terça-feira, 12 de abril de 2011

INCÓGNITA DESVENDADA.

Filmes.
Incógnita desvendada.

A premiação do Oscar 2011 já passou, e ainda estou conferindo os indicados a melhor filme. Acabei de assistir, na tela do Cine SESI, o western Bravura Indômita, filme dirigido pelos irmãos Coen, indicado a dez Oscar, e que saiu da festa sem um sequer. Por esse micaço é que me deixou com um pé atrás e ao mesmo tempo ansioso para assistir este remake.

A memória não é mais a mesma. Por isso, lembro-me vagamente do original Bravura Indômita. Do clássico, apenas alguns flashes do saudoso John Wayne, fazendo cara de mau, usando um tapa-olho e mandando bala nos bandidos. Tudo que eu sei é que o novo filme, em comparação ao original, é mais fiel ao livro que ambos os filmes se baseiam.

A trama é simples, porém, envolvente. Uma adolescente de 14 anos, que tem o pai assassinado, contrata o xerife federal Rooster Cogburn (Jeff Bridges, no papel que foi de John Wayne, no original), para caçar e matar o assassino. Mas, ela exige fazer parte desta jornada para ter certeza que seu objetivo será alcançado. Se junta a improvável dupla, um ranger do Texas (Matt Damon, irreconhecível), que também está no encalço do bandidão.

Confira o trailer:

O filme é uma agradável supresa. A começar pelo envolvente roteiro, escrito pelos irmãos Coen, que prende a atenção e nos diverte, com tiradas engraçadíssimas. Os irmãos também dirigem o filme com muita competência e talento, arrancando interpretações excepcionais de todos os envolvidos. Até mesmo aqueles que não curtem western, vão curtir do filme. 

Com certeza, o grande destaque do filme é o excepcional elenco, onde todos dão um show a parte de interpretação. Bridges consegue superar aquilo que muitos achavam insuperável: fazer o xerife beberrão mais memorável que Wayne. Particularmente, por sua interpretação magistral, superando até mesmo o vencedor Colin Firth, a estatueta careca de melhor ator deveria ter sido entregue a ele. Já Hailee Steinfeld é a grande revelação do filme, com uma interpretação formidável. Sem exageros, o Oscar de melhor atriz devia ser dividido entre ela e a vencedora Natalie Potman. Os coadjuvantes dão um show a parte.

A incógnita sobre Bravura Indômita foi desvendada: o filme é excepcional, tanto que no meu raking dos candidatos ao Oscar deste ano de Melhor Filme, ocupa a segunda posição,  praticamente empatando tecnicamente com A Origem, o meu primeiro colocado. Mas, após assistir este filmaço, surge uma incógnita impossível de ser desvendada: o que se passou na cabeça dos membros da Academia em não premiá-lo com um Oscar, sequer? Com certeza, uma das maiores injustiças não somente deste ano, mas de toda história da premiação.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
http://www.centroculturalsesi.com.br/cinema/

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