segunda-feira, 5 de abril de 2021

TRETA MONSTRUOSA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Godzilla vs. Kong.
Produção estadunidense, australiana, canadense e indiana de 2021.

Direção: Adam Wingard.

Elenco: Alexander Skarsgård, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Shun Oguri, Eiza González, Julian Dennison, Lance Reddick, Kyle Chandler, Demián Bichir, Hakeem Kae-Kazim, Kaylee Hottle, entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (site Quero Filmes) em 05 de abril de 2021.

Sinopse
: Quarto filme do Monstroverso da Legendary/Warner. Após Godzilla reaparecer e fazer um ataque sem ser provocado, o líder
 malvadão inescrupuloso de uma poderosa empresa tecnológica (Bichir) inventa de contratar um cientista (Skargård) para liderar uma expedição ao centro da Terra, a fim de pegar um energia que poderá servir para os humanos se defenderem de futuros ataques do calango aceso gigante e outros titãs. Para obter êxito na missão, ele pede arrego a uma colega (Hall), e a convence de usar o gigantesco gorila Kong, que está de boa exilado na Ilha da Caveira. Tão logo percebe que o macacão está na área, Godzilla vai ao seu encontro, para um acerto de contas que as duas espécies têm a bastante tempo.

Comentários
: Se pudesse resumir em uma palavra minha humilde opinião sobre o tão aguardado encontro hollywoodiano nas telonas dos icônicos Godzilla e King Kong seria contraditório. Isso porque o novo filme do Monstroverso possui qualidades impares, mas, também tropeços gigantescos. Sobre o primeiro, é inegável que tem uma parte técnica impecável (uma pena que não pude conferir numa sala de cinema com a maior tela e o som mais potente), que acaba entregando as melhores e mais empolgantes cenas de porradaria entre monstros. E nesse ponto, o filme é simplesmente espetacular, e se fosse apenas por isso, seria disparado o melhor filme da franquia. Porém, uma parte técnica competentíssima não pode esconder, nem servir para passar pano para o maior tropeço tem qualquer produção pode cometer, já que é sua espinha dorsal: o roteiro.

Tudo bem que a maioria de nós quando vamos assistir Godzilla vs. Kong queremos mais é ver o pau comer, pouco nos lixando para a trama. O problema é que temos aqui a mais fraca de toda a franquia, rasinha, com furos, deixando a sensação que só existe apenas como desculpa esfarrapada para a treta dos monstros rolar. Comete-se aqui, de forma ainda mais grosseira, o maior erro e reclamação dos fãs da franquia, que é o núcleo humano. Se por um lado, o arco dos humanos em torno do King Kong convence e é aceitável principalmente pela ligação entre o macacão e uma fofa garotinha, por outro, os dois arcos com os personagens de Godzilla II: Rei dos Monstros, interpretados por Millie Bobby Brown e Kyle Chandler (este com a única função de fazer cara de paisagem), são péssimos, totalmente descartável. Além da trama fraca e os citados fraquíssimos núcleos humanos, o roteiro traz um tosco vilão genérico, vivido por Demián Bichir, que se não existisse, também não faria falta nenhuma a trama.

Enfim, mesmo com uma espinha dorsal prejudicada, o diretor Adam Wingard, debutando em blockbuster, e sua equipe técnica se superam, e entregam aquilo que esperávamos, nem mais, nem menos: um filme que mantém o padrão da franquia, cumpre direitinho sua função de divertir e empolgar, sem exigir nenhuma queima de neurônios nossa, e nos deixando na vontade de ver novos filmes do Monstroverso. Se rolar, que venham, mas, finalmente se livrando do velho problema da franquia em relação ao roteiro. Enquanto isso não ocorre, pegue a pipoca e relaxe, pois a diversão aqui está garantida. CotaçãoNota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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