Sem fôlego em 3D.
Como já disse numa postagem anterior o meu pc deu pau, me deixando ausente do mundo virtual por uma semana. Mas a minha vida no mundo real transcorreu normalmente. Dando prosseguimento ao meu compromisso 2011 com a sétima arte, na semana passada fui conferir, na tela do Cine Maceió 1, Santuário, aventura que tem como produtor ninguém menos que o mago do cinema James Cameron.
Apesar disso, confeso que não fui muito animado assistir este filme, já que o cartaz lembra muito O Segredo do Abismo, que para mim é o pior filme (e até agora o único), do diretor que nos presentou com obras excepcionais, principalmente tecnicamente, à exemplo dos dois primeiros Exterminador do Futuro, Aliens: o Resgate, a mega-produção brega Titanic e o aclamadíssimo Avatar.
Ainda bem que não me deixei levar pelo preconceito, pois iria perder um ótimo filme de aventura, baseado em fatos reais, que conta a história de um grupo de pesquisadores que fica preso num sistema de cavernas subáquaticas, lutando para sobreviver. Evidente que o roteiro tem todos os clichês dos filmes do gênero. A ação acontece de forma muito rápida, não dando tempo para aprofundar os personagens. Enfim, seria mais uma aventura de luta pela vida, supostamente baseada em fatos reais, se não tivesse um diferencial: a marca do mestre James Cameron.
Apesar de não ter dirigido esta produção, que foge do seu gênero habitual, a marca de Cameron está visivelmente presente nesta produção, em especial, por ter sido filmada originalmente em 3D, ao contrário da maioria das atuais produções que são filmadas no formato original e apenas na edição recebem um tosco retoque, para vender gato por lebre ao público. Não tive o privilégio de assistir Avatar em 3D, mas Santuário compensou, e muito, toda minha ansiedade.
Em Santuário somos tranportados para dentro da ação, nos envolvendo na luta de sobrevivência dos personagens, e, sem exagero nenhum, até perdendo o fôlego em algumas situações, graças ao 3D somada com a trilha empolgante. Sabiamente, o crítico Roberto Guerra, no site Cineclick, define: "A projeção em terceira dimensão é tão essencial a Santuário que, sem ela, temos outro filme. Um filme sem sua estrela maior. Seria como imaginar O Poderoso Chefão sem Marlon Brando, Scarface sem Al Pacino ou Tropa de Elite sem Wagner Moura.". (Disponível em: http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/santuario-2010/id/2651).
Em síntese, Santuário é um filme que, obrigatoriamente, tem que se assistido no cinema e em 3D, pois do contrário, será mais uma aventura, baseada em fatos reais, feita para TV norte-americana, que sempre é exibida na atual e tosca Sessão da Tarde. Portanto, não percam tempo, vão ao cinema e poupem o fôlego para viver uma experiência única.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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