terça-feira, 26 de abril de 2011

MEUS ACHADOS E PERDIDOS.

Filmes.
Meus Achados e Perdidos.

Dos dezoito filmes exibidos no Projeto Achados e Perdidos do Cine SESI, assistir cinco, sendo três no fim de semana que passou, em sessões lotadíssimas e os outros dois, fora do projeto, em outras ocasiões.* Antes dos comentários sobre os filmes assistido no projeto, gostaria de fazer um esclarecimento.

Apesar de reconhecer a qualidade indiscutível dos filmes selecionados para serem exibidos no projeto, particularmente, a maiori deles não faz o meu gênero. Como já disse neste blog e sempre direi, minhas preferências cinematográficas são bem pop. Não curto Fellini, Almodovar, detestei e  achei uma merda o elogiadíssimo O Labirinto do Fauno, curto os filmes tosco do Chuck Norris, só apenas alguns poucos exemplos que meu gosto não é nada refinado. 

Por isso que fui assistir apenas três filmes. Destes, não nego que apenas um filme estava de fato interessado e os outros dois, apenas para cumprir a mórbida maratona de assistir e comentar todos os indicados deste ano ao Oscar de Melhor Filme.

Feito os devidos esclarecimentos e antes de comentar os meus "Achados e Perdidos",  quero mais uma vez parabenizar a todos que fazem o Centro Cultural SESI, pela retomada do Projeto.

PAPAI FUGIU?

Cumpridas minhas obrigações religiosas na minha Paróquia, aproveitei a noite de Sexta-Feira Santa para ir ao cinema. Sem a pipoca, encarei sessão dupla. O primeiro filme foi Inverno da Alma, que teve quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme.

A trama gira em torno de  Ree Dolly (Jennifer Lawrence, ótima), uma adolescente de 17 anos, que praticamente é que toma conta da família, formada por sua mãe e dois irmãos mais novos. Ao descobrir que seu pai, saiu em liberdade usou a casa da família como forma de garantir sua liberdade condicional e sumiu do mapa, a gatinha vai à procura do pai sumido, arriscando sua própria vida, para que sua família não seja despejada.

Lendo a sinopse e os elogios no poster do filme, Inverno da Alma tinha tudo para ser um filmaço. Mas, particularmente achei o filme uma merda, mais um da lista "ideia boa, roteiro fraco". É aquele filme que eu chamo de "bunda", que só agrada a crítica e os membros votantes da academia e de outros eventos.

O enredo é fraquíssimo, e todos os personagens, exceto a mocinha, são de péssima índole, como se todos naquela pequena cidade não valessem merda. Logo, o suspense prometido no poster, para mim, é pura lorota. Admito que em alguns momentos o filme chama a atenção, mas depois é puro tédio.O filme é sombrio, com um ritmo lento e trilha inexistente. Por pouco, não tirei uma longa soneca.

Salva-se apenas as boas interpretações, de um bom elenco. Mas, nenhuma atuação memorável.

Em síntese, na minha opinião, um filme muito fraco, que tem como mérito, tirar a lanterna do vencedor O Discurso do Rei, do meu raking dos indicados ao Oscar de Melhor Filme. Só encontro críticas positivas do filme. Mas, enfim, gosto não se discute. Quando tiver oportunidade, assista e tire suas próprias conclusões (se comentá-las aqui, agradeço, pois, às vezes, sinto-me se escrevesse ao vento. rsss..).

Confira abaixo, o trailer deste elogiadíssimo (pela crítica, é claro), filme:


DEPOIS DO TSUNAMI...

O segundo foi uma supresa para mim, já que não estava, até então, no site do Centro Cultural SESI, a programação do Projeto. Trata-se do drama de temática espírita Além da Vida, dirigido pelo eterno Dirty Harry, Clint Eastwood, e estrelado pelo competente Matt Damon.

Particularmente estava esperando alguns meses  pela exibição deste filme, que chegou a ter o trailer exibido no Centerplex e o Poster no Lumière, divulgado. Afinal, um filme dirigido por Eastwood e que tem como um dos produtores executivos ninguém menos que o mago Steven Spielberg, tinha tudo para ser um filmaço.

E pela cena inicial, prometia. Muito bem realizada, a cena de um tsunami invadindo uma ilha tailandesa impressiona pela riqueza de detalhes e realismo. Não foi à toa que a única indicação ao Oscar do filme, foi pelos seus efeitos. Real e assustadora, a cena empolga e nos emociona. Algo raro num filme dirigido por Eastwood que nos emociona mais por inspiradas interpretações, do que pelo uso da tecnologia.

Mas, depois da impressionante cena, o filme deságua (com o perdão do trocadilho, mas não poderia perder a oportunidade) num tédio total, numa trama que narra três histórias paralelas, ligadas apenas pelo mistério da vida após a morte: um médium estaduniense que foge da fama e tenta ser um cara comum; uma jornalista francesa que após ter uma experiência quase-morte, resolve investigar e escrever um livro sobre vida após a morte; e um garoto inglês, que perde tragicamente seu único irmão. Histórias interessantes, mas que não foram aproveitadas no roteiro, que reúne clichês do sub-gênero, não são aprofundadas, logo, não agradando ao público. E o tosco e previsível final, que entrou na lista de um mais bregas e sem graça da história do cinema, só acabou de estragar por completo, um filme que prometia.

Em compesação, à exemplo do primeiro filme da sessão dupla de sexta, o elenco está ótimo, aqui, graças a Eastwood que é um ótimo diretor, conhecido por tirar inspiradas interpretações do elenco dos seus filmes. Mas, ele e o elenco foram prejudicados pelo fraco roteiro. Não acrescenta em nada a brilhante carreira de Eastwood, como diretor.

Em síntese, filme é uma decepção total, não agradando a ninguém, nem quem procurava ação e suspense, nem àqueles que queriam ver fantasminhas pulando de trem em trem, muito menos os que gostariam de ver o espiritismo tratado a sério. Não foi desta vez.

Confira o trailer abaixo.


FAMÍLIA PSEUDO-MODERNINHA.

Encerrei minha participação no Projeto Achados e Perdidos no domingo, terceiro dia do evento. Desta vez, um pouquinho antes das minhas obrigações religiosas de domingo, fui ao cinema e assistir Minhas Mães e Meu Pai, também indicado a quatro Oscar, inclusive Melhor Filme.

A ideia do filme até que é interessante. Um casal de irmão adolescentes, que convivem com mães lésbicas, resolvem encontrar e conhecer o pai biológico (leia-se: o doador de esperma). O problema é que o filme se perde num roteiro cheio de clichês, que incluem pai e filhos se aproximando, crises conjugais, uma das cônjuges pulando a cerca com o recém-chegado na vida da família, o embate entre mãe autoritária e a filha mais velha, entre outras, típicas de filmes sobre famílias. Se a intenção era mostrar que uma família nada convencional é uma família convencional, cumpriu o papel.

Outro ponto negativo é que o filme não se define, igual a uma das protagonistas (desculpe pelo comentário sarcátisco, mas não me convite outra vez. rsss...). Não consegue ser uma comédia divertida, prometida no poster. Mas, também não é um drama familiar. Um filme com uma ideia interessante, que ficou no meio do caminho, com um resultado final igual àqueles toscos filmes televisivos exibidos no Corujão e, de vez em quando, no Supercine.

Para completar os pontos fracos, do filme em alguns momentos, apelam para baixaria,  exibindo cenas de sexo um pouco forte e de péssimo gosto. Mas, calma, taradões de plantão. Nenhuma cena lésbica com as grandes atrizes Annete Benning e Julianne Monroe, que limitaram-se apenas a selinhos e abraços, nem com a gatinha protagonista do filme.

Em síntese, outro filme bunda, que só estava na lista do Oscar, pois os membros da academia queriam provar ao mundo que não são homofóbicos. Ao menos para mim é o único motivo que justifique este filminho ter quatro indicações.

Confira o trailer e, antecipadamente, desculpe pelos três segundos de um cena de péssimo gosto, exibida quase no termino do vídeo abaixo.


Enfim, três filmes que não acrescentaram em nada a minha lista de melhores filmes. Cinéfilo do povão é assim mesmo. Passa longe da preferência dos críticos e intelectuais.

Mas, valeu Cine SESI! Que venha os próximos eventos!!!!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

*Nota: Os outros dois filmes, que fizeram parte do projeto, mas assistir em outras ocasiões foram À Prova de Morte e Cisne Negro. Curiosamente, para mim, os dois foram melhores que os três assistidos, principalmente, o último. Abaixo, os links dos seus respectivos comentários e trailers.

À Prova de Morte: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2010/09/muita-conversa-mole-e-pouca-acao.html


Cisne Negro: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/03/um-bale-supreendentemente-assustador.html 

 

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