segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SESSÃO ON LINE DUPLA .

Filmes.
Sessão On Line Dupla .

Algo que muita gente já faz há anos, só que descobri a pouco tempo, é o hábito de baixar filmes e assisti-los pela internet. Evidente que esta nova forma de assistir filmes inéditos não substitui em hipótese nenhuma a emoção de conferi-los no escurinho do cinema. Sem nem o VHS, DVD, Blu-Ray e as TV por assinaturas não tiraram, quanto mais a internet. Admito que este crime tem sido uma grande vantagem para mim. A principal é que fico atualizado da maioria dos lançamentos, deixando para conferi no cinema apenas aqueles que valam a pena pagar para ver e, assim, economizando um dinheiro que seria gasto para assistir filmes ruins.  Como é o caso dos dois filmes que acabei de assistir na telinha do meu notebok, que passo a comentar a partir de agora.

O primeiro é a comédia romântica dramática (?) estrelada por Kate Hudson, Pronta para amar. O filme narra a história de Marley (Hudson), um bem sucedida publicitária que acaba de ser promovida a vice-presidente de uma agência de publicidade. Ela é uma solteirona danadinha, que só quer curtir, sem nenhum compromisso. Sua vida (e todo clima alto astral do filme) muda quando, ao fazer um exame médico de rotina, descobre ter um  incurável câncer no estômago. Marley, então, reavalia sua vida e inicia uma longa despedida, com direito a acerto de contas com os pais, a curtição com os amigos, evidentemente, um romance com um médico (Gael Garcia Bernal) e até mesmo um encontro com Deus, que lhe aparece na forma de sua atriz favorita Whoopi Goldberg (a própria).

O filme tem um roteiro fraquíssimo, muito arrastado, e o mais grave, não define seu gênero. Nem é a comédia romântica como é vendida, muito menos um drama romântico, ao estilo Love Story (dramalhão tosco dos anos 70, que fez um enorme sucesso na época) muito menos do emocionante Um Amor para Recordar. As interpretações são convicentes, mas, o roteiro não ajuda. Nem mesmo as coadjuvantes de luxo, as ótimas atrizes ganhadoras do Oscar Whoopi Goldberg e Kathy Bates, conseguem salvar o filme de ser um fiasco total. Em síntese, um filme chato, enfadonho e totalmente baixo astral, que nem mesmo os fãs do gênero romântico irão suportar.

Depois do chatíssimo dramalhão cômico sem graça, foi a vez de conferi outro filme recém lançado, que também está a cerca de duas semanas  em cartaz, logo, tendo um razoável sucesso de público. Trata-se da comédia Missão Madrinha de Casamento, que narra a história de Annie, uma solteirona que recebe o convite de sua amiga de infância Lílian, para ser madrinha de casamento. O que ela não esperava era que entre as damas de honra estaria Hellen, riquíssima esposa do patrão do noivo, que disputará com ela as atenções e a amizade da noiva, gerando o esperado e sem explicação ataques de ciúmes, que por sua vez geram várias confusões toscas e insossas.

O filme é um descarada imitação, em versão feminina e desnecessariamente longa (um pouco mais de duas horas de duração), de Se Beber, não case!, só que ao contrário deste, comete o pecado mortal para qualquer comédia: é totalmente sem graça. Uma forçação de barra que se reflete na longa duração do filme e em cenas ridículas e cansativas como no efeito colateral que as personagens têm após comer comida brasileira (para os patriotas de patrão que protestaram das macacadas pelas ruas brasileiras do seriado televisivo Os Simpsons, vão infartar com esta suposta ofensa à culinária  brasileira) e o ataque louco de Annie, durante um vôo para Las Vegas, onde as moças estariam indo para uma despedida de solteira (Las Vegas? Despedida de Solteiro? Qualquer semelhança com Se Beber, Não Case!, com certeza não é mera coincidência). Em síntese, uma comédia que não faz rir, logo, um desperdiço total.

Ainda bem que existem pessoas que postam   filmes na net, principalmente os inéditos e os recentes lançamentos nas telonas. Graças as elas, poupamos o nosso dinheiro e evitamos a fustração de sair de casa para encarar bagulhos como esses.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



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