quinta-feira, 7 de maio de 2020

FERRADO, MAS SEM DEIXAR DE SER DURÃO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Lukas (Lukas - título original / The Bouncer - título internacional).
Produção francesa, belga e virginense britânica de 2018.

Direção: Julien Leclercq.

Elenco: Jean-Claude Van Damme, Sveva Alviti, Sami Bouajila, Kevin Jansssens, Sam Louwyck, Alice Verset, Kaaris, entre outros.

Blogueiro assistiu no aplicativo (Google Play Filmes) em 06 de maio de 2020.

Sinopse: Lukas (Van Damme) é um viúvo cinquentão, dedicadíssimo pai que se vira para dar uma boa vida para filhota, Sarah (Verset). Ganhando a vida como segurança de uma boate, sua pacata rotina muda quando numa noite rola uma treta com um cliente e Lukas acaba sendo demitido e com o seríssimo risco de ser processado e preso, e assim, perdendo a guarda da filha.. Para evitar o pior, ele acaba trabalhar num inferninho de um holandês (Louwyck). .Mas, um agente da INTERPOL (Bouajila) o procura e força um acordo para que Lukas fique de olho e passe informação sobre seu novo chefe, que na verdade, é um falsificador de dinheiro procurado.

Comentários: Que a idade chega para todo mundo isso é um fato. Até mesmo para os icônicos  brucutus, que têm que adaptar a nova etapa de vida, assumindo personagens de acordo com sua idade cronológica. É o caso do baixinho belga Jean-Claude Van Damme neste filme que, até onde eu saiba, é o primeiro que o diretor francês Juline Leclerq trabalha com um um nome mais conhecido (mesmo que este não esteja mais nos seus tempos de estrelato). E sem deixar de lado seus costumeiros parças, Sami Bouajila - astro dos seus filmes mais conhecidos por aqui, Carga Bruta e recém-lançado A Terra e o Sangue - e o rapper francês Kaaris, que também marcou presença nestes filmes. E mais uma vez, o diretor mostra o porquê merece a atenção dos fãs do gênero de ação.

Leclerq tira o baixinho da zona de conforto, que acaba mandando bem num personagem que exige mais uma atuação dramática do que os talentos marciais, mas, ao mesmo tempo, sem deixar de ser o convencional brucutu sangue nos olhos, Aliás, duas características comuns aos demais protagonistas dos supracitados filmes do diretor. Lukas tem um ritmo mais lento que estes, focando muito mais no desenvolvimento da trama e no clima tenso do que na ação, mas, esta marca presença na medida certa, e de forma bem eficiente, chegando a nos empolgar. E  por não ter o ritmo frenético dos outros filmes do diretor, acaba sendo o grande acerto já que facilita a nossa imersão na jornada do protagonista, um cara fodido pela vida, que só quer mesmo continuar sobrevivendo e criando a filhinha, que só age quando necessário. 

Mais uma uma vez, o tropeço fica por conta do roteiro, que traz uma trama que se não é original, que poderia ter sido um pouco mais bem elaborada, evitando alguns furos e conveniências que se não incomodam, deixam uma sensação de potencial desperdiçado. Mas, isso não prejudica o resultado final,  já que a competência do diretor supera, e ele acaba entregando mais um filme ligeiramente acima da média, que envolve e prende a nossa atenção do começo ao fim. E de quebra, ainda acaba presenteando o baixinho belga e a nós, com a chance de vê-lo num personagem e num filme fora do habitual da atual fase da sua carreira. Cotação / Nota: 8,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário