sábado, 5 de setembro de 2020

O TRISTE FIM DE UM PROMISSOR.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Os Novos Mutantes (The News Mutants).
Produção estadunidense de 2020.

Direção: Josh Boone.

Elenco: Maisie Williams, Anya Taylor-Joy, Charlie Hearton, Alice Braga, Blu Hunt, Henry Zaga, entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (site Filmes Online HD) em 04 de setembro de 2020.

Sinopse: Baseado em personagens das HQs da Marvel Comics. Após uma tragédia na reserva em que mora, Danielle Moonstar  (Hunt) acorda sem memória numa misteriosa instituição médica sob responsabilidade da Dra. Reyes (Braga). Ela acaba descobrindo que o local abriga outros quatros jovens: Rahne (Williams), Illyana (Taylor-Joy), Roberto (Zaga) e Sam (Hearton). Em comum, são mutantes, cada um com poderes específico.

Comentários: Não será surpresa se daqui algum tempo anunciarem que irão fazer um filme ou uma série para contar a verdadeira saga para que Os Novos Mutantes finalmente chegasse aos cinemas. Rodado em 2017, o filme passou por algumas refilmagens, mas, sobretudo, por uma porrada de adiamentos que vão de motivos corriqueiros como não chocar com datas de outros lançamentos até uma inesperada pandemia. Uma pena que tudo isso tenha acontecido com o filme, que marca não apenas o fim precoce de uma franquia que não teve chance de iniciar, mas, também de uma importantíssima parte da história das adaptações das HQs nos cinemas, iniciada há vinte anos atrás com X-Men: O Filme. Planejado inicialmente para ser o primeiro de uma trilogia, Os Novos Mutantes acabou hoje se tornando a cobaia da Disney para estudo de mercado nesses tempos tão difíceis de pontuais reaberturas das salas exibidoras. Como se tudo isso não bastasse, Os Novos Mutantes vem amargando uma surra de críticas negativas. E com toda sinceridade, para mim sem motivo.

Para uma filme que sofreu tantas mudanças na produção até que surpreende por não ser uma bomba total. Josh Boone, diretor e e dos roteiristas, entrega tudo que prometeu na medida certinha, nem mais, nem menos. Sem dúvida, o grande mérito do filme é ter uma pegada de terror oitentista, lembrando principalmente o clássico A Hora do Pesadelo 3 (não é a toa que um dos cartazes de divulgação é claramente uma homenagem a este filme), o que foge um pouco do habitual. Vai que por isso os engravatados da extinta Fox, e posteriormente, da Disney, cagaram para o projeto.

O roteiro é satisfatório, trazendo uma boa trama, ligeiramente confusa, mas, compreensível, já que demonstra que mesmo foi realizado com a intenção de inaugurar uma franquia. O elenco  cumpre direitinho sua função, apesar de nenhuma atuação marcante (apesar disso, é bom ver mais uma vez a nossa Alice Braga com um papel de destaque num filme hollywoodiano), enquanto que a parte técnica é competente, sem bem que não posso falar muito pelos efeitos, já que assisti o filme numa versão pirata, daquelas que os caras filmam dentro de uma sala, e ainda pela telinha de um smartphone, fatores que, obviamente, me impedem de avaliar com clareza se ao menos convencem.

O resultado é um filme legal e até promissor.. Realmente, uma pena, pois tinha potencial para avançar ainda mais na narrativa e em qualidade, e arrisco em dizer, que poderia até mesmo ser uma franquia inovadora dentro das adaptações. Mas, que ficará por aqui mesmo, tendo este lamentável destino constrangedor e humilhante, mas, que pelo menos ganhou sua chance nas telonas mesmo que em pouquíssimas salas pelo mundo. Enfim, vale a curiosidade, sem criar qualquer expectativa otimista ou pessimista em relação ao filme, planejado para dar certo, mas, diante de todas as circunstâncias, acabou tendo tudo para dar merda.. Cotação / Nota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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