sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

DOIS PAPAS, UMA MEDIDA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Dois Papas (The Two Popes).
Produção britânica, italiana, argentina e estadunidense de 2019.

Direção: Fernando Meirelles.

Elenco: Anthony Hopkins, Jonathan Pryce, Juan Minujín, Luís Gnecco, Cristina Banegas, María Ucedo, entre outros.

Blogueiro assistiu no streaming (Netflix) em 03 de janeiro de 2020.

Sinopse: Inspirado em fatos. Os cardeais Joseph Ratzinger (Hopkins) e Jorge Bergoglio (Pryce) têm pensamentos totalmente opostos em diversos pontos. Em 2012, Bergoglio requer sua aposentadoria a Santa Sé, e é surpreendido por uma convocação de Ratzinger, que havia sido eleito anos antes bispo de Roma, tornando-se o Papa Bento XVI, para vê-lo em Roma, um encontro que vai aproximá-los, e que marcará para sempre suas vidas.

Comentários: Primeiramente, vale a pena esclarecer: Dois Papas não é um cinebiografia, mas um filme totalmente ficcional que apenas utiliza personalidades reais para criar uma trama fantasiosa, o que vem causando um desconforto nos católicos mais fervorosos. Particularmente, não tenho nada contra produções assim, apenas tenho a ressalva pelo fato que milhares de pessoas preferem ficar na superfície, e tomam com verdade o que produções desse tipo apresentam. Na minha humilde opinião, o problema desta produção original Netflix, dirigida pelo brasileiro Fenando Meirelles, está no roteiro, que opta num maniqueísmo entre os dois protagonistas, e também na distorção dos fatos, puxando claramente para o lado de uma visão esquerdista, algo que para mim, parafraseando um dos personagens, é desonesto e cínico. E somado a trama se arrastadíssima, acaba tornando o filme ligeiramente chatinho e entediante.

Fora isso, temos um filme interessante durante a maior parte, principalmente, pela direção competente de Meirelles, um parte técnica impecável que faz uma excelente reconstituição de cenários e caracterização. Mas, sem sombra de dúvida, o grande atrativo são as brilhantes atuações de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, que somem por completo, dando espaço aos dois personagens, aproveitando ao máximo o único ponto positivo do roteiro em mergulhar na personalidade de cada um (desejaria vê-los reprisando os papéis numa cinebiografia de verdade). São esses pontos positivos que acabam tornando o filme assistível até mesmo para o católico mais fervoroso, contanto que encare com uma obra ficcional. Cotação / Nota: 6,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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