Filmes.
Um drama envolvente e comovente.
Nada como uma promocional liberação de sinal de canal para temos acesso a bons filmes, exibidos no idioma original, algo que, infelizmente, está cada vez mais raro, já que, a fim de atrair um público maior, boa parte dos canais por assinatura estão optando em exibir filmes e seriados na versão dublada. Algo que, na minha opinião, é uma total falta de respeito com os assinantes, que optam por uma TV por assinatura, em busca de um diferencial dos canais aberto. Ainda bem que ainda existem canais que fazem a diferença e não se rendem a esta tendência do mercado, como o canal Maz HD, que na madrugada de hoje, me proporcionou a rever o excepcional drama Filadélfia, com Tom Hanks e Denzel Washington a frente de um elenco afiadíssimo onde a maioria, a exemplo da dupla de protagonistas, nos presenteiam com as melhores atuações de suas respectivas carreiras.
Hanks interpreta Andrew Beckett, um jovem promissor advogado de uma renomada firma que é impiedosa e injustamente demitido, após revelar ser homosssexual e portador do vírus da AIDS. Em busca dos seus direitos, Beckett procura o também promissor Joe Miller (Washington) para defendê-lo numa ação contra os seus ex-patrões preconceituosos. A princípio, Miller reluta, mas acaba aceitando defendendo Beckett, numa batalha judicial contra a poderosa firma, e de quebra, ainda terá que superar seus próprios preconceitos contra homossexuais e portadores do HIV.
Com um roteiro muito bem escrito, Filadélfia é mais que um excepcional filme de tribunal, mas um drama envolvente e comovente que prende a atenção do começo ao fim, e emociona até mesmo os mais insensíveis, graça principalmente as atuações memoráveis e a uma trilha sonora excepcional. Hanks, merecidamente, recebeu seu primeiro Oscar pela brilhante e supreendente atuação como Beckett, mudando e enfraquecido cada vez que a doença avança (a maquiagem é outro ponto alto do filme, que só reforçou a brihante atuação de Hanks), numa época onde ainda não existia o coquetel de medicamentos que prolonga a vida do portador desta terrível doença. Washington também não fica atrás e dar um show como o proconceituoso que vai mudando seus (pre)conceitos à medida que convive com o seu cliente. Jason Robards e Mary Steenburgen, também se destacam com suas brilhantes atuações, num ótimo elenco que conta também com Antônio Banderas, em início de carreira nos Estados Unidos, que dar vida sem afetação a Miguel, o namorado de Beckett.
Dirigido brilhantemente por Jonathan Demme (que também nos presenteou com o excepcional suspense O Silêncio dos Inocentes), este filme excepcional, inexplicavelmente, recebeu apenas cinco indicações ao Oscar (ganhou duas inquestionáveis estatuetas, de melhor ator para Hanks e melhor música Street of Philadelphia, de Bruce Springsteen), sendo que nenhuma destas nas categorias Melhor Filme e Melhor Diretor.
Em síntese, um clássico moderno envolvente e comovente, que merece ser descoberto, visto e revisto. Um filmaço imperdível e obrigatório para todos que amam filmes excepcionais, com um enredo muito bem desenvolvido e atuações memoráveis.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Washington, Hanks, Steenburgen e Robards. De um elenco excepcional, quarteto se destaca com as melhores atuações do filme. |
Trailer original, infelizmente, sem legendas.
Clipe legendado, da excepcional música de Bruce Springsteen,
com cenas deste filme excepcional.
Clipe original da música Streets of Philadephia,
composta e interpretada por Bruce Springsteen.