que está hilário, como o homossexual estilo machão tosco, colega de trabalho de Dylan.

Com um enredo bastante divertido e ótimas atuações, Amizade Colorida é uma grata supresa que agrada  tanto as moças, fãs das comédias romântica, quanto aos marmanjos que curtem uma comédia mais picante. O filme dosa muito bem estas duas tendências, sem apelar para nenhum dos lados, o que o torna uma diversão leve e envolvente. Diversão descompromissada garantida!



DESAGRÁDAVEL E FRUSTRANTE SUPRESA.

Depois de um intervalo de uma hora e dez minutos, tempo suficiente para dar um pulinho em casa, tomar um banho e me arrumar para o compromisso profissional das noites de segunda-feiras, foi a vez de entrar na sala 6, para conferi a comédia brasileira Família Vende Tudo, que tem no elenco um time de feras como Lima Duarte, Vera Holtz, Caco Ciocler, as participações especiais de Ailton Graça, Beatriz Segall e Marisa Orth. O elenco também conta com as lindas, mas fracas atrizes Luana Piovani e Marisol Ribeiro.

Na trama, após o golpe duro de perder todas as muambas na fronteira com o Paraguai e ao mesmo tempo numa fiscalização em São Paulo, uma família para sair na pindaíba resolve usar sua filha Lindinha (Marisol Ribeiro, apenas um colírio para os olhos) para aplicar o tão famoso golpe da barriga no tosco cantor de ritmo modinha, Ivan Carlos (Caco Ciocler, excepcional). Só que o garanhão é casado com Jennifer (Luana Piovanni, péssima), que evidentemente não ficará nada satisfeita com mais uma pulada de cerca do seu breguíssimo marido.

O filme tem uma premissa interessante e tinha tudo para dar certo. Tanto que estava ansioso para assisti-lo.  Infelizmente, a ansiedade se transformou numa grande decepção.  Tudo por causa do péssimo roteiro, com situações que deveriam ser engraçadas, mas mal elaboradas, gerando um filme chatíssimo, sem graça e tedioso, mesmo tendo apenas uma hora e meia de duração. Nem as excelentes interpretações de Lima Duarte e Caco Ciocler e as hilárias participações de Marisa Orth e Beatriz Segall conseguiram salvar o filme do desastre total. O fraquísismo roteiro acabou prejudicando totalmente os seus personagens que, em alguns momentos, pareciam perdidos na trama, juntos com os demais personagens.

Em síntese, Família Vende Tudo é mais um filminho descartável na excepcional filmografia do nosso Cinema Nacional, que desperdiça ótimos atores e ainda comete o pecado mortal de ser totalmente sem graça, num gênero que tem como obrigação fazer rir. Não faça como eu e pouco mais de dez pessoas da sessão das 17 horas, que perdemos tempo e dinheiro assistindo este decepcionante filme.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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