Filmes.
Clooney num drama comovente.
E foi dada largada oficialmente na minha maratona com os filmes indicados deste ao Oscar de Melhor Filme. Disse oficialmente, já que no ano passado já tinha assistido o interessante Meia Noite em Paris, mas, obviamente, não sabia qu veria a ser indicado Faltam assistir os outros indicados, já que acabei de assistir, na sala 4 do Complexo Kinoplex Maceió, o comovente drama Os Descendentes, estrelado por George Clooney, vencedor de dois Globo de Ouro na categorias Melhor Filme - Drama e Melhor Ator para Clooney e que está sendo indicados a cinco Oscar (além de Melhor Filme e Melhor Ator, também concorrem nas categorias Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Diretor para Alexander Payne). A trama é muito interessante e bem conduzida por Payne, que nos apresenta uma Havaí bem mais urbano e comum a qualquer cidade, bastante diferente do paraíso que estamos acostumados a ver nos inúmeros filmes que se passam na ilha do pacífico.
É neste Estado estaduniense que reside o advogado e herdeiro de uma tradicionalíssima família local, Matt King (Clooney), um cara que só vive para o trabalho e ignora totalmente sua esposa e filhas. Tudo começa mudar quando sua esposa Elizabeth (Patrícia Hastie) sofre um gravíssimo acidente, permanecendo em coma, o que lhe obriga não somente a cuidar das filhas, a adolescente Alexandra (Shailene Woodley) e a pirralha Scottie (Amara Miller), mas a repensar toda sua vida, que além deste momento delicado na vida pessoal, ainda sofre com a pressão de qual proposta aceitar na venda de um imenso terreno familiar. Como se tragédia fosse, o cara ainda descobre que a sua esposa não somente mantinha um caso com um tosco corretor de imóvel (interpretado pelo eterno Salsicha dos dois primeiros Scooby-Doo, Matthew Lillard), mas iria lhe dar um belo pé na bunda, entrando na justiça com o pedido de divórcio.
Apesar do tema delicado e barra pesada, que é tratado com um realismo e sensibilidade, em momento nenhum Os Descendentes é um filme triste. Evidente que toda seriedade e emoção que a história pede estão presentes, e graças as excepcionais interpretações e trilha, arrancam fácil as lágrimas dos mais emotivos. Mas, por incrível que pareça, o filme em nenhum momento é melancólico, chato e entediante, mas prende e envolve o espectador na história e ainda por cima consegue arrancar algumas risadas, com diálogos e situações interessantes e impagáveis, com direito a personagens figuraças, como o adolescente sem noção Sid, interpretado por Nick Krause, e do próprio peronagem central, que mesmo passando por tanta pressão emocional, ainda consegue sacar algumas tiradas engraçadas.
Aliás, falando em Clooney, o astro está perfeito e, merecidamente, merece todas as indicações e premiações, deixando de lado o costumeiro piloto automático dos grandes astros hollywoodianos e realmente interpreta de forma brilhante, como um ator de verdade deve fazer. Sua atuação é impressionante, dosando perfeitamente toda carga emocional que o personagem carrega, de forma sensível, despindo-se de toda vaidade de um astro hollywoodiano. Mérito e destaque também para seus colegas de elenco, que ão ficam atrás e nos brindam com ótimas atuações, em especial, as quase novatas Woodley e Miller, que interpretam as filhas do seu personagem, que não somente tão todo suporte para Clooney brilhar com uma atuação impecável, como também atuam no mesmo nível que ele.
Sensível, envolvente e comovente, sem ser melancólico, Os Descendentes é um excelente drama familiar, bem acima da média. que . Na minha opinião, até agora, disputa de igual para igual com Meia Noite em Paris como melhor filme indicado ao Oscar deste ano. Merece ser conferido, mas sugiro principalmente aos mais emotivos que além da pipoca e o refrigerante, levem também, uma boa quantida de lenço de papel, pois as lágrimas correrão fácil. Imperdível! Nota 9,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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