segunda-feira, 30 de junho de 2014

FILME DO MÊS: JUNHO/2014.


Se em maio pipocaram ótimos filmes em nosso cinema, a ponto de termos um empate entre os melhores filmes do mês, junho foi totalmente inverso e predominou a decepção. Com todos os cinemas cedendo suas salas para transmissões de jogos da Copa do Mundo, pouquíssimos lançamentos chegaram por aqui. Se por um lado não teve nenhum filme ruim, a ponto de não termos este mês a merda do mês, por outro, não tivemos um filmaço. Na falta, o destaque vai para o interessante Transcendence - A Revolução. É bem verdade que poderia ter sido bem melhor. Mas, pela criatividade e também por ser o filme que recebeu a maior nota deste blogueiro, o título de filme do mês vai para a produção estrelada por Johnny Deep.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

sábado, 28 de junho de 2014

A METADE QUE VALE PELO FILME TODO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Pedro (San Pietro).
Produção italiana de 2005.

Direção: Guilio Base.

Elenco: Omar Shariff, Daniele Pecci, Lina Sastri, Sydne Rome, PhilIippe Leroy, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: Telefilme que narra a trajetória do apóstolo Pedro (Shariff) logo após a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, que lhe confia a liderança do Cristianismo que acaba de nascer. Uma tarefa nada fácil, já que a religião conta com perseguidores judeus e romanos. Mas, sob a liderança de Pedro, que conta com o auxílio de outros apóstolos, entre eles Paulo de Tarso (Pecci), perseguidor ferrenho que se convertou. o Cristianismo se expande por todo mundo conhecido na época, chegando em Roma, o centro do império.

Comentários: Geralmente as super-produções bíblicas da emissora italiana RAI, conta com um elenco internacional, e são muito bem caprichadas. É bem verdade que estas produções são melhores nos fatos narrados no Antigo Testamento, já que no novo, tinha errado feio com a mão, com filminhos que abusaram exageradamente da tal liberdade poética, a ponto de distorcer os fatos. Pedro tinha tudo para ser uma enorme exceção a regra, e ainda ser uma das melhores produções bíblicas já produzidas, graças a primeira parte, que conta com um roteiro que não deixa de usar a liberdade poética, mas, pelo menos é bem mais fiel aos fatos narrados na Bíblia. O problema é que a partir da segunda parte o filme desanda descontroladamente, usando e abusando exageradamente ao extremo da liberdade poética, enchendo linguiça com fatos fictícios toscos que beiram ao dramalhão mexicano, como o romance sem sal entre um romano Mauricinho e uma cristã, e o dilema de um gladiador cristão que ganha a vida tirando vidas, algo totalmente contraditório a sua fé. Tudo para esticar o filme além do necessário e torná-lo chatinho e insuportável a ponto de agradecemos a Deus por podemos utilizar a tecla fast foward. O resultado é a considerável altíssima queda de qualidade, e também da minha nota e a perda de duas estrelinhas. Manter uma nota satisfatória graças a primeira metade, realmente muito boa, e a atuações de Omar Shariff, que consegue convencer como Pedro e, principalmente, de Daniele Pecci que rouba a cena como o apóstolo Paulo. Sem sombra de dúvida, uma metade tão boa que vale pelo todo o filme.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
Filme foi relançado pela mesma distribuidora
e como todos os filmes da coleção, ganhou um sub-título. 

Filme completo, infelizmente, na versão dublada.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

MUITO PAULO, POUQUÍSSIMO PEDRO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Pedro e Paulo com Coragem e Fé (Peter and Paul).
Produção estadunidense de 1981.

Direção: Robert Day.

Elenco: Anthony Hopkins, Robert Foxworth, Eddie Albert, Raymond Burr, John Rhys-Davies, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD)

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: Minissérie televisiva estadunidense que narra os primeiros anos do Cristianismo, um período conturbado de perseguições tanto pelos judeus como pelos romanos. A trama mostra que um dos maiores perseguidores, Saulo Paulo de Tarso (Hopkins) se converte e torna-se um dos maiores evangelizadores, ganhando a admiração e o respeito de Pedro (Foxworth), apóstolo direto de Jesus Cristo, mas, ao mesmo tempo a discordância de outros apóstolos e membros da igreja, por evangelizar e converter os não-judeus.

Comentários: Quando era criança, esta minissérie foi exibida pela Globo, se eu não me engano numa semana santa. Me marcou algumas cenas, em especial, a sequência final da crucificação de Pedro. Somente recentemente, com o lançamento desta em DVD, puder revê-la por completo e ainda no idioma original. É inegável que trata-se de uma boa produção bíblica, bem acima da média, com ótimas atuações, com destaque para Hopkins, dando um show com Paulo. Porém, comete o erro de ter um roteiro que foge um pouco das narrações bíblicas dos Atos dos Apóstolos, principalmente na segunda metade, e ao dar um destaque bem maior a Paulo que a Pedro, que além de aparecer pouco, ainda foge totalmente do que é apresentado nas narrações bíblicas como líder dos apóstolos. Para uma minissérie que se intitula Pedro e Paulo, acaba falhando em dar um destaque maior apenas a um deles. Mas, nem mesmo estes erros grosseiros, Pedro e Paulo é um ótima produção bíblica que pode ser assistida por toda família, numa boa. Vale a pena conferir, principalmente, pela curiosidade de ver o então futuro Hannibal Lecter dando um show de atuação como personalidade bíblica.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
Hopkins como o apóstolo Paulo.
Show de atuação anos antes de ganhar um Oscar como o canibal Lecter,

 
Robert Foxworth não fica atrás e convence como Pedro.
Mas, roteiro que não valoriza e ainda descaracteriza o apóstolo,
acabou atrapalhando o brilho do ator que atualmente 
faz a voz de um dos Transformers na franquia nas telonas.

 
Na falta do trailer ou do filme completo, vai um improviso
com uma rápida chamada televisiva do filme.

CLÁSSICOS DA AMÉRICA VÍDEO: A VITÓRIA DO MAIS FRACO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

A Vitória do Mais Fraco (A Minor Miracle).
Produção estadunidense de 1983.

Direção: Terrell Tannen.

Elenco: John Huston, Pelé, Peter Fox, Jeanette Arnette, Robert V. Barron, Chris Bringard, Eric Bringard, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS).

Cotação

Nota: 2,5.  

Sinopse: O orfanato dirigido pelo padre Cardinas (Huston) está vivendo um momento delicado, já que os donos do terreno querem despejar os inquilinos e derrubar o lugar. Com o apoio do seu amigo, o também padre Reily (Fox), o velho sacerdote organiza uma partida de futebol beneficente entre os garotos do orfanato e um time de pirralhos riquinhos, que contaria com a presença do rei do Futebol, Pelé (o próprio), que aprendeu futebol com o velhote padreco. Mas, não somente o rei dar as caras, como também o jogo acaba num tremendo barraco com os pirralhos saindo da porrada. Para piorar a situação, padre Cardinas fica doente e é diagnosticado com um câncer terminal. Quando tudo parecia perdido, um dos pirralho resolve localizar e contar ao Pelé o que está acontecendo que, sensibilizado, irá ajudar o orfanato a sair da merda, treinando os pirralhos órfãos.

Comentários: Dois anos após o saudoso John Huston dirigir Pelé em Fuga para a Vitória, os dois voltariam a se encontrar, desta vez atuando juntos, neste filminho com roteiro fraquinho demais, sem fundamento e profundidade, bobinho e patético que, tenha a cara de pau de ao final, dizer que se baseia em fatos, uma mentira casca grossa. Por ter assistido a duas décadas atrás, ainda nos tempos do saudoso videocassete, não lembro da atuação do elenco e se o inglês do nosso Pelé tinha melhorado. Só sei que trata-se de um filminho, ruim, medíocre, descartável, bem típico daqueles que são exibidos recentemente na Sessão da Tarde. Ah, e se você acha que o Pelé como ator é o rei de futebol, e que como cantor é um poeta calado por causa da clássica e tosca musiquinha ABC, não imagina que no ramo musical o mico do rei ainda é maior, já que ele inventou de cantar em inglês uma das músicas da trilha do filminho. Impossível não conter as gargalhadas de tão ruim e tosca e ao mesmo tempo grudenta que é. Enfim, a clássica frase do personagem Chaves, "seria melhor ver o filme do Pelé", com certeza não foi dita em relação A Vitória do Mais Fracoque de "tão bom", nem o trailer encontramos por aqui.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
Pelé atuando com o lendário John Huston.
Como ator é o autêntico Rei do Futebol.

 
Filme é "tão bom" e "inesquecível" que sequer consta na
filmografia do saudoso Huston no site Adoro Cinema.

 
Na falta do trailer, fique com o Pelé cantando.
Escute por sua conta e risco.