FILME DO MÊS:
Iniciamos 2020 com chave de ouro para nós cinéfilos. O longo, quase interminável mês de janeiro, foi recheado de lançamentos nos cinemas (foram dezesseis conferidos por mim, ficando um monte de fora), a maioria bons filmes. Como ocorreu no primeiro mês do ano passado, sobraram ótimos filmes. Destes, 1917 acaba levando uma ligeira vantagem sobre os demais. O diretor Sam Mendes nos transporta para as trincheiras da Primeira Guerra Mundial, nos levando acompanhar a saga épica de dois soldados que lutam contra o tempo e arriscam suas vidas, para levar um ordem que vai salvar cerca de 1.600 homens de cair numa armadilha inimiga letal. Filmaço que, na minha humilde opinião, irá arrastar um monte de Oscar pela impecável parte técnica, e só não levará o Oscar de Melhor Filme, se os membros da Academia inventarem de aprontar suas gracinhas nada engraçadas.
MENÇÕES HONROSAS:
Três filmes que chegaram às telonas em janeiro também não fizeram feio, e por serem bem acima de média, não podem deixar de ser mencionados honrosamente. No finalzinho do mês, Bad Boys para Sempre, agora sem Michael Bay na batuta, chegou com tudo, mantendo o altíssimo nível da franquia, e já garantindo um quarto filme. Se mantendo durante todo mês no topo do melhores lançamentos, O Caso Richard Jewell é uma prova viva que idade não é o empecilho para o veterano Clint Eastwood dirigir e entregar mais um ótimo fim. Por fim, Jumanji: Próxima Fase é outro terceiro filme de uma divertida franquia, que mantém o seu alto nível.
MERDA DO MÊS:
Janeiro estava se encaminhando para iniciamos bem o ano sem lançamentos runs nas telonas, até que nas duas últimas eles chegaram com tudo, com direito a um empate técnico no nosso nada honroso título. Seguindo a preocupante tendência dos últimos meses, infelizmente, temos um filme brasileiro entre os piores lançamentos do mês. Quem garantiu isso foi o infanto-juvenil (sub-gênero que até evito de assisti, já para não ter o desprazer de perder tempo e dinheiro com filme ruim) O Melhor Verão das Nossas Vidas. Claramente feito para agradar os fãs do trio BFF Girls (que sinceramente, não sabia da existência até encarar o filme), o problema é o roteiro preguiçoso, que simplesmente copia e cola uma porrada de clichês sem nenhum cuidado, ofendendo assim a inteligência até do seu público-alvo. Como se bastasse, ainda conseguiram a proeza inédita de tornar o impagável humorista Carioca totalmente sem graça. Tudo bem que a garotada não é tão exigente, mas, uma merda dessa chega a ser ultrajante.
O colega de empate do filme tupiniquim chegou aos cinemas no mesmo dia. Seguindo outra preocupante tendência, A Possessão de Mary é mais um filme de terror totalmente ruim, que acaba levando o nosso nada honroso título. É incrível que um grande ator e ganhador do Oscar como Gary Oldman, embarque numa barca furada dessa. Mas, o que parte o meu coração aqui em escolher esse filme com um dos dois piores do mês não é nem a presença do ator, nem por ter gasto tempo e dinheiro assistindo essa bosta, mas, por ser um daqueles exemplares tão ruins, que acaba provocando inevitáveis gargalhadas, principalmente, após uma semana tão estressante que eu tive na vida real. Mas, não poderia ser injusto e fazer vista grossa, e por isso mesmo, divide o nosso título de Merda do Mês.
MENÇÕES HORROROSAS:
É triste ver dois filmes com potencial de serem ótimos filmes serem prejudicados pelos roteiristas. No caso de O Escândalo, que reúne um trio de peso de grandes atrizes formado por Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie, a militância esquerdista do roteirista Charles Randolph na primeira parte do filme, acaba afetando demais a credibilidade do tema que deveria retratar quando finalmente vem à tona, e por tabela, prejudicando demais o resultado final. Já o brasileiro Açúcar, tinha tudo para ser um golaço de placa do nosso Cinema no gênero do terror psicológico, com um trama interessantíssima e envolvente, mas, estragada na última pelos roteiristas q acabam cagando feio na última meia-hora. Dois exemplos vivos (sem falar em Os Órfãos, que como o filme brasileiro é estragado por um péssimo final, e que escapou por pouco de está aqui) que de nada adianta um filme ter diretores competentes e elenco afiadíssimos com ótimas, se os roteiristas resolverem causa estragos irreparáveis.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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