segunda-feira, 10 de junho de 2024

GUIMARÃES À LA MAD MAX.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Grande Sertão.
Produção brasileira de 2023.

Direção: Guel Arraes.

Elenco: Caio Blat, Luis Miranda, Luisa Arraes, Rodrigo Lombardi, Eduardo Sterblitch, Mariana Nunes, Luellem de Castro, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 10 de junho de 2024.

Sinopse
: Baseado na obra Grandes Sertões Veredas escrita por João Guimarães Rosa. Num futuro não muito distante, a comunidade periférica Grande Sertão vive aterrorizada com a guerra entre policiais, liderados pelo comandante Zé Bebelo (Miranda) e a bandidagem, liderada pelo temido Joca Ramiro (Lombardi). No meio dessa treta toda, o pacato professor Riobaldo (Blat) acaba reencontrando um amigo de infância, Diadorim (Arraes), um dos membros mais ativos da organização de Joca, e acaba ingressando nele. A convivência cada vez mais próxima com Diadorim faz despertar nele um sentimento nele além da amizade.

Comentários
: É inegável que adaptar um clássico da nossa literatura como Grandes Sertões Veredas do saudoso escritor Guimarães Rosa para uma versão fora da convencional é uma ideia ousada e arriscada. Se por um lado, o filme acerta em cheio pela ambientação, trocando de forma inteligente o cenário do livro para um futuro distópico à la Mad Max, por outro a manutenção da maioria dos diálogos como estão no livro e o tom teatral que o filme assume causam estranheza. O bom roteiro, escrito por Arraes e Jorge Furtado, traz uma trama bem envolvente que consegue prender a nossa atenção durante boa parte, valorizada principalmente pelas boas atuações de um elenco engajadíssimo (destas, destaque para Luís Miranda, num papel sério fora do habitual cômico, Rodrigo Lombardi e para um Eduardo Sterblitch irreconhecível pela competentíssima maquiagem). 

Grande Sertão
não é um filme ruim, mas, também não é perfeito, tanto pelas citadas escolhas que causam estranheza, como também por algumas falhas nas sequências, como no clímax, onde um morte de um protagonistas ao invés de impactar, acaba sendo patética por o colocarem dando uns saltinhos toscos. É um filme criativo, fora da curva tanto do nosso cinema nacional como da filmografia de Guel Arraes, que vale a conferida, desde que você não seja muito exigente, muito menos um purista da obra original em que se baseia. 
CotaçãoNota: 6,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário