terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DRAMALHÃO TOSCO EM DOSE DUPLA.

Filmes.








Dramalhão tosco em dose dupla.

O meu computador deu pau e depois de uma semana sem funcionar, sem nenhuma ida ao conserto, inexplicávelmente voltou a funcionar. Mas a maratona com os indicados ao Framboesa continuou o seu percurso normal. Nesta postagem comentarei logo dois filmes de uma vez, não apenas para economizar postagem, mas principalmente, pelos dois terem tanto pontos em comum, que praticamente os comentários são os mesmo. 

Ambos são estrelados por péssimos atores teens, rostinhos bonitinhos e sem talento nenhum, ao lado de esforçados atores com seus respectivos pares românticos, com veteranos atores coadjuvantes pagando micos em sua carreira, e até mesmo com um bom enredo. Só que A Última Música e Lembranças, foram realizados com um único intuito: tentar firmar os dois astros teens do momento como bons atores, uma tentativa obviamente fustrada, já que Miley Cyrus (A Última Música) e Robert Pattinson (Lembranças) são péssimos atores, merecidamente indicados ao Framboesa, estragando dois bons roteiros, que sendo interpretados por uma atriz e um ator de verdade, tinham tudo para emocionar o público.


Em A Última Música, a bonitinha mas péssima atriz Miley Cyrus dar vida a uma adolescente rebelde por causa da separação dos pais, que é obrigada, junto com o irmão caçula, a passar o verão com o pai, interpretado pelo ótimo ator, mas limitado nesta produção, Greg Kinnear (o vizinho homossexual de Jack Nicholson, no excelente Melhor é impossível). Evidente que o filme tem todos os clichês do gênero: jovem rebelde que muda de atitude após conhecer o amor da sua vida, a não aceitação da família dele, relação pai x filha, que começa quase impossível e termina na maior união, a doença terminal dele. Mas todos estes clichês são aceitos numa boa.

Dificil mesmo é suportar Cyrus como protagonista, num roteiro claramente modificado para a estrelinha teen da Disney aparecer mais do que a própria personagem. A mudança de atitude da personagem, por exemplo, é tão rápida e sem nexo, que chega a ser ridícula.  Enfim, um desperdiço total da obra original, que se fosse interpretada por uma atriz de verdade e não como veículo para uma estrelinha teen sem talento, teria tudo para repetir o mesmo feito do excelente Um Amor para Recordar e do tosco Diário de Uma Paixão, ambos baseados em obras do mesmo autor, que este filme se baseia.


Apesar de também ter os mesmo clichês do filme comentado acima, Lembranças é um drama mais adulto, realista e até certo ponto mais sombrio. Na trama, o péssimo Pattinson é Tyler, um jovem desajustado, traumatizado com o suícidio do irmão, e com um péssima relação com o pai ausente (Pierce Brosnan, que desde da sua aposentadoria por idade do agente 007, tenta manter a carreira pós-Bond). Sua vida é uma total melancolia até conhecer Ally (interpretada de forma convicente, mas nada excepcional, por Emilie de Ravin), que também carrega um trauma familiar. Ele se aproxima dela apenas para se vingar do pai dela, um policial que o espancou injustamente, mas evidente que os dois se apaixonam, têm suas crises, se reconciliam e são felizes até que a morte os separem.

Apesar de todo este festival de clichês, o filme tem um ótimo roteiro, que prende à atenção do espectador e  supreende com um final impactante que só não emociona graças a falta de carisma de Pattinson, que não consegue cativar o público com o seu personagem, no decorrer do filme. Escalá-lo para este filme, principalmente  para este personagem, foi um enorme equívoco, que só estragou o resultado final.

A Última Música Lembranças tinham tudo para ser emocionantes filmes, mas acabou sendo dois toscos dramalhões,  que faz corar de vergonha os atores mexicanos,  graças a falta de carisma e empatia dos seus protagonistas. Assistindo a este dois filmes, percebemos que é bem mais fácil tirar leite de pedra do que transformar dois rostinhos bonitinhos e sem talento algum, em atores de verdade. Espero que os produtores hollywoodianos caiam na real e não desperdiçem mais bons roteiros com péssimos atores modinhas.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

"Meu nome não é mais Bond!".
Depois de cantar horrivelmente em Mamma Mia!,
Brosnan é coadjuvante do péssimo Robert Pattinson.

"Se Cyrus tem um irmãozinho, eu tenho uma irmãzinha!".
Crianças coadjuvantes roubam a cena dos péssimos protagonistas.
Uma das várias semelhanças entre A Última Música e Lembranças.

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