= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.
Produção brasileira de 2015.
Direção: Alexandre Avancini.
Elenco: Guilherme Winter, Sérgio Marone, Sidney Sampaio, Camila Rodrigues, Petrônio Gontijo, Giselle Itié, Denise Del Vecchio, Paulo Gorgulho, Vera Zimmermann, Larissa Maciel, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 3 do complexo Kinoplex Maceió em 31 de janeiro de 2016.
Cotação:
Nota: 7,0.
Comentários: Depois da Globo e do SBT, agora chegou a vez da Record (leia-se Igreja Universal do Reino de Deus) também se lançar na sétima arte, neste caso, pegando uma novela recentemente exibida e levá-la aos cinemas de todo país. Estratégia arriscadíssima, porém, não inédita (além de recentemente, os produtores do seriado A Bíblia lançarem nas telonas O Filho de Deus, alguns anos atrás, aqui no Brasil, a Globo fez isso com O Auto da Compadecida e Caramuru - A Invenção do Brasil). E para garantir não ficarem no prejuízo, os caras trataram logo de pegar pesado no marketing mais antigo: a divulgação boca a boca, e neste caso, com os fiéis da igreja do bispo Edir Macedo, que logo nos primeiros dias do ano, correram ao cinema de todo país, para comprar antecipadamente os ingressos. O resultado foi um recorde absurdo no número de expectadores na estreia e mais recordes a vista serão quebrados, o que não quer dizer que os cinemas estejam realmente lotados. Mas, enfim, não vamos polemizar, vamos ao que interessa, ou seja, damos a nossa opinião sobre o filme. Antes, faço questão de salientar que não assistir a nenhum capítulo da novela, muito menos sou daqueles que fizeram coro contra o filme, a Record ou a Universal, portanto, meus comentários específicos sobre o filme, uma produção totalmente inédita para mim.
A primeira metade do filme é sofrível e nem mesmo com muita boa vontade dá para encarar sem ficar incomodado. É onde justamente são evidenciados os três maiores problema do filme, que irão se arrastar até o final: o roteiro regular (nem entrarei no mérito da questão da fidelidade aos relatos bíblicos, afinal, na maioria das vezes, ela é inexistente. Dos clássicos Os Dez Mandamentos de Cecil B. DeMille ao recente Êxodo: Deuses e Reis do também mestre Ridley Scott, a tal da liberdade poética rola solta. Imagina então para produzir a novela de 176 capítulos e depois sair retalhando, para chegar a esse filme de duas horas), muito mal estruturado, com personagens entrando e saindo da trama, sem justificativa, com ausência total de desenvolvimento dos personagens e diálogos muito mal escritos, desnecessárias situações piegas, que beiram ao dramalhão mexicano. Tudo isso agravado por um elenco com atuações impressionantemente amadoras parecendo teatrinho de escola dominical, salvando-se apenas o protagonista Guilherme Winter, o único a realmente atuar de verdade (em alguns momentos, fica a sensação que o diretor só se preocupou em exigir dele e ordenou aos demais colegas de elenco, boa parte atores inegavelmente bons, a ligar o piloto automático no modo canastrice exagerada). Mas, o pior problema do filme, que o prejudica bastante é, é a edição rápida, os cortes mal feitos, lembrando bastante os das novelas mexicanas reprisadas nas tarde do SBT. Fica a clara sensação que os caras, no desespero de pegar carona no estrondoso sucesso da novela, apressaram as coisas, foram picotando sem nenhum critério. Mas, na segunda metade há uma melhora significativa, todos os defeitos citados são camuflados, e a trama se torna surpreendentemente interessante, a ponto de nos pegarmos envolvidos e torcendo pelo desfecho dos personagens de uma história que conhecermos.
Enfim, mesmo não concordando com a estratégia de forçar um sucesso estrondoso de público, não confiando no próprio produto oferecido, e com todos os defeitos citados, no final das contas, Os Dez Mandamentos consegue se superar e ser um pouco melhor do que realmente promete ser. Um filme familiar, divertido, involuntariamente engraçado pela canastrice do elenco, carregado nas costas pela força da única boa atuação e pelo carisma do seu protagonista, com uma ótima parte técnica, e que por pouco mesmo, tudo isso não foi por água a baixo, pelos graves problemas do filme. Fica a dica e o alerta para a galera da Record, que já anunciou é só o começo da empreitada de rivalizar também nas telonas e brigar por espaço com a Globo Filmes, que o ditado "a pressa é inimiga da perfeição!", é totalmente válido. Por isso, nos próximos projetos, mais atenção e cuidado com o roteiro, com a edição e com as atuações do seu elenco.
Produção estadunidense de 2015.
Direção: David O. Russell.
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Edgar Ramírez, Virgìnia Madsen, Isabella Rossellini, Diane Ladd, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 31 de janeiro de 2016.
Cotação:
Nota: 7,5.
Rick Pinheiro.
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