DIAMANTE LAPIDADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.

Joias Brutas (Uncut Gems).

Produção estadunidense de 2019.

Direção: Josh & Benny Safdie.

Elenco: Adam Sandler, LaKeith Stanfield, Julia Fox, Kevin Garnett, Idina Menzel, Eric Bogosian, Judd Hirsch, Keith William Richards, Mike Francesa, Jonathan Aranbayev, Noa Fisher, Abel Tesfaye, entre outros.

Blogueiro assistiu no streaming (Netflix) em 08 de maio de 2020.

Sinopse: Howard Ratner (Sandler) é um bem sucedido joalheiro judeu de Nova Iorque. viciado em apostas, isso acaba fazendo com que ele fique cheio de dívidas, pondo a sua vida e de sua família em risco.

Comentários: Uma das ausências mais sentidas no Oscar deste ano foi a não indicação de Adam Sandler por sua atuação neste filme. E realmente, mais uma vez, os membros da Academia sempre comentem uma injustiça, e neste caso com "I" maiúsculo, já que aqui é um daqueles casos em que o ator, mesmo sendo um rosto conhecidíssimo desaparece por completo, dando lugar a um personagem. Fora da habitual zona de conforto de suas comédias abestalhadas que o faz ser detestado por vários, Sandler em sua melhor atuação entrega um dos personagens de moral questionável mais memoráveis da sétima arte. o suficiente para escancarar que os malas sem alça dos membros tem antipatia pelo ator. Uma injustiça vergonhosa que, sem medo de errar, digo que se não tivesse sido cometida, a disputa na categoria de Melhor Ator.

Mas, Joias Raras não é apenas o show de atuação de Sandler e o ator não foi o único a sofrer uma puta injustiça pelos membros da Academia (e acredito que também da própria Netflix, que optou em fazer campanha pesada por outras produções ao invés deste que é um dos seus melhores filmes originais). Os Irmãos Safdie conduzem com maestria e nos entrega um filmaço totalmente original, fora da caixinha, com excelente roteiro e uma trama muito envolvente, a ponto de sequer percebemos sua duração de aproximadamente duas horas e quinze minutos. O resultado final é um daqueles filmes que já nascem uma obra-prima espetacular, que nos impacta de tal maneira que quando começam a rolar os créditos finais (aqui ao som da excelente e dançante música eletrônica L'amour Toujours do italiano Gigi D'Agostino) ao mesmo tempo nos deixa boquiabertos e sem ação, e com vontade de aplaudir empolgadamente. Cotação:  / Nota: 9,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.