quinta-feira, 15 de abril de 2021

RECORDAR É REVER: PAQUERA E CURTIÇÃO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Paquera e Curtição / Os Americanos Virgens Agora Chupam Sorvetes (Shifshuf Naim - título original / Hot Bubblegun - Lemon Popsicle III - título internacional).
Produção israelense e alemã ocidental de 1981.

Direção: Boaz Davidson.

Elenco: Yftach Katzur, Zachi Noy, Jonathan Segal, Ariella Rabinovich, Orna Dagan, Deborah Kedar, Rachael Steiner, Sybille Rauch, Christiane Schmidtmer, Menashe Warschewski, Avi Hadash, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (SBT) e em home vídeo (VHS).

Sinopse
: Terceiro filme da franquia Sorvete de Limão. Nos anos 1960, Benji (Katzur) e seus amigos (Segal, Noy e Hadash) só pensam naquilo, sempre querendo se dar bem para afogar o ganso. Nem mesmo o fato dele namorar a linda Doris (Rabinovich), o impede de se meter, junto com os parças, numa roubada atrás da outra. Mas, seu namoro corre risco quando ele reencontra Nikki (Dagan), uma piriguete que não vale o que o gato enterra.

Comentários: Tendo seu ápice nos anos 1980, as pornochanchadas teens teve seu marco inicial em 1978 com o filme Sorvete de Limão, produzido pelos memoráveis picaretas geniais, os primos israelenses Menahem Golan e Yoram Globus, e que acabou rendendo um franquia até 2001, totalizando oito filmes. Exibido nos cinemas brasileiros, o terceiro filme da franquia, Paquera e Curtição, que curiosamente ao ser lançado em VHS pela saudosa América Vídeo ganhou o tosco longo título de Os Americanos Virgens Agora Chupam Sorvetes (puta merda, quem será o "gênio", que teve essa ideia de dar esse título?), acaba sendo um dos mais lembrado. O motivo é que foi exibido exaustivamente no SBT na Sessão das Dez e, por incrível que pareça, na fase vespertina do Cinema em Casa

Trazendo de volta boa parte do elenco do filme original (algo que prevaleceu até o final da franquia), o filme tem um roteiro fraco, com várias colagens de esquetes, algumas hilárias e memoráveis como as da prima gostosona que mexe com a líbido do Benji e seu pai (este vivido pelo saudoso Menashe Warshavsky faz o pai do Jim da franquia American Pie ser um amador), e a da professora de piano, apenas como desculpa para a putaria rolar solta. A tentativa de ter uma trama central é frustrante, e consegue a proeza de transformar Benji, o cara que sofreu uma das maiores sacanagens da história do cinema no filme original, num tremendo fila da puta, escroto e burro por cagar para namorada e se enrabichar por uma quenga (sem falar que a mesma é interpretada por um atriz muito ruim, estilo Cigano Igor, que nem a dublagem consegue salvar. Tanto que, segundo o IMDb, foi o único trabalho dela). Ao menos o filme é embalado por uma ótima trilha, com músicas autênticas dos anos 1960 cantadas por nomes de peso com Elvis Presley, Ritchie Valens, entre outros, algo que, aliás, é o ponto forte da franquia.

Enfim, apesar da deficiência do roteiro, Paquera e Curtição se supera, e até consegue ser uma divertida autêntica pornochanchada teen, impossível de imaginarmos ser produzida nesses tempos de mimimi Nutella que vivemos, quanto mais ser exibida bem na hora do almoço. Se você curte este subgênero da comédia, tem aqui um verdadeiro clássico imperdível. CotaçãoNota: 6,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Mesmo sendo exibido nos cinemas brasileiros, 
Paquera e Curtição ganhou esse inacreditável tosco título 
ao ser lançado pela saudosa América Video.



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